Uma surpresa na primavera - Carrie Elks
>> quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
ELKS,
Carrie. Uma surpresa na primavera. São
Paulo: Editora Verus, 2019. 308 p. (As irmãs Shakespeare, v.3). Título original: Absent in the spring.
E
chegamos ao terceiro livro das Irmãs Shakespeare! Caso vocês não estejam
lembrados, primeiro conhecemos Cesca em Um verão na Itália, depois Kitty em Umamor de inverno e agora temos a chance de conhecer a história da irmã mais
velha, Lucy, em Uma surpresa na primavera. Até o momento eu tinha gostado mais
da história de Cesca que da de Kitty, que, conforme eu disse na resenha
anterior, era muito sem personalidade, na minha opinião. Agora, conto para
vocês quais foram as minhas impressões sobre a irmã mais velha desse quarteto
Shakespeare!
Lucy,
uma advogada, é a mais velha das irmãs Shakespeare e, desde a morte da mãe,
assumiu o controle da família e dos cuidados do pai e das irmãs mais novas. Ela
sentia necessidade disso, de fazer com que a perda da mãe resultasse em um
trauma menor possível para as irmãs. Sempre controladora, Lucy se tornou uma
advogada de sucesso, focada na carreira de um jeito que nada mais
importava, nem o amor.
Um
dia, ela é designada para atuar em um caso de herança que estaria sendo
disputada por dois meios-irmãos. O filho legítimo querendo as terras do pai que
foram deixadas em testamento para o filho ilegítimo. E era para esse último
filho que ela trabalharia.
Lachlan
é um empresário de sucesso que batalhou duro e sozinho para chegar aonde
chegou. Criado em uma casa humilde com sua mãe, que trabalhava em uma casa
noturna, e sem o carinho de um pai, Lachlan cresceu tendo a certeza de que sua
vida seria voltada apenas para o trabalho. Nada de romance ou qualquer outra
coisa que tirasse o foco de sua empresa.
Até
que, graças à disputa de herança com seu meio-irmão, ele conhece uma bela e
competente advogada que pode fazê-lo repensar seus conceitos sobre o amor.
~~~~~~
E
eis a minha irmã Shakespeare favorita! Juro que isso não tem nada a ver com o
fato de ela ser advogada, assim como esta colunista que vos fala (embora, em
determinada cena do livro, ela tenha falado de sua profissão da mesma forma que
eu falaria, rs).
Possivelmente
tenha sido porque não identifiquei em Lucy aquele sofrimento de Cesca ou a
falta de atitude de Kitty. Evidentemente, cada pessoa, assim como cada
personagem, tem sua personalidade, sua característica, mas é que as características
e personalidades das irmãs que protagonizaram as primeiras histórias me
incomodaram bastante.
Lucy,
ao contrario das demais, é decidida, impetuosa, e apesar de eu ter achado que o
romance entre ela e Lachlan aconteceu rápido demais, torci bastante para que
tudo desse certo entre eles.
A
narrativa é feita em terceira pessoa, de modo que fica mais fácil perceber a
parte que fala sobre Lucy e a que passa a narrar sobre Lachlan, ao invés de
cada um dos personagens narrar um capítulo.
Lachlan
não me impressionou de cara, mas foi me conquistando aos pouquinhos e lá pelo
meio do livro eu já estava caidinha por ele. Em determinadas cenas cheguei
quase ao ponto de identificar a história com Cinquenta Tons de Cinza, quase.
Faltou aquela pitada apimentada final.
Grant,
o melhor amigo de Lachlan, é um pouco intrometido demais na vida do amigo,
daquele modo que só um melhor amigo e assistente poderia ser. Em determinado
momento cheguei a pensar: “O que você tem com isso, amigo? Ele é adulto para se
resolver sozinho.” Mas acabei pensando depois que, se não fosse por ele,
Lachlan estaria perdido.
A
esposa de Grant, Jenn, é a grávida louca cheia de hormônios que fala o que
pensa e que, por causa disso, tem uma grande influência na condução da
história. Eu não sei se iria gostar muito de ouvir as verdades que ela tem a
dizer, rs.
As
demais irmãs de Lucy aparecem na história e têm uma participação um pouco maior
que nos dois primeiros livros e, próximo ao final, a autora nos entrega a deixa
necessária para o próximo livro, da ultima irmã, Juliet.
Assim,
como nos demais livros, terminei a história com sensação de que o livro foi um
pouco raso, que tudo se resolve sempre muito rápido e que a história acaba por
ficar um pouco superficial. Isso é positivo e negativo ao mesmo tempo. Positivo
porque não ficamos afundados em lamúrias sem fim dos personagens ou em falas
desnecessárias, e negativo por deixar um gosto de quero mais que não tem nada a
ver com quando o livro termina e você pensa: Uau, quero mais.
De
qualquer modo, é um romance gostosinho e de leitura rápida. Então, leiam!
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Série: As irmãs Shakespeare (The Shakespeare sisters)
- Um verão na Itália (Summer´s lease)
- Um amor de inverno (A winter´s tale)
- Uma surpresa na primavera (Absent in the spring)
- Uma luz no outono (By virtue fall)
Avaliação (1 a
5): 3.5