À beira da eternidade - Melissa E. Hurst
>> sexta-feira, 23 de agosto de 2019
HURST,
Melissa E. À beira da eternidade. Rio
de Janeiro: Galera Record, 2019. 321p. Título original:
The edge of forever.
(Eu
aqui, contando as horas para o show de Sandy e Junior em BH e tentando escrever
resenha. Vamos lá!) Adoro histórias futuristas, de ficção científica. Então, foi
com grande expectativa que comecei a leitura de À beira da eternidade. Você
achou que era um livro de romance sobre alguém doente que vai morrer e tudo o
mais? Pois é, apesar desse título à lá Sessão da Tarde, a história se passa em
um futuro bem distante e com uma mistura bem interessante de estilos. Vamos
conhecer À beira da eternidade? Vem comigo.
Bridger
é um jovem de 19 anos que vive em 2146. Ele tem o dom de viajar no tempo e visitar
o passado, o que chamam de “Manipulador do tempo”. Ele trabalha fazendo imagens
de acontecimentos históricos importantes, para que as pessoas do futuro tenham
uma melhor experiência e conhecimento sobre o passado, e também fornece essas
imagens para jogos de simulação, para trazer uma maior realidade ao jogo. É um
trabalho difícil e perigoso, já que os fantasmas do passado não podem ter
contato com a equipe de filmagens.
Durante
uma dessas filmagens, o pai de Bridger, que faleceu há pouco tempo, aparece
para ele e pede que faça algo que transgride a regra mais importante da viagem
no tempo: alterar a linha do tempo e impedir que alguém morra. O nome desse
alguém? Alora.
Quem
é essa pessoa e por que o pai, que aparentemente sempre foi tão correto, infligiria
uma regra tão importante para salvá-la? Bridger terá que enfrentar muita coisa
e muitas pessoas importantes e influentes para desvendar esse mistério, além de
tentar entender por que o pai foi morto em uma missão secreta, já que o
Departamento de Assuntos Temporais afirma que ele não recebeu nenhuma missão
para aquele ano.
O
livro é narrado tanto por Alora, que vive em 2013, quanto por Bridger, que vive
em 2146. Logo, por óbvio, o livro se passa em dois tempos diferentes.
Alora
é uma garota legal, mas não tem muita personalidade quando se trata de
enfrentar as pessoas.
Bridger
é um cara legal, que quer resolver o mistério do que aconteceu com o pai e com
a tal garota que ele deveria proteger.
A
tecnologia do futuro é muito interessante e fiquei imaginando como seria se as
pessoas pudessem utilizar essa tecnologia no nosso tempo. Poderia tanto ser
útil quanto causar o caos, assim como acontece no tempo futuro em que se passa
a história. Ver nossa tecnologia, da qual somos tão dependentes para resolver
nossas vidas, ser chamada de ultrapassada é engraçado, mas também quase
ofensivo.
O
problema do livro é que, por ser o primeiro, a história demora um
pouco a se desenvolver, e nas cem páginas finais achei que teria que esperar
para saber o que aconteceria. A verdade é que o livro tem sim um desfecho,
contudo ele começa a se desenrolar de forma mais rápida a partir das páginas
finais. Não diria que o final é corrido, mas acredito que algumas situações poderiam
ter se desenrolado mais cedo na história.
Um
ponto interessante é que no início da história não consegui perceber a
juventude dos personagens. Bridger não age como um jovem. Apenas quando Alora
entra na história é que se tem uma maior noção de que se trata de personagens
juvenis, em idade escolar ainda.
A
trama foi bem bolada, o texto é fluido, e, apesar do que eu disse sobre a
demora dos acontecimentos, isso não quer dizer que o texto seja lento e
arrastado. O final do livro, assim como eu disse na resenha do livro Vilão, encerra
claramente um ciclo, para começar outro no próximo livro. E o que espero é
ainda mais ação e tecnologia nesta serie distópica e de ficção científica que
pode se tornar mais uma de várias inesquecíveis. Leiam!
Duologia À beira da eternidade:
- À beira da eternidade (The edge of forever)
- On through the never (ainda não lançado no Brasil)
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Avaliação
(1 a 5):