Mowgli - Os livros da selva - Rudyard Kipling
>> quarta-feira, 10 de março de 2021
Sempre ouvi falar muito de Mowgli, o menino-lobo, e sei que sua história já teve diversas adaptações cinematográficas, mas confesso que todas elas me passaram despercebido. Quando vi esse livro no catálogo da editora, finalmente vi a chance de conhecer a história, ainda mais que esta edição traz todos os dois livros de contos sobre o menino-lobo. Agora divido com vocês a minha experiência de leitura.
Mowgli foi encontrado ainda pequeno e criado por lobos que viviam em uma floresta na Índia. Mesmo sabendo que ele era um humano, o amor dos lobos por aquela pequena criatura falou mais forte. Ele foi aceito na alcateia e cresceu aprendendo as leis da selva, aprendendo a caçar e a lidar com outros animais maiores e mais ferozes ou menores e mais indefesos.
Contudo, por mais que Mowgli vivesse junto dos animais, o instinto humano, por vezes, falava mais alto. Até que ele teve que deixar sua alcateia e a vida na selva para se juntar aos de sua espécie.
Nesse meio do caminho, muitas aventuras, perigos, aprendizados vão acompanhar o crescimento do menino-lobo.
Primeiro, preciso comentar sobre esta edição. Já comentei em A ilha do tesouro que eu sou apaixonada pelas edições da Editora Zahar, certo? São lindas, coloridas, ilustradas, com informações complementares que auxiliam, e muito, a leitura. Com a edição de Mowgli não foi diferente. A editora arrasou nas ilustrações, tanto na capa quanto ao longo do livro. Além disso, o livro faz parte da Edição de Bolso de Luxo, ou seja, é pequenina e, por causa disso, achei ainda mais encantadora! A Zahar está de parabéns, uma vez mais!
Pena que não posso dizer o mesmo do texto. Meu encantamento foi acabando à medida que eu avançava na leitura. Como eu disse no começo desta resenha, eu não conhecia muito sobre o Mowgli, além do fato de que ele foi abandonado e encontrado por lobos que os criaram (possivelmente, a maioria das pessoas sabe disso). Logo, eu esperava algo inspirador, encantador, que fosse me deixar com um quentinho no coração. Mas não foi exatamente assim. O primeiro conto pra mim foi, talvez, o único que me deixou encantada e com aquela sensação de “Esse livro promete!”. Mas com o passar dos contos, que não são narrados de forma linear, eu fui desejando cada vez mais que chegasse ao final e terminasse logo.
Não me entendam mal. Não tem nada a ver com a mensagem, que por sinal é linda, sobre respeito, união, amizade, lealdade. Mas as situações que Mowgli passava com seus amigos não me conquistaram a ponto de eu torcer por eles (exceto alguns personagens bem específicos como Bagheera e o urso Baloo; por mim, se a história fosse sobre eles, o livro seria muito mais interessante).
Mowgli infelizmente acabou se revelando pra mim um garoto mimado (se é que isso é possível na selva), infantil (ele é acompanhado no conto até mais ou menos os 18 anos) e um humano por vezes com o lado ruim que todo ser humano pode ter.
É claro que a natureza humana de Mowgli prevaleceria em determinados momentos ou quem sabe, de repente, o tempo todo. Contudo, na maioria das vezes que o vi agir com humano, eu não curti as atitudes dele.
Preciso mencionar, ainda, que ao longo do livro observei que não estava conseguindo me concentrar o tempo todo na história, e de repente percebi que isso se deveu, possivelmente, não só à história que não me ganhou, mas à forma como o autor escreve, que não me prendeu muito.
De todo modo, como eu disse, a mensagem que o livro tem a passar é importante e bonita, de modo que vale a leitura, nem que seja para conhecer, assim como eu fiz.
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