A travessia de Greta James - Jennifer E. Smith

 

SMITH, Jennifer E. A travessia de Greta James. São Paulo: Editora Arqueiro, 2022. 272 p. Título original: The unsinkable Greta James.

Estava muito curiosa para conhecer essa história,  desde que vi uma resenha muito positiva a respeito dela.  Antes, só tinha lido dessa autora, em 2016, A probabilidade estatística do amor à primeira vista e eu gostei tanto que li em questão de horas. Foi um 5 estrelas. Agora, conto para vocês o que achei de A travessia de Greta James.

Greta James é uma estrela do rock que está passando por um momento difícil. Sua mãe faleceu há alguns meses e, desde então, tudo desandou em sua vida e sua carreira. 

Agora, ela está prestes a retornar aos palcos, mas não sabe se está realmente preparada para isso.  

Mas, antes desse retorno, Greta tem uma missão para cumprir. Participar de um cruzeiro no Alasca junto com seu pai, com quem não se dá muito bem. Era para a viagem ser feita por seus pais, em comemoração ao aniversário de 40 anos de casamento, mas, infelizmente,  a mãe faleceu antes da viagem e o pai não queria cancelar.

Como o irmão de Greta, Asher, tem um trabalho fixo e muitas filhas para cuidar, restou a Greta acompanhar o pai nessa viagem.

Ela aproveita, então, para repassar tudo o que tem sentido e vivido ao longo da viagem. Essa também será uma boa oportunidade para reaproximar pai e filha. Ou, talvez não. 

Esse é um livro muito gostoso de ler. É um pouco clichê, com todos os problemas familiares e a vida de estrela do rock de Greta e a implicância do pai com a forma com que ela vive. Mas, ainda assim é muito legal, afinal, não podemos dizer que nossa vida não é cheia de clichês também,  certo?

Eu gostei muito de Greta e torci muito para que ela voltasse aos palcos, se resolvesse com o pai e fosse muito feliz. Tenho certeza de que seria fã dela se ela não fosse uma musicista fictícia. Para quem já leu Daisy Jones & The Six, digamos que Greta é uma Daisy muito mais legal. Deu vontade de procurar as músicas dela no Google também. 

Preciso avisar, caso alguém esteja se perguntando, que não há um romance apaixonante nesse livro. Greta se envolve com Ben, mas não é o foco principal da história e não se torna um grande romance. Tirando as discussões sobre Moby Dick e O chamado selvagem que me deixaram bastante curiosa para ler esses livros, Ben não me conquistou muito. 

O pai de Greta também não me conquistou de cara. Fiquei tentando, por longas páginas,  aceitar a justificativa dele para se afastar e brigar tanto com a filha, sem conseguir. Mas tem uma parte da história,  um acontecimento, que me pegou tão desprevenida que acabei foi chorando e achando ele um cara até legal. 

Na viagem, dois casais de amigos dos pais de Greta vão junto, mas achei eles mais decorativos, digamos assim, sem profundidade para a história. 

O livro foi um grande candidato a ganhar 5 estrelinhas quase durante toda a leitura. Mas percebi que, em algumas situações, a autora forçou um pouco a barra para que determinada pendência não se resolvesse,  alguns conflitos persistiram até o final e acabei ficando um pouco irritada com isso. Mas foi bem de leve, talvez alguns leitores nem percebam e acabem dando as cinco estrelinhas que eu tanto queria ter dado. 

Fiquei com vontade de ler outros livros da autora. A escrita dela prende e rende, você mal vê o tempo passar. Indico para todo mundo!

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Avaliação (1 a 5): 4.5