Sete minutos depois da meia-noite - Patrick Ness

>>  quarta-feira, 24 de maio de 2023

 


NESS, Patrick.  Sete minutos depois da meia-noite. São Paulo: Novo Conceito, 2016. 160 p. Título original: A monster calls.


Quem acompanha minhas resenhas aqui no blog, sabe que sou fã da série Mundo em caos, escrita por Patrick Ness. Desde que li a série fiquei curiosa para ler outras obras do autor, mas me faltou oportunidade. Até agora. Escolhido para mim como leitura do mês de março no Clube do Livro das Chocólatras,  finalmente pude conhecer Sete minutos depois da meia-noite.  E conto para vocês agora o que achei. Venham comigo!


Conor O' malley é um garoto de 13 anos que está passando por um momento difícil na vida: a mãe está com câncer, a cidade inteira o trata com pena ou como se ele fosse invisível, ele não tem amigos e, para variar, sua avó materna, que não é lá muito simpática, está vindo passar uma temporada em sua casa. 

Não bastasse essas coisas, Conor tem tido um pesadelo terrível, que o persegue desde que sua mãe começou o tratamento e ele não consegue falar sobre ele com ninguém. Exceto com um monstro em forma de uma árvore,  um teixo, que aparece a noite para ele.

Esse teixo diz a Conor que vai contar a ele três histórias e a quarta seria contada pelo próprio Conor, momento em que revelaria a sua própria verdade. Mas que história seria essa? E que verdade seria essa? Que verdade seria capaz de causar tanto pesadelo e ainda invocar a vinda de um monstro?



Patrick Ness não decepciona em sua escrita. Você pode não amar um livro dele que você lê, mas é inegável que ficamos presos à história do início ao fim!

Desde o início da leitura fiquei doida para saber qual era essa verdade que Conor escondia. Além disso, fiquei tão apegada ao garoto que queria só que tudo terminasse bem para ele e para a mãe. 

Essa é uma história sobre medos, perdas e, ainda mais, sobre como lidar com ambos. Sobre como sobreviver, apesar de tudo. Como seguir em frente.

Não há motivo aparente para que Conor odeie a avó,  ela não é uma megera na minha opinião, rs. Acho o pai dele bem pior, casado com uma nova mulher e cheio dos pretextos para não ver o filho. 

A prática de bullying contra Conor no colégio já é velha conhecida de livros do gênero, mas mesmo assim me causa agonia a falta de empatia que crianças têm umas para com as outras. Só quem já sofreu isso não vida sabe o quanto é traumatizante e achei que Conor até que se saiu muito bem. O chefe da "gang" é que não perde a compostura de brigar com os mais fracos, ainda que tente esconder sua compaixão pelo que Conor está passando. Ah, tenha dó. 

Apesar de pequeno o livro, só 160 páginas, acho que foi contado de uma forma completa, redonda. Até conseguiu me arrancar lágrimas no final! Sempre tenho dificuldade de considerar um livro completo com tão poucas páginas, mas se até me fez chorar é um ótimo sinal e ponto a favor do autor, rs. 

O livro foi adaptado para o cinema em 2016 e eu achei bem incrível e fiel ao livro. Caso queiram assistir, está disponível no HBO Max.


Acho que é um livro rápido e que merece ser lido, sobretudo para ensinar a enfrentar temas como perda, solidão. Leiam!


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Avaliação (1 a 5): 







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