Confesse - Colleen Hoover
>> terça-feira, 26 de setembro de 2017
HOOVER, Colleen. Confesse. Rio de Janeiro: Editora Galera Record, 2017. 320p. Título original: Confess.
“Ergo o punho cerrado até o coração, pois estou sentindo exatamente o que ele falou que sente quando fica com saudade de alguém. E não entendo, porque só faz algumas semanas que o conheci.
Há pessoas que você encontra, e, depois, passa a conhecer melhor. e há pessoas que você encontra e já conhece bem.” p.184
E Colleen Hoover não tem brincado em serviço, com isso, temos mais lançamentos dela por aqui, o que acho ótimo. Depois do músico de Talvez um dia, do poeta de Métrica e do escritor de Novembro, 9, ela continua no mundo das artes com um protagonistas pintor. E ,claro, as moças piram. Confiram o que achei de Confesse.
Auburn Reed sofreu uma grande tragédia ainda muito nova quando perdeu seu primeiro amor para o câncer, ambos tinham apenas 15 anos. Cinco anos se passaram, mas tudo aquilo ainda está muito presente em sua vida. Ela se mudou para Dallas, mesmo odiando o calor, arrumou um emprego como cabeleireira, mesmo não gostando da profissão. E precisa desesperadamente de descolar um segundo emprego, só assim poderá conseguir a grana para pagar um bom advogado. Todo os seus esforços têm apenas um objetivo…
Quando conhece Owen Gentry em sua galeria de arte, acredita que vai apenas ganhar uma grana extra, ajudando-o na venda dos quadros da sua exposição. Porém seu trabalho é único, e a atração entre os dois, imediata. Ela deixa o coração falar mais alto, e acaba se envolvendo com Owen. Ele conhece Auburn do passado, embora ela não se lembre dele. Owen fica encantado, e tudo o que quer, é merecer sua atenção e conquistar o coração de Auburn.
Porém, algo que aconteceu no passado pode prejudicar qualquer envolvimento entre os dois. Para não correr risco de nada dar errado, ela precisa mantê-lo afastado. E Owen precisa ter coragem de lhe dizer a verdade.
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Eu sou muito fã do trabalho da autora, adoro suas tramas envolventes, o dramalhão todo e normalmente amo os casais e sofro com os desdobramentos. Porém, esse não entrou na minha lista de queridinhos. Pode ser pela expectativa sempre alta com seus livros, mas eu “confesso” que esperava mais…
Começa muito bem! Eu já estava chorando no primeiro capítulo. Fiquei de coração partido com a situação da Auburn e do Adam, na época ela morava em Portland com a família, e ele tinha voltado para o Texas para fazer o tratamento, onde a família dele toda vivia. E depois já mostra cinco anos depois, com ela morando no Texas. Auburn é daquelas personagens que logo conquista o leitor, eu já estava torcendo por ela desde o primeiro capítulo. Aí ficamos conhecendo Owen, lindo, sedutor. Até aí, excelente.
Os livros da autora sempre tem uma boa dose de drama e uma pitada de suspense. No quesito suspense, temos duas coisas que demoram a ser explicadas: O porquê de Auburn está morando lá e porque ela precisa tanto andar na linha; E o passado de Owen. Porém as duas coisas são facilmente dedutíveis, o que tirou um pouco da graça para mim. O segundo aspecto que não me ganhou foi o romance. Eu entendo a atração instantânea, mas aquela obsessão toda depois de conhecer a pessoa a poucas horas, não me desce. Esse amor miojo normalmente me irrita. Então não consegui torcer pelo casal como sempre faço nos livros dela, embora tenha gostado muito dos dois individualmente. Owen tem um lado artístico muito forte, e adorei tudo ligado ao seu trabalho.
Outra coisa que percebi, é que o livro foi todo muito raso, o que não é comum para a autora. Os personagens coadjuvantes não são desenvolvidos, é tudo muito focado só no casal e senti que ela escreveu correndo (será?). A colega de apartamento de Auburn mal aparece, uma criança que é importante também tem zero personalidade. Auburn deixou os pais e irmãos para trás em Portland, em nenhum momento ela fala deles ou liga para os pais. Tudo muito estranho! É aquele negócio, a mocinha é perfeita, o mocinho é uma delícia, dois personagens são do mal, e é isso.
Outra coisa que percebi, é que o livro foi todo muito raso, o que não é comum para a autora. Os personagens coadjuvantes não são desenvolvidos, é tudo muito focado só no casal e senti que ela escreveu correndo (será?). A colega de apartamento de Auburn mal aparece, uma criança que é importante também tem zero personalidade. Auburn deixou os pais e irmãos para trás em Portland, em nenhum momento ela fala deles ou liga para os pais. Tudo muito estranho! É aquele negócio, a mocinha é perfeita, o mocinho é uma delícia, dois personagens são do mal, e é isso.
Falando nisso, ele pinta quadros inspirados em recados anônimos deixados para ele, uma espécie de confissão. Frases fortes como “As vezes me pergunto se estar morta seria mais fácil que ser sua mãe” inspiram um quadro. E seu trabalho faz sucesso e os quadro são todos muito interessantes (podemos conferir vários deles no final do livro, pena que não intercalaram no meio do livro). Isso por si só é muito interessante, mas o mais legal é o fato das Confissões serem inspiradas em um projeto real! Bom eu imagino que foi inspirado… mas a autora não fala sobre isso nos agradecimentos rs. O mais legal é que existe um projeto nos EUA que se chama Post Secret. Nesse projeto as pessoas enviam cartões postais anônimos com confissões, e todo domingo aparecem novos no site. Tem de tudo quanto é segredo no site, confiram depois, muito interessante.
Confesse não entrou para minha lista de favoritos da autora, mas seus livros sempre valem a pena. Quem leu me conte o que achou, leiam!
Avaliação (1 a 5): 3.5