As quatro rainhas mortas - Astrid Scholte
>> quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
SCHOLTE,
Astrid. As quatro rainhas mortas. Rio
de Janeiro, Editora Galera Record, 2019. 391 p. Título original: Four dead
queens.
De
início, não estava muito curiosa para ler este livro. Ainda não tinha procurado
saber a respeito e, pelo título, imaginei que viria mais uma daquelas séries
intermináveis que quase morremos de esperar pelo próximo livro e passamos o ano
todo roendo as unhas de ansiedade/curiosidade. Então, decidi ler a respeito e
ler a sinopse, e a primeira coisa que descobri foi que estava redondamente
enganada sobre ser uma série de livros. A segunda coisa que descobri foi que eu
precisava DESESPERADAMENTE ler a história. Vamos saber o que achei de As quatro
rainhas mortas?
Quadara
é um continente governado por quatro rainhas e é dividido em quatro quadrantes:
Archia,
que é responsável por fornecer safras e riquezas naturais e que tem como rainha
Iris, uma mulher forte de trinta e poucos anos.
Eonia,
que é responsável pelo desenvolvimento da medicina e da tecnologia, e que é
governado pela rainha Corra. Seus habitantes são treinados para não demonstrar
qualquer sentimento.
Ludia,
que é o quadrante mais festivo e frívolo, responsável por criar arte, moda e
entretenimento, e que é governado pela rainha mais jovem de Quadara, Stessa.
Por
fim, Toria, que é responsável por administrar a importação e exportação entre
os quadrantes, e que é governado pela rainha Marguerite, a mais velha das
quatro.
Além
disso, para que o sistema dos quadrantes funcione, há As Leis da Rainha que não
podem, de forma alguma, ser violadas.
As
quatro rainhas vivem juntas em um castelo, contudo governam separadas, cada uma
seu quadrante, sem que nenhuma interfira nas regras e decisões das outras e
sempre pensando, claro, no que é melhor para o povo.
Tudo
vai bem no castelo, pelo menos aparentemente. Porém, as rainhas têm cada uma o
seu segredo que pode colocar em risco não só a paz da nação, mas a vida das
rainhas.
Fora
do castelo existe uma excelente ladra, Keralie, uma jovem de 17 anos que, além
de ótima larapia, é uma boa mentirosa. Ela vai cruzar o caminho de Varin, um
mensageiro que estava carregando uma importante encomenda, que Keralie acaba
descobrindo ser, na verdade, um grande plano para matar as quatro rainhas.
A
partir de então, os dois se unirão para tentar impedir os homicídios e fazer
com que a paz seja mantida e as rainhas fiquem vivas.
~~~~~~~~~~~
O
livro é narrado tanto por Keralie quanto pelas quatro rainhas, sendo que os
capítulos trazem o nome de quem está narrando.
Fiquei
com receio de que o livro fosse mais juvenil, mas acabou que não foi bem assim.
Adorei
três das quatro rainhas. A única que não me causou empatia nenhuma foi a rainha
de Ludia, Stessa, e garanto que não é pelo fato de ela governar o quadrante
mais frívolo. Até achei o segredo que ela guardava bem a cara dela, e sem maiores
surpresas, ao contrário dos segredos das demais rainhas que, à medida que foram
sendo revelados, foram me deixando cada vez mais de queixo caído.
E
foi por isso que eu devorei o livro. Em uma sentada, mais de 200 páginas se
passaram sem que eu nem percebesse. Só queria que o próximo capítulo viesse
para saciar minha curiosidade, e depois mais outro.
Keralie
é muito esperta, inteligente (embora contraditoriamente ingênua em momentos que
não deveria). Torci demais por ela e para que se livrasse dos perigos em que se
envolvia, que tudo desse certo para ela.
O
mesmo foi em relação a Varin. Apesar de a história não estar necessariamente
voltada para um romance, foi impossível não shippar o casal.
E
quando o final chegou, fiquei ao mesmo tempo satisfeita, pois a história ficou
toda redondinha e concluiu muito bem, e surpreendentemente triste por se tratar
de um stand alone.
Assim,
indico para todo mundo, sem restrições!
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Avaliação (1 a 5):