As viúvas - Lynda La Plante
>> quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
PLANTE, Lynda La. As viúvas. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2018. 400 p. Título original: Widows.
A
primeira vez que ouvi falar desse livro foi no evento que a Intrínseca
promoveu na Bienal do Livro de São Paulo em 2018. Logo de cara, ainda mais com
a notícia de que o livro seria adaptado para o cinema, eu fiquei louca pra ler.
Finalmente sanada essa curiosidade, conto para vocês minha experiência com As
viúvas.
Harry Rawlins é um conhecido dono de loja de antiguidades, e também um bandido responsável
por vários assaltos jamais solucionados. Isso porque ele sempre planejou tudo
de forma perfeita, de maneira que os assaltos jamais foram ligados a ele.
Juntamente com seus amigos Joe Pirelli e Terry Miller, ele está pronto para
mais um assalto a um carro forte. Com a ajuda de um quarto integrante, eles
organizam tudo, ensaiam até ficar exaustivo e partem para a realização do
grande assalto.
Mas
algo dá errado e, graças a um acidente de percurso, o carro em que os três
estavam explode, matando três dos quatro participantes do assalto.
Para
o policial Resnick, a morte de Harry não significa nada, já que o sonho dele é
resolver os assaltos não solucionados, realizados antes do malsucedido.
Depois
de enterrar e sofrer pela morte do marido, Dolly Rawlins, esposa de Harry,
decide que precisa terminar aquilo que o marido começou e que vai fazer o
impossível para realizar o assalto que deu errado. Para isso, ela convida
Shirley Miller e Linda Pirelli, as viúvas dos outros assaltantes para que,
juntas, realizem a tarefa.
Resistindo,
e muito, inicialmente, sobretudo por acharem que Dolly estaria apenas muito
afetada pela morte do marido, Linda e Shirley decidem participar do assalto.
Além
de ter que lidar com as suspeitas da polícia, com os planos de bandidos rivais de
Harry - os irmãos Fisher-, que tentam a todo custo conseguir os planos de Harry
para tomarem seu lugar, e com as dúvidas e suspeitas das demais viúvas; Dolly
superará o luto e irá muito mais longe do que ela própria jamais ousou imaginar.
O
livro é narrado em terceira pessoa por um narrador desconhecido, ou seja, por
alguém que não é personagem.
Fiquei
envolvida com a história desde o início e ansiosa para que os acontecimentos se
desenrolassem. Não que o livro fosse lento, eu é que estava desesperada mesmo.
Fiquei
apegada a Dolly e a Wolf, o cachorrinho dela, e torci muito por ela. Forte,
apesar do tudo o que estava passando, ela soube controlar a situação e as
demais viúvas como ninguém. Como já sabia que no cinema ela seria interpretada
pela Viola Davis, isso influenciou minha percepção sobre Dolly e não consegui
visualizar a personagem da forma como ela era descrita no livro.
Shirley,
apesar de ser a mais frágil, também ganhou meu coração, apesar de que, por
vezes, tive vontade de dar uns tabefes nela.
Mas
a vontade de bater em alguém ficou por conta de Linda. No início, não conseguia
acreditar como alguém poderia ser tão chata, pedante e egoísta, mas essa pessoa
existe e atende pelo nome de Linda. Que raiva ela me fez, credo! Mas, com o
passar da história, ela foi melhorando. Espero que no filme ela não seja chata assim, porque adoro a Michelle Rodriguez e ela não merece uma personagem assim, hahahah.
Resnick
se mostra irritante às vezes, com todo o bitolamento para resolver os crimes
supostamente cometidos por Harry. Ele levou a coisa tanto para o lado pessoal
que, ainda que o suspeito tenha morrido, ele resolveu que não sossegaria até
resolver os crimes dele.
Harry Rawlins, com todos os seus planejamentos e seu jeito organizado e esperto, foi
peça fundamental na história como um todo, mesmo tendo morrido já no início.
Os
demais personagens secundários, como os capangas de Harry, os irmãos Fisher e
os demais policiais, cada um à sua maneira, são peças também importantes para a
condução da história e se encaixam perfeitamente.
A
capa é um espetáculo à parte, uma verdadeira obra de arte.
A
única coisa negativa que me irritou o dia todo foi que, contrariamente a outros
livros sobre assalto, na tradução deste livro, todas as vezes que a palavra
“assalto” é mencionada, vem acompanhada de “à mão armada”. Achei desnecessário.
Poderia ter ficado apenas com a palavra “assalto”.
Fiquei
muito ansiosa, desesperada, chorei, fiquei irada, comemorei. Meu maior receio
era de que, mais uma vez, o final estragasse tudo.
Mas,
Graças ao Bom Deus, ao final, As viúvas acabou se tornando um dos meus livros
favoritos deste ano.
Fiquei
com uma leve suspeita de que o livro deixou uma brecha para uma continuação. Até o Skoob já está dando a dica, rs. Pode ser uma baita viagem na maionese, mas pode ser que eu esteja certa. O
tempo dirá.
Agora
não vejo a hora de assistir à adaptação para o cinema. Pode ser que eu faça uma
postagem sobre, vamos ver. Para que vocês fiquem com tanta vontade quanto eu, rs, deixo abaixo o trailer!
Indico
para todo mundo, sem restrições! Só leiam!
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