Sex, Not Love – Vi Keeland
>> sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
Sinopse
(Traduzida do Inglês pela Equipe Viagem Literária): Meu relacionamento com Hunter Delucia começou de trás para frente. Nos
conhecemos num casamento – ele do lado do noivo e eu do lado da noiva. Roubando
olhares pela noite, não tinha como negar uma atração intensa e mútua. Eu peguei
o buquê; ele pegou a liga*. Hunter me abraçou forte enquanto dançávamos e
sugeriu que explorássemos a química que existia entre nós. Sua boca suja e
franca deveria ter me desanimado. Mas, por alguma razão maluca, teve o efeito
contrário. Nós acabamos no meu quarto de hotel. Na manhã seguinte, eu voltei
para casa, em Nova York, o deixando para trás na Califórnia com um número de
telefone errado. Eu pensei nele com frequência, mas após meu último
relacionamento, eu jurei me afastar de homens charmosos, arrogantes,
maravilhosos como o pecado. Um ano depois, Hunter e eu nos encontramos
novamente no nascimento do bebê dos nossos amigos. Nossa atração não diminuiu
nem um pouco. Após uma viagem turbulenta, ele exigiu um telefone verdadeiro
dessa vez. Então eu o deixei com o número da minha mãe – ela pode espantar
qualquer homem com seu papo de bebês e casamento – e voei de volta para casa.
Eu pensei que tinha sido engraçado, até a semana seguinte quando ele tocou a
campainha na casa da minha mãe para o jantar de domingo à noite. Este homem
louco e maravilhoso conquistou a minha mãe e aceitou um trabalho de oito
semanas na minha cidade. Ele propôs que passássemos esse tempo transando igual
loucos. Oito semanas de sexo alucinante sem compromisso? O que eu tinha a
perder?
Nada, eu
pensei.
É apenas
sexo, não amor.
Mas você
sabe o que dizem sobre os melhores planos...
*uma das
tradições de casamentos nos EUA, o noivo joga uma liga para os homens
solteiros, uma versão do buquê.
Este é o primeiro livro de Vi Keeland que li, e foi uma sugestão do logaritmo de inteligência
artificial da Amazon, baseado nas
minhas recentes buscas por títulos no Kindle.
Sim, estava em busca de uma obra New
Adult, um romance bem fácil e rápido de ler, preferencialmente com
protagonistas dignos do Top Piriguetagem e sem mulheres submissas que quase são
machistas de fachada. Difícil, ein?
Claro que primeiro consultei a maior especialista
de livros NA do Brasil, a mais nova mãe de dois Luciana Mara. Ela ainda não
conhecia a autora, mas avaliamos a sinopse e decidimos que valia a pena o
risco. Na pior das hipóteses, perderia apenas um dia da minha vida, dia que
provavelmente seria gasto assistindo Friends
pela 2ª vez só em 2018 (e sim, tenho a plena consciência de que ainda estamos
em Janeiro e que eu já fiz uma maratona da série neste ano. Faço umas 4 por
ano, não me julguem, e sim me copiem!).
A leitura realmente durou apenas um dia, pois esse
livro é um dos mais viciantes que já vi. Lia até na hora do almoço, e queria a
resolução do confuso romance o mais rápido possível. O principal motivo para
isso foi a química entre os personagens, que era bem forte e convincente,
apesar do início do relacionamento dos dois ser bem fraco e um pouco forçado.
A premissa de “apenas sexo” aparece em diversos
desses romances que lemos cheio de culpa mas com muito gás, e é ela que dá o
tom deste livro. Os dois só querem se divertir: a mulher porque tem uma
enteada para cuidar e um relacionamento complicado com o ex marido, e o cara
por um motivo muito besta, mas que poderia ser resumido como “homens arrumam
motivos idiotas para não se comprometer”. O final todo mundo já sabe, mas mesmo
assim a gente lê angustiada e sofrendo. Acho que isso foi uma coisa boa.
Essa é a parte boa do livro. Analisando mais friamente,
a linguagem é muito simples, a história tem falhas infantis e não foi muito bem
elaborada, e poderia ser melhor. Ao terminar, a sensação que tive é que foi um trabalho
bom da autora, mas que é nesses momentos que vemos a diferença entre um “bom”
autor e um ótimo autor.
Vamos parar para pensar: A Sophie Kinsella é uma
das melhores autoras chick lit, seus livros são leves, ótimos e todos adoram. Mas
já pegaram a história nua e crua? É simples! Requer talento e habilidade para
fazer de uma premissa uma história. Se esse livro fosse melhor trabalhado,
talvez nos agentes, na editora, ou pela própria autora, ele poderia ser muito
bom. Teria cerca de 500 páginas, mas ainda leríamos em um dia, e não
esqueceríamos de tudo uma semana depois (o que provavelmente vai acontecer
comigo).
Em suma, um livro para passar o tempo, bem longe
de genial, mas que, quem sabe, tem potencial.
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