O Buraco da Agulha – Ken Follett

>>  sexta-feira, 26 de outubro de 2018

FOLLETT, Ken. O Buraco da Agulha. Rio de Janeiro: Editora Arqueiro, 2018. 336p. (Título Original: Eye of the Needle).

Sinopse: O ano é 1944. Os Aliados estão se preparando para desembarcar na Normandia e libertar os territórios ocupados por Hitler, na operação que entrou para a história como o Dia D. Para que a missão dê certo, eles precisam convencer os alemães de que a invasão acontecerá em outro lugar. Assim, criam um exército inteiro de mentira, incluindo tanques infláveis, aviões de papelão e bases sem parede. O objetivo é que seja fotografado pelos aviões de reconhecimento germânicos. O sucesso depende de o inimigo não descobrir o estratagema. Só que o melhor agente de Hitler, o Agulha, pode colocar tudo a perder. Caçado pelo serviço secreto britânico, ele deixa um rastro de mortes através da Grã-Bretanha enquanto tenta voltar para casa.

Um livro completo, que tem um pouco de tudo, e que agrada diversos públicos. Essa seria uma explicação simplificada de O Buraco da Agulha, livro hoje já considerado um clássico do gênero thriller de espionagem, e que ganha uma merecidíssima bonita edição. A capa anterior, com a suástica, é bizarra e um tanto quanto assustadora. A nova edição traz o farol da “Ilha da Tormenta”, local que é tanto personagem quanto Faber (o agulha, espião alemão vilão do livro), Lucy e David (a família que teve seus sonhos e expectativas frustrados por um acidente), e tão importante quanto os investigadores do MI5, com destaque especial para Bloggs e Godliman, uma dupla formidável e impossível de não gostar.

Ou seja, desde a análise da capa já temos coisas boas para dizer, e os elogios continuam quando abrimos as páginas e somos imediatamente sugados neste thriller de guerra, mas com toque de romance, policial, história, suspense e muita aventura. Como eu falei, não importa seu estilo, este livro vai ter algo que lhe agrada, e por isso que ele foi o que 40 anos atrás fez de Ken Follett um autor Best Seller.

Começando com minha parte favorita – um pouquinho de História – como já explicado na sinopse, é fato que a 2ª Guerra Mundial teve na invasão à Normandia (o Dia D) o grande fator de mudança na balança que antes pendia para o lado Nazista. É fato também que muito serviço de espionagem e trabalhos até cinematográficos foram realizados para levar os alemães a acreditarem que tal invasão seria em outro lugar, uma estratégia militar arriscada, mas que funcionou. O que Follett faz nesse livro é colocar um espião alemão, Faber – o Agulha, praticamente um power ranger nos anos 1940, treinado na Rússia e de confiança pessoal de Hitler, no centro desta história, como alguém que quer roubar os planos aliados e enviar para a Alemanha a tempo de acabar com toda a operação.

Todo o processo deixa o leitor em agonia, devido à qualidade do suspense e da ação, e são diversos personagens e histórias que conversam e se encontram. Ninguém está longe demais, ninguém está tranquilo demais. Todo mundo tem que prestar atenção e o jogo de gato e rato está sempre na medida certa.

O que me deixou mais feliz foi o fato de não termos apenas militares e pessoas a serviço do governo. A participação dos moradores da pacata, porém revolta Ilha da Tormenta faz do livro diferente, e um tanto quanto inovador para a época de sua publicação. Aqui, a história de sedução e amor que o autor seduziu era algo que sentimos falta sem saber que estávamos sentindo, e completou muito bem o desenvolvimento dos personagens envolvidos.

Não posso falar mais sob o risco de deixar passar alguma informação privilegiada (também conhecida como SPOILER), então fecho a resenha mais uma vez exaltando o excelente trabalho do autor, e indicando esta obra para fãs do gênero.

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Avaliação (1 a 5):


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