Suspeitos - Robert Crais
>> sexta-feira, 7 de setembro de 2018
CRAIS, Robert. Suspeitos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2014. 280p.
Título original: Suspect.
“- Que tipo de trabalho ela fazia?
- Cão com duplo propósito. Patrulha e detecção de explosivos.
Scott não sabia quase nada sobre cães de trabalho militar, exceto que o
treino que eles recebiam era excelente e especializado.
- Uma bomba a pegou?
- Não. Um desses doidos suicidas explodiu perto do tratador dela. Ela
ficou com ele e algum atirador maldito tentou matá-la.
- Sem zoeira.
- Sério. Atirou nela duas vezes foi o que Leland disse. Ela se aninhou
no cara e não queria sair. Tentando protege-lo eu acho. Não deixava nem os outros
fuzileiros chegaram perto.
Scott encarou o pastor alemão, mas Mace e o canil sumiram e ele ouviu os
tiros daquela noite – o rifle automático soltando seu trovão, o coro de pistolas
disparando as rajadas. Então os olhos castanhos dela encontram os dele e ele
voltou ao canil.
Scott mordeu a parte de dentro da boca e pigarreou antes de falar.
- Ela não o abandonou.” p. 51
Esse livro já tem tempo na minha estante, eu sempre
queria ler, mas nunca tinha tempo com tantos outros na fila. Com o Clube das chocólatras ele saiu
finalmente da minha fila de espera. O livro mistura duas coisas que eu amo:
ficção policial e pets. Nunca tinha lido nada do autor, ele tem muitos livros
lançados, mas infelizmente, poucos títulos dele chegaram ao Brasil. Confiram o
que achei de Suspeitos do Robert
Crais.
O policial Scott
James sobreviveu depois de ser seriamente baleado e ver sua parceira, Stephanie, morrer. Ele sofreu para se
recuperar, e mesmo agora, ainda sofre com as dores constantes e os terríveis pesadelos.
Ele se consulta com um terapeuta que acompanha a sua situação e tenta despertar
suas memórias do dia em que tudo aconteceu, até agora sem grande sucesso. Nove
meses e dezesseis dias haviam se passado, e Scott, nunca mais foi o mesmo
depois daquela noite. E o assassinato de sua parceira, nunca foi resolvido.
Todos na polícia queriam que ele se aposentasse, seus
ferimentos causam dores terríveis nas costas. Mas
ele insiste, se recusa a desistir, e depois de muita fisioterapia é aceito na
unidade K-9, o pelotão treinava policiais para trabalhar com cães. Mas ele
ainda estava em treinamento, e tudo dependia do seu sucesso.
Lá ele conhece Maggie,
uma linda pastor alemão. Ela também não está nada bem. Depois de sobreviver a
três temporadas no Iraque e no Afeganistão, farejando explosivos, ela perdeu seu
parceiro e foi seriamente ferida. Ela sofre de um estresse pós-traumático tão
sério quanto Scott.
Juntos eles são melhores, eles se entendem, e se
ajudam. Enquanto treina com Maggie, Scott começa a investigar um caso que a
polícia não conseguiu resolver: encontrar os homens que assassinaram
Stephanie. Ele descobre que nada é como
ele imaginava, mas decide arriscar tudo em busca dos culpados.
~~~~~~~~~~
Eu amo cães e gatos, amo animais em geral. Então é
claro, esse livro me ganhou logo no início e eu adorei a leitura! Maggie
não é só a cachorra do policial, ela é uma das protagonistas do livro. Maggie
tem voz e uma narrativa própria. Embora eu nem sempre concordasse com a forma
como o autor abordava os pensamentos caninos, eu adorei sentir todas as emoções
de Maggie, e seu amor incondicional por seu novo dono.
Muito tendenciosamente, confesso, isso já fez que
eu amasse a leitura logo de cara. Mas não é só isso, a narrativa é gostosa,
ágil, os personagens são ótimos e você logo está torcendo pelos dois e para que
tudo dê certo.
Porém... mesmo eu que amei a história, percebi que
a trama policial não é tão boa. A premissa foi ótima, mas foi mal executava. A
investigação foi truncada em alguns momentos, faltou emoção e alguns pontos de
impacto ao longo do livro. As pistas pulam no colo de Scott, coisas que os
investigadores anteriores não conseguiram desvendar. Essa parte poderia ser
melhor.
Mas Maggie e Scott são o que diferencia esse livro
de outros do mesmo estilo. Os dois são fofos juntos! Os dois estão traumatizados e
é lindo ver como o relacionamento faz bem aos dois. Como eles começam a mudar
aos poucos. Morri de dó de Maggie, foi muito bom tê-la como narradora, mas
alguns pensamentos caninos me pareceram forçados. Isso porque já li outros livros
narrados por cachorros que gostei mais rs.
Eu adorei a história e indico para quem curte
policiais, mas também curte cachorros. Para quem não liga, não acho que esse
livro vai emocionar tanto. Eu chorei em algumas cenas fofas e amei o final.
Leiam! Quem já leu me conte o que achou. Eu tenho
outro livro do autor em casa e estou curiosa para ler, mesmo não tendo
cachorros nele hehe.
Adicione ao seu Skoob!
Avaliação (1 a 5):
Comente, preencha o formulário, e concorra ao Top comentarista de agosto no blog!