Sim, não, quem sabe - Becky Albertalli e Aisha Saeed
>> quarta-feira, 28 de abril de 2021
ALBERTALLI, Becky; SAEED, Aisha. Sim, não, quem sabe. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2021. 368 p. Título original:Yes, No, Maybe so.
Quem acompanha minhas resenhas aqui no blog desde o início (lá pra 2017), sabe que sou fã dos livros da Becky Albertalli. Tenho todos, leio todos e gosto muito de indicá-los. E foi assim que, ao saber do lançamento de Sim, não, quem sabe, eu não pensei duas vezes antes de querer lê-lo. Não via a hora de conhecer mais essa história da autora, desta vez escrita com Aisha Saeed. Vamos saber o que achei?
Jamie Goldberg é um adolescente de 17 anos, tímido, estabanado e desastrado. Tem alguns amigos, mas nunca teve namorada. É judeu e sonha em ser alguém no mundo da política, mas acha que não vai dar certo, já que mal consegue conversar com pessoas desconhecidas. Ele decide, por livre e espontânea pressão da mãe e da avó, ajudar o primo Gabe na campanha do candidato democrata à eleição complementar para senador da Geórgia. Seu trabalho será bater de porta em porta falando sobre os projetos do candidato e perguntando se poderá contar com o voto da pessoa. Ele não está muito animado; afinal, vai ter que conversar com pessoas que nunca viu.
Maya é uma garota muçulmana de 17 anos, muito sociável, apesar de ter basicamente uma amiga, Sara, com quem divide todos os segredos desde que se entende por gente. Agora, Sara está trabalhando demais, ocupada demais para passar muito tempo com Maya, que está triste por isso, se sentindo rejeitada pela única e melhor amiga. Ela não tem nada para fazer no verão e, para completar, o casamento dos pais não vai bem e ela está surtando porque simplesmente tem pavor de mudanças. Um dia, em um evento de um candidato democrata ao senado, a mãe de Maya sugere que, para ocupar seu tempo durante o verão, ela vá participar da campanha e ajudar a colher alguns votos e a espalhar os projetos do candidato pela cidade. A mãe sugere que ela poderia fazer isso com um antigo coleguinha de parquinho: Jamie Goldberg. Maya não está nada animada, embora não tenha nada contra Jamie. Mas a mãe dela vai fazer uma oferta irrecusável para incentivá-la a participar da campanha.
Jamie e Maya então começam a prospecção de votos e, à medida que os dias passam, os acontecimentos os assustam e os fazem entender que estão fazendo mais do que uma pesquisa eleitoral; eles vão descobrindo que podem, sim, falar com outras pessoas, lidar com assuntos que aparentemente não seriam de interesse de adolescentes e, ainda, descobrirão que, afinal de contas, mudanças fazem parte da vida, e que, sendo boas ou ruins, elas sempre podem nos trazer um aprendizado.
Quem acompanha minhas resenhas aqui no blog desde o início (lá pra 2017), sabe que sou fã dos livros da Becky Albertalli. Tenho todos, leio todos e gosto muito de indicá-los. E foi assim que, ao saber do lançamento de Sim, não, quem sabe, eu não pensei duas vezes antes de querer lê-lo. Não via a hora de conhecer mais essa história da autora, desta vez escrita com Aisha Saeed. Vamos saber o que achei?
Jamie Goldberg é um adolescente de 17 anos, tímido, estabanado e desastrado. Tem alguns amigos, mas nunca teve namorada. É judeu e sonha em ser alguém no mundo da política, mas acha que não vai dar certo, já que mal consegue conversar com pessoas desconhecidas. Ele decide, por livre e espontânea pressão da mãe e da avó, ajudar o primo Gabe na campanha do candidato democrata à eleição complementar para senador da Geórgia. Seu trabalho será bater de porta em porta falando sobre os projetos do candidato e perguntando se poderá contar com o voto da pessoa. Ele não está muito animado; afinal, vai ter que conversar com pessoas que nunca viu.
Maya é uma garota muçulmana de 17 anos, muito sociável, apesar de ter basicamente uma amiga, Sara, com quem divide todos os segredos desde que se entende por gente. Agora, Sara está trabalhando demais, ocupada demais para passar muito tempo com Maya, que está triste por isso, se sentindo rejeitada pela única e melhor amiga. Ela não tem nada para fazer no verão e, para completar, o casamento dos pais não vai bem e ela está surtando porque simplesmente tem pavor de mudanças. Um dia, em um evento de um candidato democrata ao senado, a mãe de Maya sugere que, para ocupar seu tempo durante o verão, ela vá participar da campanha e ajudar a colher alguns votos e a espalhar os projetos do candidato pela cidade. A mãe sugere que ela poderia fazer isso com um antigo coleguinha de parquinho: Jamie Goldberg. Maya não está nada animada, embora não tenha nada contra Jamie. Mas a mãe dela vai fazer uma oferta irrecusável para incentivá-la a participar da campanha.
