A Mulher Entre Nós – Greer Hendricks e Sarah Pekkanen
>> sexta-feira, 18 de maio de 2018
HENDRICKS, Greer; PEKKANEN, Sarah. A Mulher Entre Nós. Rio de Janeiro:
Paralela, 2018. 352 p. (Título Original: The Wife Between Us)
Posso
resumir este livro em uma palavra: Loucos. Quer outra? Psicopatas. Resolução de
tudo? Terapia!
A Mulher Entre Nós nos apresenta um triângulo
amoroso de Vanessa – Richard – Nellie, e é uma história com tanta maldade,
tanta loucura, tanta psicopatia que vou tentar colocar um pouquinho de humor
(se conseguir) nesta resenha para ajudar a diminuir o golpe!
Vanessa
se divorciou de Richard, e ela não levou a situação do melhor modo possível,
digamos com sutis palavras e floreios exagerados. Ela está na pior, afundando em
uma depressão e obcecada em saber como ele está, se ainda pensa nela, se ela
foi apagada do único universo que existe e interessa: aquele que gira em torno
do seu sol, Richard.
O
Rei da Bala Chita, Richard, um cara bonito, rico, legal e bem sucedido, por sua
vez, já partiu para outra e colocou Vanessa no passado, e fez a fila andar com
a bela, inocente e sonhadora Nellie, com quem vai se casar. Aparentemente,
neste momento da história, ele não considerava a experiência de ser casado com
Vanessa ruim o bastante para estragar toda a Instituição e a lógica da coisa.
Vanessa poderia ter visto por esse lado positivo...
O
problema é que quando Vanessa descobre deste fato, a bicha pira, baixa umas 7
entidades nela, 4 fogem por que acham que ela é doida demais, e umas 3 entram
mais, e ela fica com um objetivo e um alvo apenas: assaltar a casa da moeda da Espanha!
Não,
espera! Isso é La Casa de Papel,
série muito boa que vocês devem assistir.
O
que a Vanessa pombagira e foca o mal é em atrapalhar o casamento do ex com a
Nellie, e quando alguém louco foca em algo com tanta fome assim, coisa boa não
sai...
Acontece
que essa Nellie é meio duas caras. Parece ser a perfeitinha, mas ela guarda um
segredo com muita dor e muito medo, e tem em Richard sua passagem para um mundo
melhor, sem esses fantasmas do passado.
A
história é contada variando a narração entre Nellie e Vanessa, que são
realmente bastante semelhantes. Sim, chamei elas de loucas, mas a própria vida
delas (e escolha amorosa) mostra isso.
Acontece
que temos um perseguidor. Fotos somem, itens pessoais desaparecem, e não
sabemos quem nem por que. Não sabemos quem está contando a verdade, quem está
mentindo, que história é a real.
Da
história, apenas posso falar isso, mais seria entregar spoilers, e esse é o tipo
de livro que não vale a pena ler se você
souber o que acontece. Então paro de contar o enredo por aqui e passo a dar
a minha opinião sobre a escrita e a minha tão temida avaliação final.
Eu
não achei esse livro bem escrito, culpa que dirijo ao fato de o ser por 2
autores. Sim, tenho preconceito quando uma obra literária é dividida: um tem
que ponderar com o outro, e o processo criativo acaba oprimido, e não
complementado.
As
autoras tentam trazer elementos de outros livros do gênero que deram certo,
como Garota Exemplar e A Garota no Trem, a exemplo de colocar em xeque a
veracidade e confiabilidade dos narradores, e as características inicialmente
apresentadas dos personagens principais. Porém, aqui elas fazem em um grau
decididamente abaixo, e as “surpresas” desvendadas do livro parecem muito mais
forçadas do que naturalmente desenroladas e perfeitamente encaixadas.
O
livro tem aspectos positivos: a leitura flui bem e é rápida, mas quem é fã
desse tipo de literatura que vou chamar de “deceptiva” ou “enganadora” ou do “narrador
pegadinha”, saberá que tem exemplares melhores.
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Avaliação (1 a 5):