A distância que nos separa - Kasie West
>> quarta-feira, 23 de agosto de 2017
WEST, Kasie. A distância que nos separa. São Paulo:
Editora Verus, 2017. 240p. Título original: The Distance Between Us.
Só eu tenho um fetiche por
capas fofas com pés? Não posso ver uma que quero logo ter/ler. Devo
confessar que algumas vezes (tipo essa) terminei a leitura um pouco frustrada,
mas no geral, dá certo.
Então, aí vai a história de A
distância que nos separa, da autora da série Encruzilhada e Namorado de Aluguel
já resenhados aqui pela Nanda.
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Caymen Meyers tem 17 anos e é
uma adolescente comum, exceto por trabalhar para a mãe em uma loja de bonecas
de porcelana que não dá lucro nenhum. Dona de uma língua ácida, a garota tem
sempre pronta uma resposta sarcástica. E foi justamente essa sua característica
que chamou a atenção de Xander Spence, um desses riquinhos-da-cidade que Caymen
despreza. O rapaz foi até a loja buscar uma das bonecas encomendadas por sua vó
e, mesmo a contragosto, chama atenção da garota.
O pai de Caymen abandonou sua
mãe assim que descobriu que ela estava grávida. Ele era um desses riquinhos,
que só queria aproveitar a vida e fugir das responsabilidades. Então, desde
sempre, Caymen aprendeu que os riquinhos não prestam.
E nesse meio tempo ela conhece
Mason. O vocalista da banda de rock do namorado de sua melhor amiga, um rapaz
cheio de tatuagens e piercings, que parece interessado nela. Estar com Mason
seria muito mais fácil, pois ele pertence ao seu mundo.
Mas como fugir de Xander, que
parece entendê-la tão bem? O dinheiro pode mesmo estragar tudo?
Fora isso, como lidar com a mãe
que está estranha, escondendo algum segredo e praticamente falida? Como ter
coragem de “abandoná-la” para ter outra carreira que não a de vendedora na loja
de bonecas?
Essas são algumas das perguntas para as quais Caymen busca resposta.
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Assim como a capa, o adjetivo “fofo”
é o que mais se encaixa nesta história. Esse é mais um daqueles livros que
dariam um leve filme de Sessão da Tarde. É uma boa indicação para uma
tarde chuvosa de um feriado.
Estou passando por um daqueles
períodos de ressaca literária e por isso demorei tanto para ler o livro (já tem
uns bons meses que ele foi lançado). Mas o problema foi comigo mesmo, não com a
história, já que assim que peguei firme, ela deslanchou.
O maior ponto positivo na
história para mim é a protagonista. Ela foi bem construída e tem um sarcasmo
que eu, particularmente, adoro. Esta é sua características mais marcante, mais ainda que seus
lindos olhos verdes. Personagens principais com personalidade forte são sempre os meus preferidos.
O romance também foi bem construído. Foi criado aos poucos, não foi amor miojo. #Graças!
Em certo ponto, achei que o
foco da história seria o triângulo amoroso, mas não foi, o que pode agradar
bastante aqueles que não curtem muito isso nos livros. Ao contrário da maioria,
sou livre de preconceitos e, desde que o triângulo encaixe na história, ele é
sempre bem-vindo. Mason é um fofo, mas Xander é um caso à parte.
O foco principal da história é descobrir como fazer suas próprias escolhas, deixando de lado os preconceitos e planos de outras pessoas. É bonito ver esse amadurecimento.
Os coadjuvantes também têm seu
charme, já que não é todo mundo que tem uma melhor amiga cujo pai trabalha em
um cemitério, rs.
Masss... nem tudo são flores,
não é? Porque assim como a Caymen, eu tenho os dedos afiados e se tem algo que
me incomoda, não deixo passar mesmo e preciso repartir com os futuros leitores
desta história. Acho que a autora poderia ter trabalhado melhor em alguns
desfechos e mistérios, ter elaborado melhor as respostas de algumas perguntas.
Fora isso, um item ficou em aberto e eu não curto quando isso acontece. Eu
preciso de um “FIM.”, sabe? Com ponto final e tudo.
Mas se recomendo? Claro! Se o que você busca for uma história rápida, leve e fofinha.
Adicione ao seu Skoob.
Avaliação (1 a 5): 3,5
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