O mapa que me leva até você - J.P. Monninger
>> sexta-feira, 18 de outubro de 2019
MONNINGER,
J.P. O mapa que me leva até você. Campinas/SP: Editora Verus, 2019. 322 p. Título original: The map that leads to
you.
Nunca
tinha ouvido falar na autora. Apesar disso, a sinopse me agradou bastante, de
modo que fiquei imaginando muitas teorias sobre o que aconteceria efetivamente
na história. Isso antes de iniciar a leitura. Depois que comecei o livro, bom...
Venha que eu conto para vocês o que aconteceu.
Heather
é uma moça muito organizada que acabou de se formar na Universidade de Amherst,
Massachusetts. Sua carreira já está toda planejada, sobretudo por seu pai. Ela
tem tudo mapeado em sua cabeça e em sua agenda.
Mas,
antes de iniciar a sua vida de adulta, Heather vai fazer uma viagem pela Europa
com suas duas melhores amigas, Amy e Constance.
Logo
na viagem de ida para Amsterdã ela conhece Jack, um cara muito gato e
misterioso. Ele está seguindo o caderninho de seu avô, que foi um soldado de
guerra e, ao final da guerra, não retornou direto para casa. Foi passando por
alguns lugares até chegar em casa e escreveu sobre esses lugares no caderno que
hoje Jack usa para viajar.
O
fato de conhecê-lo faz Heather sentir, pela primeira vez, vontade de jogar tudo
pro ar. Mas isso não acontece. A princípio, eles vão voltar juntos para os
Estados Unidos, mas um segredo que Jack guarda a sete chaves pode abalar o
mundo de Heather para sempre.
Primeiro,
é bom explicar que nada do que eu disse acima é spoiler. Essas informações
estão também na sinopse, então não disse nada que não poderia ter sido dito
para quem pretende ler o livro.
Mas
preciso explicar também que a sinopse, que tanto me fez querer ler o livro, era,
no fim das contas, muito mais empolgante que a história em si.
Não
senti empatia por quase personagem nenhum. Não curti muito a protagonista Heather
e não gostei nada de Amy. Das três amigas, só gostei de Constance, que era a
mais sensata e realista da história.
Não
fui muito com a cara de Jack, mas fui com a cara do amigo dele, Raef. E acabei
shippando um casal secundário e não o principal.
Para
que eu shippe ou curta um casal que inicia sua história brigando e discutindo,
no estilo O cravo e a rosa, tem que ser uma discussão que, no mínimo, faça
sentido, seja inteligente e que, no caso de personagens adultos como neste
livro, seja madura.
As
discussões entre Heather e Jack não são assim. São cansativas, imaturas e
inúteis. Começam por uns motivos que não entendo e terminam de uma forma que eu
pensava: Aff.
A
viagem deles pela Europa não tem nada de excepcional. Não daquela forma que te
deixa sedento de vontade de conhecer o lugar, como eu costumo ficar.
O
segredo de Jack é óbvio e tudo o que acontece entre o casal, assim como o
desfecho, para mim, foi tão morno quanto todo o resto.
O
único momento realmente sensível do livro e que me levou às lágrimas foi um
episódio com o gato de Heather, que é mencionado poucas vezes na história. Isso
para vocês terem uma noção do tanto que a história me emocionou.
Um
ponto positivo do livro são as referências a livros clássicos, sobretudo de
Hemingway, autor de O sol também se levanta. Em relação às referências, não
teve como não ficar curiosa para conhecer os livros que a personagem menciona.
Mas foi só isso.
Mais
uma vez, não digo para não lerem o livro. Afinal, como sempre, a experiência de
ler um livro é única. Resta a mim esperar que a de vocês seja muito melhor que
a minha!
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