É fácil matar - Agatha Christie

>>  sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

CHRISTIE, Agatha. É fácil matar. Rio de Janeiro: Editora HarperCollins Brasil, 2021. 240p. Título original: Murder Is Easy.

"- Bem - disse ele. É que são tantos homicídios! É difícil uma pessoa cometer tantos homicídios e ficar impune, não é?
Miss Pinkerton fez que não. Ela falou de cara séria:
- Não, meu garoto, não. É aí que o senhor se engana. É fácil matar... desde que ninguém suspeite da sua pessoa. E veja que a pessoa em questão é justamente a última de que alguém suspeitaria!" p.18

É fácil matar é o 37º livro do Projeto Agatha Christie. Estamos lendo 1 livro por mês da Rainha do Crime e eu estou adorando essa ideia, os livros anteriores você encontra AQUI. Este é o quarto livro com o Superintendente Battle, confiram o que eu achei!

Luke Fitzwilliam é um soldado que serviu no Oriente Médio. Ao retornar à Grã Bretanha, conhece uma senhora no trem. Miss Pinkerton vive em um pequeno vilarejo inglês e conta para ele que está indo a Scotland Yard denunciar uma série de assassinatos, vistos apenas como terríveis acidentes pela polícia local. Ela afirma ter visto nos olhos da pessoa quem seria sua próxima vítima. Afirma também que o médico da cidade corre perigo e ela quer salvá-lo.

Depois de refletir sobre o assunto e sem saber se a senhorinha estava lúcida, ele descobre que Miss Pinkerton foi atropelada e morreu, antes de chegar ao seu destino. Ele acha a morte suspeita e decide viajar para a cidade e investigar por conta própria.

Um amigo o ajuda, e sob o falso pretexto de escrever um livro sobre superstições em pequenos vilarejos ingleses, ele chega à cidade e se hospeda na casa do Lorde Whitfield. A noiva do tal lorde, Miss Bridget Conway, é prima de um amigo de Luke, e aceita ajudar fingindo que é prima de Luke. 

Ele começa suas falsas entrevistas e suas muitas perguntas. E descobre que a " próxima vítima" de quem Miss Pinkerton falou, já está morta. 

Apesar da pequena vila ter poucos habitantes, ele descobre que nada é o que parece. E precisa correr contra o tempo para encontrar quem matou todas aquelas pessoas, antes que mais alguém morra. 

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Este não entrou na minha lista de queridinhos da autora, embora a premissa de como "É fácil matar" tenha sido uma das frases mais interessantes da autora. Amo a Agatha, mas suas tramas são corridas por muitas vezes e os personagens muito rasos. Os romances então são terríveis, tudo jogado do nada. Prefiro os livros com os personagens recorrentes, como Poirot, porque aí já conhecemos todo mundo e o livro flui melhor. 

Luke não foi um protagonista que me interessou muito. Ele era inexperiente como detetive, claro, e acaba deixando de fazer perguntas importantes e confiando fácil demais em todo mundo. Seu interesse romântico por Bridget também foi completamente jogado do nada. Achei o moço sem sal toda vida. 

As mortes todas "acidentais" são interessantes e o culpado segue uma incógnita até o final, desta parte eu gostei mais. Não desconfiei da pessoa quase até os últimos capítulos, então não posso dizer que matei a charada. Gostei do final e de como tudo se revelou.

Outra coisa estranha é que este livro seria o quarto do Superintendente Battle, mas na verdade ele praticamente não aparece e não é ele que investiga os crimes. Ele aparece no último capítulo, apenas para efetuar a prisão, uma pena, gosto do personagem.

Bom, eu amo Agatha, e mesmo os que não acho ótimos, são leituras que eu gosto de fazer. Leiam!

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Avaliação (1 a 5):

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