Uma rosa só - Muriel Barbery
>> quarta-feira, 9 de março de 2022
Depois de ler a sinopse de Uma rosa só da autora Muriel Barbery, que escreveu o famoso A elegância do ouriço (que ainda não li, mas pretendo), fiquei muito entusiasmada para conhecer a história de Rose. Agora, conto para vocês o que achei de Uma rosa só.
Rose é uma mulher de 42 anos, botânica, introspectiva. Foi criada apenas pela mãe, que deixou o pai de Rose antes que ela nascesse. Agora, o pai faleceu e Rose precisa ir a Kyoto para conhecer os termos do testamento deixado por ele. Ao chegar à cidade, Rose é invadida por sentimentos e memórias de sua infância, de sua vida. Sentimentos e memórias não muito agradáveis e felizes, mas que deixaram um trauma em sua existência. Mas será que ao passar uns dias na cidade conhecendo templos que seu pai frequentava e admirava, Rose terá a chance de superar os traumas e ser feliz?
O livro é bem curtinho, com apenas 176 páginas. Apesar disso, para mim, não foi tão fácil assim de ler no início. Me peguei diversas vezes dispensando meu pensamento e tendo que voltar e reler a parte toda. Isso me deixa muito chateada.
Outra coisa que me deixou bem incomodada foram os diálogos em outro idioma, sem tradução. Fico tão desanimada quando isso acontece que por vezes não perco meu tempo procurando a tradução.
Mas, acho importante destacar que há pontos bem interessantes ao longo da história. Um deles é que antes do início de cada capítulo há uma lenda/história sobre determinada flor ou planta que dá título ao capítulo que vem a seguir. Curti bastante!
Outro ponto interessante foram os templos mencionados ao longo da história. Eles existem de verdade e bastou uma breve pesquisa no Google para encontrá-los. Apesar disso, achei que a visita aos templos, que era a intenção do pai de Rose que ela os conhecesse, fossem ser mais explorados, mas mal era mencionado e pronto.
E, assim, apesar da forma poética com a autora conta a história, e uma simplicidade que deveria me tocar, eu achei tudo muito clichê e, digamos, parado. Não há um grande ápice, há muita previsibilidade em tudo e, o final, contrariando a história toda, corrida, o que lamentei muito, pois esperava gostar mais.
Achei Rose uma protagonista que provoca pouca empatia e isso dificulta muito para curtir a história. Acho que tinha tudo para ser uma história fascinante, mas não me conquistou completamente. O título, por outro lado, me fez pensar a quem ele se refere. À solitária Rose? Gosto de divagar sobre o motivo para um autor dar um título a um livro. Às vezes, não passa de uma viagem de leitora, mas tudo bem, rs.
Ainda assim, pretendo ler A elegância do ouriço, fiquei muito curiosa para conhecê-lo!
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Avaliação (1 a 5):