Viagem Cinematográfica: Venom
>> sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Scott Rosenberg, Jeff
Pinkner, Kelly Marcel, Will Beall
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed, Jenny Slate, Reid
Scott, Scott Haze
Gênero: Ação; Aventura; Ficção
Científica
Sinopse: Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista que investiga o misterioso
trabalho de um cientista, suspeito de utilizar cobaias humanas em experimentos
mortais. Quando ele acaba entrando em contato com um simbionte alienígena,
Eddie se torna Venom, uma máquina de matar incontrolável, que nem ele pode
conter.
Venom não é um filme fácil de
se resenhar. De uma forma estranhamente poética, são muitas dicotomias, muitos
lados bons e ruins, muitos opostos que deixam a coisa toda muito confusa. E é
desses opostos que falarei um pouco nesta crítica.
1.
As Atuações: Se por um lado temos
Tom Hardy, um astro em ascensão, ovacionado por ninguém menos que seu grande
amigo Leonardo de Caprio e nome dado como sucesso certo em filmes de ação, por
outro temos um roteiro que o faz suar muito para tirar qualquer complexidade do
personagem e da história. E o problema não foi só com ele: Michelle Williams, talvez
a melhor atriz de sua geração, está completamente desperdiçada e poderia ser
substituída por literalmente qualquer atriz da face da terra (e o que era
aquela peruca, meu Deus). Riz Ahmed, que demostrou imenso talento na televisão,
recebeu um vilão maniqueística, unidimensional e completamente desnecessário. A
única personagem que demonstrou algum tipo de densidade e interesse foi a de
Jenny Slate, mas a interpretação foi fraca e sem emoções.
2.
O Roteiro: Quantas vezes eu olhei
no relógio contando o tempo até que finalmente Venom se revelasse? Mais do que
o necessário, isso eu garanto. Especialmente o início da história é arrastado, a
ritmo de lesma, para o final ganhar velocidade alucinante, o que nos deixa
confusos e, no fim das contas, simplesmente bravos. A edição também falha
bastante: partes que deveriam ser excluídas não o foram, e outras partes mais
vibrantes e legais foram curtas demais ou tiveram sua importância erroneamente
diminuída.
3.
Venom: Alguém mais achou anticlimática a revelação de
Venom, começando com sua aleatória
simbiose ao corpo de Tom Hardy (não me preocupo nem em saber o nome do
personagem, ele é o Tom Hardy e pronto)? Eu achei corrida, pouco explicada
APESAR da quantidade de tempo gasto no roteiro explicando todos os detalhes de
tudo o que estava acontecendo, mas esqueceram do principal: Por que Venom está matando Tom Hardy? E por que
ele mudou de ideia? Toda sua raça invadindo a terra e essa desculpa BÁSICA de
todo filme da Marvel não cola aqui. Além do mais, o lado “Bipolar” do
personagem, que era para ser sombrio e obscuro, ficou simplesmente... patético.
Antes tivessem tomado a direção de Deadpool,
este seria um filme inteiramente diferente.
4.
As Cenas de Ação: Meu Deus, elas não
acabam NUNCA! Olha que eu gosto de uma boa cena de ação, mas tudo tem limite
nessa vida. Primeiro lutam com humanos, depois com drones, depois com
quadriciclos, depois drones novamente, depois motos, depois carros, depois
foguetes, e depois alienígenas... Quase não aguentei e abandonei a sessão.
Faltou equilíbrio, e isto é culpa da sala de edição do filme.
5.
Continuação? Sim, haverá. Espero que
aprendam com os erros, mas uma coisa eu sei: Não serei a primeira a assistir.
Vou esperar as críticas entrarem para então decidir se vale meu ingresso e meu
tempo.
Por que odiamos decepções.
Confira abaixo o Trailer do filme:
Avaliação: 1,0
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