Viagem Literária: Imitação mortal

ROBB, J. D. Imitação mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. 448p. (Mortal, v.17). Título original: Imitation in death.

“Os lábios dele eram macios, muito macios e quentes quando se encontraram com os dela. Ele a beijou com ternura, profunda e lentamente, e se sentiu desligar cada vez mais para dentro dela, pouco a pouco. Sentiu que sua guerreira forte e valente se rendia, até perceber que ela se transformou em algo maleável como cera e fluido como água.

A mente dela se enevoou. Já não havia mais pesadelos ali, nem sombras à espreita nos cantos. Havia apenas Roarke e suas carícias quase preguiçosas, seus beijos suaves e oníricos que a levavam para longe, para um silencioso refúgio de paz. As sensações foram formando camadas finas, umas sobre as outras, cobrindo a fadiga e o que ela não notou que havia brotado dentro dela.

A boca de Roarke se lançou sobre os seus seios. E seu coração se acelerou quando ele lhe lambeu os mamilos em movimentos circulares e maravilhosamente lentos. Ela passou as mãos sobre as costas dele, reconhecendo sua forma, sentindo-lhe a força dos músculos e dos ossos. A morte, com seus rostos infinitos, foi para um universo longe dali. ” p.376

Ficou sem ar né minha filha? Vai livro, vem livro e a série Mortal continua me arrebatando! Difícil ter romance mais sensual e mais emocionante, com uma pitada de ficção policial que eu adoro!! Confiram o que achei do décimo sétimo livro da série com Imitação mortal da J. D. Robb.

A resenha não contém spoilers sobre desdobramentos dos livros anteriores, mas fala sobre a vida pessoal dos personagens.

Nova York, verão de 2059. Apesar de todos os avanços para que o homem possa viver mais, a violência ainda é uma das maiores causas da morte. Seja por qual motivo for: vingança, ganância, violência, loucura... nunca vai faltar trabalho para a força policial...

A noite estava quente, o movimento era escasso nas ruas da cidade naquela noite. Jacie Wooton tinha licença para trabalhar nas ruas e procurava um último cliente antes de dar a noite por encerrada. Na rua silenciosa, um homem se aproxima, ele usa capa preta, bengala e cartola. Alguns minutos depois ela está morta, seu corpo ensanguentado e retalhado jogado em um beco. Um bilhete é deixado na cena do crime, endereçado à tenente Eve Dallas, ele ainda assinava o bilhete, apenas como Jack.

E é assim que Eve sai de casa ainda de madrugada, para começar mais um caso. O assassino copiou com precisão o método de Jack, O estripador. Ela sabe que ele está só começando, sabe que precisa correr contra o tempo para captura-lo antes que ele faça muitas vítimas.

O assassino é orgulhoso e quer participar de uma caçada com Eve, certo de que irá vencer no final. E para isso ele deixa pistas! O papel onde escreveu o bilhete é raro e caríssimo, ela começa a rastrear os compradores. Porém, todos os suspeitos são pessoas ricas e muito influentes, que relutam em cooperar.

Enquanto isso Peabody se prepara para fazer o exame e se tornar detetive, ela está estudando muito e anda muito nervosa. Ela e McNab estão prestes a alugar um apartamento juntos, o que torna o relacionamento muito mais sério.

Quando o assassino ataca de novo, ele se inspira em Albert DeSalvo, O Estrangulador de Boston. Eve está procurando alguém que sabe muito sobre serial killers, e está imitando os mais notórios, cruéis e infames crimes da história.

“ – Por favor, cale a boca antes que eu bata em você.

- Dallas, você pediu por favor. Está amolecendo.

- Insultos – resmungou Eve. – Tudo o que eu recebo são insultos. Sou a Sra. Roarke, me transformei numa gracinha e estou amolecendo. Vamos ver o quanto estou amolecendo quando eu enfiar sua cabeça no traseiro, Peabody.

- Puxa, agora você voltou com força total – anunciou Peabody, fazendo o resto da viagem num silêncio contente. ” p.267

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Como eu adoro esses livros!! Eu amo esse casal, todos os personagens secundários que são tão bem desenvolvidos, adoro rever a turma toda!! A parte policial realmente fica em segundo plano, eu nunca espero muito dela rs.

Nesse volume Peabody ganha mais destaque, tanto na investigação quanto em sua vida pessoal. Estudando para a prova, nervosa com medo de decepcionar a Eve se não passar, ela está uma pilha de nervos. E também nervosa pela mudança em sua vida agora que ela e McNab vão morar juntos oficialmente. Mavis está grávida, e aparece rapidinho nesse volume, sempre muito divertida. Summerset está de férias e aparece só no final, uma pena, eu morro de rir das “brigas” entre ele e Eve. Adoro a Dra. Mira, que também ganha mais destaque aqui, ficamos conhecendo mais sobre a família dela.

Eve e Roarke continuam perfeitos juntos!! Amo todas as cenas do casal, como eles são parceiros, se apoiam e seguem completamente apaixonados.

Eu curti a menção aos seriais killers famosos, é um tema bem interessante. Sei que é bem estranho adorar serial killers kkkk, mas a mente deles é fascinante. A forma como desenvolvem uma assinatura e muitos nunca chegaram a ser capturados, como é o caso de Jack, O estripador. Eu esperava que isso evoluísse mais, achei que terminou bem depressa, estava esperando que ele matasse mais gente até ser pego rs... #espíritodeporco!

Os suspeitos eram interessantes, só homens poderosos e nenhum deles parecia flor que se cheire. No final até fiquei com pena de um deles, a Eve pegou pesado no interrogatório com alguém que ela tinha quase certeza de ser inocente.

Eu adoro a segue e sigo animada para o próximo volume!! Leiam!!

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Série Mortal

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