Roubada - Lesley Pearse
>> segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
PEARSE, Lesley. Roubada. São Paulo:
Editora Novo Conceito, 2011. 376p. Título original: Stolen.
“ – Eles roubaram mais de um ano da minha vida e o
meu bebê. Eles quase roubaram a minha sanidade e a minha vida, também. – Ela parou
por um momento para tomar fôlego, com medo de ter um ataque de pânico. – Não há
como recuperar nada disso, e também não há maneira de conseguirmos sair vivas
daqui – ela concluiu. ” p. 154
Lesley Pearse é inglesa, mas pelos seus
enredos, podia bem ser mexicana rs. Seus livros são dramáticos, eu leio e
imagino sempre aquela atriz de Maria do
Bairro lembram?! Hahaha. Enfim, tirei um antigo
dela da estante para o Clube das
Chocólatras, confiram o que achei de Roubada.
David Mitchell, 32, está passeando calmamente com o
cachorro do vizinho em uma praia, quando encontra o corpo de uma mulher. Ele
percebe que ela é bem jovem, e se assusta quando percebe que ela está viva.
Mais tarde, após ela ser socorrida e levada ao hospital, descobrem que a moça
perdeu a memória.
Dale Moore, 25, trabalha em um salão em Sussex junto
com Scott. Eles são grandes amigos
desde que trabalharam juntos em um navio, durante um longo cruzeiro. Lotte Wainwright, uma cabeleireira,
dividia a cabine com Dale, e os três se tornaram inseparáveis. Mas logo depois
que o navio aportou, eles perderam o contato com ela e não tiveram mais
notícias. Os dois se espantam quando
leem a matéria sobre a garota encontrada na praia sem memória, pois acham que
pode ser Lotte.
Ela não se lembra de nada, nem de seu nome, nem
de como quase morreu afogada. Os exames médicos apontam que a moça teve um parto
recente, ela não se lembra. Como uma mãe pode esquecer do próprio bebê? Lotte
tinha marcas de cordas nas mãos, mas a polícia não consegue descobrir muita
coisa.
Quando alguém tenta matá-la no hospital, a
trama se complica. O que aconteceu com Lotte? O que aconteceu com o bebê? Quem
queria matá-la? E se suas lembranças fossem todas apagadas, o que você faria?
~~~~~~
O enredo é intrigante e prende logo no início.
Você fica muito curiosa querendo saber o que aconteceu com Lotte e tudo sobre o
passado que ela não se lembra. Os personagens são legais, gostei dela e dos
coadjuvantes todos. Lotte é aquela personagem característica da autora (como Belle
e Hope),
sofredora, que come o pão que o diabo amassou, mas são pessoas lindas e boas. O
nível de drama da autora é surreal rs.
Eu tenho um problema que essa autora, o
mesmo que acontece nos livros da Lucinda
Riley e algumas outras, não me passa emoção. É uma história triste,
sofrida, mas que não emociona. Eu não sei porquê, mas mesmo eu que sou chorona
em livros, não sinto nada. Uma desgraceira sem fim, e eu lá, hummm, com cara de
paisagem rs. Não tem aquele arrepio, os olhos marejando nada, só vou virando as
páginas. Acho que é um dos motivos de gostar do enredo, mas não amar os livros.
Voltando ao livro, o mistério em torno do
passado de Lotte, do que aconteceu com ela desde que deixou o navio até quando
foi encontrada no mar, deixa o leitor curioso por boa parte do livro. Achei que
revelaram até rápido as lembranças dela, mas foi interessante o suspense. Os
personagens também eu curti, Lotte, a Maria do Bairro rs, mas principalmente
Dale e David, que roubam as cenas. O romance
foi bonitinho, nada uau, mas eu curti os dois.
O outro problema, o final foi muito
ruim!! Tem o final de Lotte e aí tem um capítulo enorme inteiro sobre a Dale,
com uma cena lá no salão que pelo amor, coisa de filme mal escrito. Era para
ser legal, mas foi bem discurso de quinta. Aí tem isso e pronto, termina. No
ar, do nada. Parece que a autora não sabia mais o que fazer e pensou, está bom
assim rs. Porque depois de tudo que a Lotte passou,
terminar assim de boa, do nada? Era para essa mulher ficar traumatizada uns 10
anos.
Mas enfim, não foi ruim, mas também não é nada
imperdível. Da autora meu favorito continua sendo Belle. Quem leu me conta se curtiu!
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Avaliação (1 a 5):