Tolos e mortais - Bernard Cornwell
>> quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
CORNWELL,
Bernard. Tolos e mortais. Rio de
Janeiro: Editora Record, 2018. 362. Título original: Fools and mortals.
“Nunca
li nada desse autor”. Foi a primeira coisa que pensei quando recebi o livro de
divulgação da Editora Record. A segunda coisa que pensei é que se a história
era sobre o irmão de William Shakespeare, “interessante” é o mínimo que se pode
dizer sobre a história. Então, pensei em ler logo para saber o que acharia. A
terceira coisa que pensei é que esse autor tem livro pra caramba, se parar para
analisar os títulos que foram colocados na folha de rosto deste livro. Agora
posso dizer se minha curiosidade sobre livros do autor está satisfeita por
enquanto, para sempre, ou se este não serviu como parâmetro.
Richard
Shakespeare é o irmão mais novo de ninguém menos que William Shakespeare. Sim,
aquele famoso que escreveu a história de amor mais famosa e mais trágica de
todos os tempos: Romeu e Julieta. Contudo, Richard não é ninguém, se comparado
ao irmão mais velho. Richard busca um lugar ao sol no mundo do teatro, mas é
tudo muito sofrido e ele precisa se esforçar ao máximo para ser ouvido e ganhar
dinheiro para viver. Ele não aguenta mais fazer papel de mulher nas peças que o
irmão escreve, não aguenta mais ser ridicularizado pelo irmão e não aguenta
mais ganhar pouco e ter que praticar pequenos furtos, às vezes, para ganhar
mais.
Vamos
começar desta vez falando sobre a capa, que eu achei particularmente
interessante com os trechos de escrita e uma imagem de Shakespeare que estamos
acostumados a ver em qualquer livro de pesquisa sobre o autor, e até mesmo na
internet.
A
história é narrada por Richard, e, no início, tive a sensação de que todo
aquele ambiente teatral, as falas, as peças, os bastidores iam me conquistar e
me hipnotizar. Ainda estou esperando.
O
que aconteceu, infelizmente, é que, primeiramente, não conseguia engatar na
história. Achei tudo muito morno e ficava aguardando o ápice ou alguma
discussão que fizesse sentido, principalmente entre os irmãos Shakespeare, mas
não aconteceu. Nesse caso, talvez para mim tivesse funcionado melhor se a história fosse sobre algum autor/escritor/diretor de teatro que não fosse William Shakespeare.
William
foi apresentado pelo autor, em minha opinião, como um cara mesquinho,
debochado, e sua rivalidade com o irmão se mostrou cansativa e repetitiva.
Repetitivas,
também, foram as reclamações e algumas passagens que Richard repetia. Dava
vontade de falar: “Ta bom, já sei”. Assim, quando o final chegou, eu fiquei
mais aliviada de ter terminado do que sentindo algo positivo em relação à
história em si.
Infelizmente,
tive mais expectativas do que resultados. Contudo, a conclusão a que cheguei
foi a de que o livro não serviu como parâmetro para decidir se lerei mais
alguma história do autor ou não, acho que vou ter que ler mais alguma para
tirar a prova. J
Sei
que muitas pessoas vão curtir a história. Vi alguns comentários de pessoas que
gostaram. Infelizmente, faço parte do time que não indicaria. Mas não se
chateiem, a vida literária também tem dessas coisas.
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