Romance real - Clara Alves

ALVES, Clara. Romance real. São Paulo: Editora Seguinte, 2022. 256  p.

O primeiro contato que tive com a escrita de Clara Alves foi lendo o livro Conectadas, que gostei muito! Então, quando fiquei sabendo do lançamento de Romance real fiquei muito curiosa para conhecer! Vamos saber o que achei da história?

Dayana chega a Londres meio perdida e muito fula da vida. Sua mãe faleceu, ela não é mais bem vinda entre os amigos e, quando teve a ideia de ir para a terra da rainha conhecer o pai que a abandonou aos 7 anos, não recebeu nenhuma contestação de seus avós. 

A vida da garota vira um verdadeiro inferno em sua nova casa. A madrasta, Lauren, é insuportável,  assim como a filha dela, Geórgia, e o pai, Roberto, insiste em manter uma postura paz e amor, evitando conflitos e até mesmo fugindo da conversa que os dois, pai e filha, já deveriam ter tido sobre o abandono. 

Mas, um dia, passeando pela Londres que com certeza a mãe amaria conhecer, Dayana conhece Diana e sua vida começa a mudar novamente e, dessa vez, para melhor. 

Começo essa resenha confessando que minha vibe para histórias de adolescentes já passou há um tempo. Mesmo assim, depois de ter curtido tanto Conectadas, precisava saber o que Clara Alves teria nos reservado nesse novo romance. 

E a verdade foi que não gostei da história tanto quanto curti Conectadas. Apesar de ter achado legal a autora trazer como protagonista uma jovem gorda, negra e bissexual, além de alguns suspenses ao longo da história, acho que algumas situações e alguns acontecimentos valeram mais a espera do que o momento em si e foram um pouco frustrantes.

A história é clichê,  no estilo Sessão da Tarde, o que não tem nada de negativo, não fosse o fato de a protagonista não ter me conquistado. 

Não tive muita paciência com as atitudes explosivas de Dayana. Em algumas situações eu só conseguia pensar que se ela estivesse um pouco mais velha a atitude não seria aquela, rs.  

Gostei dos personagens em geral, embora os tenha achado rasos. 

Apesar de Dayana tentar fazer com que o leitor tenha raiva de Lauren, a madrasta, não consegui não gostar dela e torci para que toda a família se entendesse e fossem felizes.

Com essa leitura acabei descobrindo que já passei da vibe de curtir livros com trechos de músicas no início do capítulo,  então,  pela primeira vez não corri atrás para saber mais sobre as músicas da banda One Direction (que, confesso,  nunca ouvi) que apareciam em todos os capítulos. 

Um ponto positivo para mim foi relembrar quando eu era quase uma adolescente,  a Lady Di ainda não tinha morrido e eu falava pra todo mundo que ia casar com o príncipe William (embora hoje em dia eu prefira o Harry, rs).

Outro ponto interessante é a capa, que achei superfofa e colorida!

Tenho certeza que para leitores mais jovens do que eu será uma leitura 5 estrelas e, apesar dos pesares que apontei,  é um livro para se terminar com o coração quentinho.

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