Jamie e Maya então começam a prospecção de votos e, à medida que os dias passam, os acontecimentos os assustam e os fazem entender que estão fazendo mais do que uma pesquisa eleitoral; eles vão descobrindo que podem, sim, falar com outras pessoas, lidar com assuntos que aparentemente não seriam de interesse de adolescentes e, ainda, descobrirão que, afinal de contas, mudanças fazem parte da vida, e que, sendo boas ou ruins, elas sempre podem nos trazer um aprendizado.
Eu não sabia o tanto que estava precisando ler um livro assim até que li. Há meses estou lendo tantos livros densos e tão pouca literatura YA (zero, na verdade), que não sabia o quanto estava necessitada desta leitura.
A escrita de Becky sempre me encantou, sempre devorei todos os livros que ela escreveu. Acho que ela funciona muito bem como coautora, tanto como escritora solo. Exemplo disso é o livro E se fosse a gente? que ela escreveu com Adam Silvera. Eu adorei.
Mas confesso que, desde Com amor, Simon, nenhum dos demais livros que li da autora levou cinco estrelas, embora eu tenha curtido demais a leitura deles.
O mesmo não posso dizer de Sim, não, quem sabe. O livro me pegou de uma forma que entrou pra lista daqueles livros cujos personagens vou me lembrar por dias, meses, anos!
Me apeguei a Jamie e a Maya logo no primeiro capítulo, e fui torcendo pela evolução deles como pessoa, shippei muito o casal, fiquei aflita quando situações ruins aconteceram, fiquei rindo sozinha com as cenas engraçadas. Enfim, aquela leveza que uma leitura traz e que é capaz de nos fazer esquecer deste mundo terrível em que estamos vivendo.
O livro tem clichês? Claro que tem! Mas a gente já deveria ter superado a ideia de que histórias clichês não compensam. Elas são ótimas! E, falemos a verdade, a vida é cheia de clichês, e nada melhor do que usar a vida como inspiração para os livros!
Falando dos temas abordados, o livro traz uma discussão importante sobre preconceito religioso, sobre como é importante discutir política, não se calar diante dos políticos e das propostas xenofóbicas, preconceituosas, de ideologia duvidosa.
Traz ainda uma mensagem sobre mudanças que achei muito importante. E ele o faz, em minha opinião, de duas formas...
A primeira delas é em relação à necessidade de compreendermos que toda mudança não ocorre da noite para o dia, mas acontece devagar e, por vezes, achamos que é tão devagar, que não está acontecendo – e por isso não fazemos nossa parte para que a mudança evolua ou se complete. Mas ela está acontecendo e precisamos fazer a nossa parte, independentemente do que aconteça.
A primeira delas é em relação à necessidade de compreendermos que toda mudança não ocorre da noite para o dia, mas acontece devagar e, por vezes, achamos que é tão devagar, que não está acontecendo – e por isso não fazemos nossa parte para que a mudança evolua ou se complete. Mas ela está acontecendo e precisamos fazer a nossa parte, independentemente do que aconteça.
A segunda é em relação à mudança que ocorre em nós mesmos ao longo da vida, como, no caso do livro, a saída da adolescência. Nessa época, ficamos acostumados com a segurança de nossa casa, nossa família, a ausência de responsabilidades, a segurança da amizade, e nos esquecemos que isso também vai mudar. Sair dessa zona de conforto para enfrentar o mundo, sem dúvida, não é fácil, mas é necessário. Se serve de consolo, acontece com todo mundo!
Outra coisa que mais uma vez me deixou de coração quentinho foram as referências à cultura pop, como ao livro Orgulho e preconceito, à série The Office, à música Unchained melody (tema de Ghost, do outro lado da vida), ao Voldemort. Enfim, são infinitas referências e menções com que muita gente vai se identificar com certeza!
O final me deixou com o coração quentinho. Indico para todo mundo que quer deixar um pouco essas preocupações da vida de lado para entrar de cabeça numa história gostosa de ler, engraçada e muito, muito fofa!
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