Viagem Literária: Nocturna

MONTAYNE, Maya. Nocturna. São Paulo: Editora Seguinte, 2019. 480p. Título original: Nocturna.

A primeira coisa que me chamou atenção nesse livro foi a capa ladrilhada, parecendo um piso; em segundo lugar, o título curto e misterioso; e, em terceiro, o fato de trazer diversas referências à cultura latina. Embora eu não curta muito ler séries, pois tenho medo de não concluir e por outros probleminhas que a Nanda já mencionou diversas vezes por aqui (mais sobre as séries policiais, mas as preocupações são extensivas a outros estilos), minha curiosidade em relação a Nocturna foi mais forte que esse receio e então tive que ler. Conto a vocês agora o que achei dessa história.

Castallan é um reino que há muitos anos não passa por nenhuma crise. Desde que houve uma rebelião que o libertou da dominação dos inglésios, que proibiu o povo de usar magia e falar o próprio idioma, o povo vive contente e tranquilo.

Até que Dezmin, o príncipe herdeiro do trono do rei, é misteriosamente assassinado por uma magia terrível. Então, Alfehr (Alfie), o príncipe mais novo, precisa aceitar que terá que substituir o irmão no trono. O povo também precisa aceitar isso, já que estava acostumado com a ideia de um príncipe com um futuro aparentemente brilhante assumir o trono no lugar do rei.

De outro lado há Finn Voy, uma ladra com poderes para assumir o rosto de outras pessoas e que recebe a incumbência de executar um trabalho no castelo do rei.

Quando o destino dela e de Alfie se cruzam, um acontecimento no castelo faz com que os dois, sem querer, libertem uma magia obscura e poderosa que jamais poderia ter sido libertada. Para que tudo dê certo, eles terão que lutar lado a lado para devolver a magia maligna para o lugar de onde jamais deveria ter saído.

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Demorei um pouco para engrenar na história, apesar de ela ter se mostrado interessante desde o início. Apesar de ter passado um pouco a minha vibe em relação a livros de fantasia, se o conteúdo for bom não tem como não se empolgar. E, à medida que o texto foi se desenrolando, fui me empolgando cada vez mais.

Senti muita empatia pelo príncipe Alfehr. Imagina o desespero ao saber que terá que, repentinamente, se tornar rei de um país inteiro no lugar de quem deveria realmente se sentar ao trono?! Reprogramar toda uma vida, objetivos, em razão de uma nação inteira. Deve ser apavorante.

De início, não curti muito a personagem ladra, Finn. Mas, à medida que ela vai se aproximando de Alfie e que os dois vão se aventurar juntos, comecei a gostar mais dela.

Depois que consegui entrar na leitura, não consegui mais largar. É cativante, engraçado, e até os personagens secundários são importantes a seu modo.

Neste primeiro livro, o romance entre Finn e Alfie não é o foco da história. Pode ser que em algum momento da trilogia isso aconteça, mas, no momento, os dois ficaram mais preocupados em salvar Castallan da magia maligna de Nocturna.

Um ponto negativo da história – porque, infelizmente, sempre há um, rs – foi que achei estranho e fiquei incomodada com algumas situações que pareciam ser o fim da linha para os personagens, mas que acabam se resolvendo de forma fácil até demais. Além disso, não curti muitas das decisões tomadas por Alfie e Finn, o que também contou como um ponto negativo.

Percebi algumas leves referências a Harry Potter, ou foi apenas a minha paixão pelo mundo do bruxinho que falou mais alto.

O próximo livro da série se chamará Obscura, e essa é a única informação que ainda tenho, já que não foi lançado lá fora ainda. O jeito é esperar para ver o que vai acontecer. Enquanto isso, o bichinho da curiosidade continuará me corroendo.

Indico para quem curte fantasia, para quem curte trilogias e para quem curte cultura latina. Leiam!

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Série A Forgery of Magic: