Nós somos inevitáveis - Gayle Forman

>>  quarta-feira, 14 de setembro de 2022

 


FORMAN, Gayle. Nós somos inevitáveis.  São Paulo: Editora Arqueiro,  2022. 256 p. Título original: We are inevitable. 


Minha expectativa para ler esse livro estava alta por dois motivos: primeiro - nunca li nada da Gayle Forman na vida e estava ansiosa para saber como seria. Segundo: adorei o título e a sinopse que me prometiam uma leitura de encher os olhos. Então comecei a leitura...Descubra o que achei de Nós somos inevitáveis!



A Bluebird Books não vai bem das pernas, assim como a vida de Aaron e de sua família, dona do sebo de uma cidade do interior dos Estados Unidos. 

Por anos e anos o sebo e a família tiveram seus momentos felizes, mas assim como aconteceu com os dinossauros (cujo livro a respeito é o único que Aaron consegue ler atualmente) um asteróide caiu em cima deles, extinguindo a família. Após  a morte de Sandy, irmão de Aaron e a partida de Anne, sua mãe, tudo que restou a ele foi um sebo decadente e um pai depressivo. 

Aaron então faz a única coisa que acha que seria possível no momento: vende a loja, sem contar a ninguém. 

Contudo, ele não podia esperar que algumas pessoas fossem se interessar em ajudar a reerguer a loja (mesmo sem saber da venda), mostrando a Aaron que talvez houvesse outro caminho para salvar o sebo e que nem tudo  estaria acabado (como os dinossauros). 

Ele também não esperava conhecer uma garota e se apaixonar tão rápido por ela. É que talvez, ele pensa, fosse inevitável que eles se conhecessem e ficassem juntos. Que eles fossem inevitáveis. Mas será que tudo o que acontece em nossas vidas (seja bom ou ruim) é mesmo inevitável?



Quando comecei a leitura do livro fiquei muito encantada com a perspectiva do que Aaron iria fazer para salvar o sebo e o que iria acontecer ao longo da história.  Minha imaginação foi longe, sério. Previ que iria devorar o livro e terminar suspirando e dando cinco estrelas e favoritando a história. 

Bom, essa foi a expectativa. 

A realidade, no entanto, foi que, apesar de não ter odiado o livro, (muito pelo contrário e já, já explico porque), algumas páginas depois de achar que ia amar o livro, Aaron começou a se mostrar muito chato, pedante, reclamão (um verdadeiro dinossauro, usando o próprio termo dele) começando a azedar meu humor em relação à história.

Entendo que ele estava em luto, com medo de perder as demais pessoas que ele ama, mas nem sempre foi possível compreender as razões dele e concordar com suas atitudes. Ele acaba quase sendo o vilão da história, se é que em histórias assim se pode encontrar um vilão.

No fim das contas, acredito que ele acabou sendo exatamente aquilo que outros personagens dizem dele na história: um narrador nada confiável.  Se você algum dia quis descobrir o que esse termo significa, com certeza vai descobrir lendo este livro. 

Após esse azedume do Aaron,  a autora comete o pecado (e que influenciou para que minha nota não fosse a que eu gostaria) de tratar os temas principais da história de uma forma rasa. O primeiro deles, o problema com drogas que Sandy, irmão de Aaron tinha. Sabemos que ele é viciado e que morreu em razão disso,  mas, não vai muito além disso.

Outro tema pouco aprofundado foi o relacionamento de Hannah e Aaron. Iniciei a leitura esperando pelo romance, mas a verdade é que ele é muito secundário na história.  

Parece que a autora queria contar uma história de amor e de repente mudou o rumo para a história de um sebo decadente em uma cidade do interior, que pessoas que se sentiram solidárias ao dono e ao que o lugar representa para a cidade decide salvar. Todo o mais é secundário. 

Falando um pouco dos outros personagens, Chad é o personagem mais incrível do livro! E a lição de vida que ele dá, tanto para Aaron quanto para nós, leitores, é ainda mais incrível. Impossível terminar o livro sem tirar uma grande lição vinda desse personagem.

Ike e os outros lenhadores também são grandes personagens e sem eles nada teria sido possível nessa história. 

Gostei de Hannah também,  mas assim como o romance entre ela e Aaron, a autora não nos deixa saber muito sobre ela, não tem uma participação marcante, então não pude amar ou odiar a personagem. 

Apesar dos pontos negativos que mencionei acima é uma leitura gostosa, com lições que levarei para a vida e para quem curte histórias de livrarias e muita, muita referência literária (como eu) com certeza vai curtir muito!


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Avaliação (1 a 5):







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