A volta ao mundo em 80 dias - Júlio Verne

>>  quarta-feira, 9 de agosto de 2023

 


VERNE, Júlio. A volta ao mundo em 80 dias. São Paulo: Editora Pé da Letra,  2018. 188 p. Título original: Le Tour du monde en quatre-vingts jours. 


Minha primeira experiência com livros de Júlio Verne foi lendo Viagem ao centro da terra e, confesso, não foi uma leitura agradável pra mim. Achei muito descritivo e muito "geográfico" por assim dizer. Desde a leitura, há alguns anos, não animei de ler mais nada do autor, até que no mês de junho foi escolhido para mim no Clube do Livro das Chocólatras A volta ao mundo em 80 dias. Encontrei,  então,  a chance de testar uma vez mais minha relação com Júlio Verne. Agora, deixo com vocês minhas impressões sobre A volta ao mundo em 80 dias. 


Philips Fogg é um senhor introspectivo, metódico,  cheio de manias que vive sua vida milimetricamente calculada. Um belo dia, se vê envolvido em uma aposta com seus colegas de jogo: 20 mil libras para que ele dê a volta ao mundo em 80 dias. Isso, em uma época em que as viagens eram feitas, basicamente, por trem (com a ferrovia limitada e inacabada) ou por navio. 

Ele, então, inicia sua aventura ao lado de seu mais novo empregado: Jean Passepartout. Passando por lugares como Londres, Suez, Índia, China, Japão,  Estados Unidos, eles vão cortar um dobrado para que Fogg vença essa aposta.


Livros de aventura me causam um certo incômodo quando os leio. Primeiro, porque acho sempre tudo muito corrido, sem profundidade. Segundo, porque você precisa comprar a ideia das maluquices que eventualmente o autor vai colocar na história e aceitar que nada daquilo pode ser verdadeiro. 

Com esse livro não foi diferente. Muitas vezes me peguei pensando: " Nossa, agora deu ruim e ele não vai conseguir". Ou que ele não resolveria ou escaparia de algumas situações e de repente, algo era feito (ainda que esse algo fosse meio duvidoso) e tudo se resolvia e a história seguia.

Não quero dizer com isso que a história não me deixou aflita, de modo algum. Por vezes eu fiquei me roendo de vontade de pular umas páginas para ver se daria certo. Além disso, a história é bem divertida, impossível não dar boas risadas vendo Passepartout e seu patrão se metendo em boas confusões. 

Fiquei imaginando se eu fizesse uma aposta dessa ficaria com muito pesar de passar por tantos lugares sem aproveitar nada, sabe? Só correria, pega navio, chega em outro lugar, pega um trem e pronto. Muito ruim viajar o mundo e não "conhecer" nada, rs.

Achei estranho também o fato de a única mulher da história não ter praticamente fala nenhuma. Uma característica de livro escrito em uma época em que as mulheres não tinham grande importância como autoras e como personagens, principalmente para autores do sexo masculino.  

Após o fim dessa leitura acabei ficando com vontade de ler outros livros do autor e, acabou que deixei de lado a experiência ruim do primeiro. Agora preciso ler um terceiro para tirar a prova. Qual vocês me indicam?


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Avaliação (1 a 5):








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