Não é errado ser feliz - Linda Holmes

>>  quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021


HOLMES, Linda. Não é errado ser feliz. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2020. 304 p. Título original: Evvie Drake starts over.


Depois de muitos dias lendo livros pesados (não no sentido do tamanho do livro em si), achei muito bem-vinda a chegada de Não é errado ser feliz e já fiquei ansiosa para ler. Não sabia muito sobre a história, já que não gosto muito de ler a sinopse, ou tento esquecê-la quando leio, rs, mas a capa fofa me conquistou de cara. Agora conto para vocês o que achei de Não é errado ser feliz.


Eveleth Drake, ou simplesmente Evvie, era casada com o médico queridinho da pequena cidade em que viviam, Calcasset, no Maine. Um belo dia, ela pensa em deixar o marido e, prestes a fazer isso, recebe um telefonema que mudaria sua vida para sempre: Tim, seu marido, havia sofrido um grave acidente de carro.

Após a morte de Tim, Evvie não tem mais disposição para o trabalho, não sabe o que fazer com a casa imensa em que vive e não tem muito ânimo para tomar qualquer providência a respeito da própria vida. Até que seu melhor amigo, Andy, avisa que um conhecido seu, jogador de beisebol aposentado, estaria interessado em alugar o anexo da casa de Evvie, já que ele estava passando por um mau momento e queria ficar longe dos holofotes e dos repórteres.

Evvie, percebendo que precisava de todo modo encontrar um jeito de pagar as próprias contas, aceita que Dean, o ex-jogador, vá morar no anexo.

De início, eles fazem um pacto: não vão conversar sobre o falecido marido nem sobre o motivo da aposentadoria.

Apesar dessa limitação, eles acabam se aproximando e se tornando grandes amigos, ou, quem sabe, um pouco mais do que isso!


"Isso significava esperança, como havia significado para ela. Era possível que as coisas melhorassem quando parecia impossível. Era possível trazer de volta coisas que pareciam condenadas". p. 241
 
Um romance levinho, de leitura fluida e rápida. Tem algumas partes bem engraçadas e algumas referências a grandes astros do beisebol e de outros esportes americanos, e à cultura pop em geral, o que sempre me agrada, ainda que eu não entenda patavina de beisebol, rs.

Gostei de Evvie, apesar de ter me sentido incomodada com algumas intromissões dela na vida alheia. Uma mulher com um casamento misterioso cujos efeitos reverberaram nela muito depois do falecimento do marido.  

Andy é um amigo de fé e um irmão camarada que todo mundo iria querer ter, e um pai muito dedicado às filhas também. Para mim, o melhor personagem do livro.

Gostei de Dean também, embora tenha entendido (sqn) a razão de ele parar de jogar.

A verdade é que tanto Evvie quanto Dean tiveram traumas em âmbitos diferentes da vida e viviam com um pé atrás o tempo todo em relação a tentar de novo ou seguir em frente. Em determinados momentos não concordei com a forma como lidaram com isso e achei o relacionamento deles um tanto confuso e bem frustrante (rs), pois, na verdade, apesar de cada um, como indivíduo, ter uma grande história, o fato é que o romance, o fator casal, deixou bem a desejar; faltou química.

Achei muito importante a abordagem acerca de relacionamentos abusivos, saúde mental, mas acho que isso foi pouco explorado ao longo do texto, um pouco raso. Acho que a autora poderia ter aprofundado um pouco mais.

O final do livro, infelizmente, é um tantinho corrido e frustrante, como eu disse. Me lembrei de um filme antigo que assistia com minha mãe, em que a gente esperava o filme inteiro por um beijo e ele só acontecia na última cena e ainda era um selinho, rs.

Não quero com isso dizer que os personagens do livro tenham se beijado apenas na cena final; foi apenas uma analogia para transmitir o sentimento de frustração que me acometeu no final, rs.

Indico para quem quer ler um romance leve e sem grandes pretensões. Leiam!

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Avaliação (1 a 5): 3.5



 
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