Viagem cinematográfica: Com amor, Simon

>>  quarta-feira, 4 de abril de 2018



Com amor, Simon (Love, Simon, 2018)
Tempo de duração: 1h49min
Direção: Greg Berlanti
Roteiro: Elizabeth Berger e Isaac Aptaker.
Elenco: Nick Robinson, Katherine Langford, Jennifer Garner, Josh Duhamel, Alexandra Shipp, Logan Miller, Keiynan Lonsdale.

Não. Você não se confundiu! Hoje deixei as resenhas de lado para cumprir a maravilhosa missão de falar sobre o filme Com amor, Simon, adaptação do livro da autora Becky Albertalli - Simon vs. a agenda homo sapiens, que foi o segundo livro sobre homossexualidade que li. Antes dele, tinha lido Will e Will, do David Levithan e do John Green. Agora em 2018, o livro foi adaptado para o cinema pela Fox Films do Brasil, com um nome totalmente diferente. Quando fiquei sabendo da adaptação fiquei muito empolgada, porque gostei tanto do livro que queria ver como seria sua “versão” cinematográfica. E o que eu achei do filme conto pra vocês logo aqui embaixo.

Simon Spier é um garoto normal. Ele tem amigos ótimos, sendo que conhece dois deles desde a infância: Leah e Nick. Há um ano, Abby se uniu ao grupo. O maior segredo que ele tem, contudo, ninguém sabe: ele é gay. Seu maior receio é o de que alguém descubra isso. Ele teme a reação das pessoas.

Um belo dia, alguém com codinome “Blue” faz uma postagem assumindo sua homossexualidade no blog de fofoca do colégio. Simon se identifica com ele e então eles passam a se comunicar por e-mail.

Tudo ia muito bem até um dia em que Simon deixou sua caixa de e-mail aberta no computador da biblioteca, e Martin, um garoto babaca do colégio, encontra suas conversas com Blue e ameaça postar tudo no blog de fofoca, caso Simon não o ajude a ficar com Abby. Simon, então, decide ajudá-lo, ainda que isso pudesse colocar em risco sua amizade com seus amigos mais fiéis. E o pior: o que garante que Martin manterá sua palavra? E, afinal de contas, quem é Blue?

Simon vs. a agenda homo sapiens foi um dos melhores livros que li em 2017 e é um livro que vou levar pra vida. Logo, a notícia de que seria adaptado além da empolgação já mencionada, ao mesmo tempo, fiquei com medo.  Sempre fico assim quando um livro de que gosto muito vai ser adaptado, seja para o cinema, seja para a TV.

Gosto de Nick Robinson desde a sua atuação como Ben Parish em A 5ª onda. Logo em seguida o vi em Tudo e todas as coisas, coincidentemente na mesma época em que estava lendo a história de Simon, então pensei que ele seria perfeito para o papel de Simon, ainda que não fosse um ator gay.

Mal sabia eu que acertaria em cheio e que o ator fosse ser escolhido para o papel (iupii!!).

E, mais uma vez, sua atuação me encantou. Acho que quem leu o livro encontrará diferenças entre o personagem no livro e no filme, mas acredito que tenham sido mudanças necessárias. Estou tendo dificuldades para decidir de qual dos dois gostei mais. Para me eximir da escolha, acho que fico com os dois, cada um em sua categoria, já que acho que todos precisam tanto ler quanto assistir.

Há muito não assistia nada com a Jennifer Garner e adorei vê-la no papel de mãe do Simon. Josh Duhamel arrasou como pai! Muito tocante a cena em que ele cria coragem e conversa com o filho.

Acho que só tive problemas com Katherine Langford. Ainda não consegui  superar Hanna Baker, de Os 13 porquês.

Alexandra Shipp como Abby Susso e Logan Miller como Martin tiveram atuações irretocáveis. Martin ficou mesmo o babaca que deveria ser, de modo que se divertir ficou, contraditoriamente, inevitável.
A trilha sonora é igualmente inesquecível. É daquelas que você coloca pra ouvir e não para mais!

O filme é emocionante, engraçado, fofo, cativante e levemente diferente do livro. As diferenças, a meu ver, foram necessárias, tanto por determinadas partes do livro não caberem no cinema, o que é comum de acontecer, como também pelo fato de ter abordado assuntos além dos que são abordados no livro, como a existência do Ethan, o transexual, que não existe no livro.

Além disso, esse é um filme necessário. Ele traz uma importante mensagem acerca da homossexualidade e do preconceito (tanto em relação a gênero quanto em relação à raça) e a transmite de uma forma leve, que precisa chegar aos quatro cantos do planeta. Nos leva a questionar a razão de só os homossexuais terem que “sair do armário", o quanto é importante o apoio da família e dos amigos, que ninguém precisa estar seguro o tempo todo sobre o que se quer.

Assim, indico o filme, que já está em exibição em alguns cinemas como sessão de pré-estreia; a partir do dia 05 de abril, estará nos cinemas de todo o país. Indico para quem curte filmes leves, para quem curte ótimas histórias de amor e uma boa comédia romântica adolescente.

Indico o livro também! A escrita da Becky Albertalli é muito fluida, contagiante, dá pra ler com um fôlego só!


Confiram o trailer!

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Avaliação do filme (1 a 5):




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