A soma de todos os beijos - Julia Quinn

>>  terça-feira, 11 de julho de 2017

QUINN, Julia. A soma de todos os beijos. São Paulo: Editora Arqueiro, 2017. 272p. (Quarteto Smythe-Smith, v.3). Título original: The sum of all kisses.

“- Eu o acho lindo - sussurrou ela. - E acho… - O coração de Sarah bateu mais rápido e ela mordeu o lábio inferior. - … espero que minha opinião seja a única que importe.
Ele se inclinou e tocou de leve nos lábios de Sarah. Beijou-lhe o nariz, a testa e, depois de um longo momento focando os olhos dela, beijou-a de novo, dessa vez sem se conter.” p.182

O terceiro volume do quarteto Smythe-Smith foi o meu romance de época do mês. Eu acho a série bem fofinha e divertida, e esse volume parecia ser interessante, pela história do protagonista e sua importância no livro anterior. Hoje vou falar sobre A soma de todos os beijos da Julia Quinn.

No segundo volume, Uma noite como esta, ficamos conhecendo Daniel Smythe-Smith, que acaba de voltar ao país depois de três anos de exílio. E esse grande infortúnio foi causado por muita bebedeira, péssimas escolhas e a revolta de um pai. Que jurou que iria matar Daniel por deixar seu filho aleijado. Ao contrário do pai, Hugh Prentice sempre se culpou por tudo o que aconteceu. E não culpava Daniel pelos seus erros. Tanto que conseguiu, através de um acordo infeliz, fazer com o que o pai voltasse atrás na promessa e Daniel pudesse retornar. Ele é o protagonista de nossa históira.

Hugh Prentice teve sua perna (e sua vida) arruinadas por causa do duelo com seu amigo, Daniel Smythe-Smith. Depois disso, seu relacionamento com o pai, que nunca fora fácil, ficou impossível. Hugh demorou três anos para convencer o pai de deixar a vingança de lado, foi amaldiçoado por toda uma família, que o odiava por Daniel ter ido embora, já que os dois foram igualmente culpados da confusão em que se meteram. Lorde Ramsgate, pai de Hugh, é capaz de tudo para manter o título em sua própria família. E agora com um filho aleijado, e outro que prefere homens, teme que sua linhagem ficará perdida. Um velho louco e solitário, capaz de tudo para conseguir o que quer.

Sarah Pleinsworth odiava Hugh com todas as suas forças. A prima mais velha de Daniel, culpa Hugh por tudo de ruim que sua família passou. Sua pobre tia e sua prima, sofrendo a distância, Daniel exilado e correndo risco de vida. E, claro, ela perdera sua primeira temporada em Londres por culpa de tudo isso, e três anos depois, continua solteira e sem esperanças de conseguir um noivo. Tudo culpa de Hugh…

Claro que um encontro entre eles começa de forma desastrosa, cheia de farpas trocadas e muita confusão. E vai ser uma longa convivência, afinal eles estão no mesmo local para o casamento de sua prima, Honória, que pede Hugh para ser seu padrinho e Sarah para lhe fazer companhia. Depois disso, todos seguem em caravana para outra cidade, onde acontecerá o casamento de Daniel. Tudo o que eles esperavam era tentar não se matar durante esse tempo, mas ao invés disso, começam a se apaixonar.

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Foi o que mais gostei da série até agora! E tudo porque Hugh é um amor de pessoa, triste ver como ele era tratado e como se sentia, desde o acidente se autodenominava “aleijado”. Seu problema era uma perna ruim, com muitas dores e que não lhe permitia mais fazer tudo o que queria; mas para ele, e para a maioria da aristocracia, isso lhe tornava um homem inferior. É lindo ver as coisas mudando para ele, e como Sarah tem um papel importante nisso. A história tem partes muito divertidas, outras fofas e algumas muito lindas!

Em romances de época, além da ambientação, os protagonistas mudam tudo... Normalmente eles não têm muita história fora da vida do casal e os coadjuvantes não se destacam, ou seja, se os protagonistas não funcionam, se o casal não tem química, já era. E aqui eu simplesmente amei Hugh, se fosse só ele com os coadjuvantes, minha nota era 5. Mas ai tem a Sarah... eu gostei deles como um casal, gosto da forma como ela mudou, da história em si, mas ela é um porre no início! Chata, egoísta, sem noção. Queria que ela ficasse solteirona e infeliz para sempre hehe. No início do livro isso me irritou, mas logo em seguida adorei as irmãs dela, e acabei começando a gostar da Sarah no decorrer da história.

Achei o enredo bem leve e bonitinho. Foi legal todo mundo reunido para os casamentos, as confusões do casal e a irmã mais nova de Sarah, a Franny, se metendo em tudo. Foi ótimo! O acidente da Sarah também muda tudo, foi uma adição interessante à história. Só achei o final lá da pousada bem exagerado. E achei, COMO SEMPRE, que falto algo a mais no final, faltou na verdade “mais final”. Eu sempre reclamo disso nos livros da Julia rs, ela tenta corrigir com o epílogo, mas só funciona em parte.

Pena que os meus queridinhos, Os Bridgertons, não tenham uma participação maior nessa série. Para quem curte romance de época, Julia Quinn é sempre uma ótima pedida. Leiam!

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Quarteto Smythe-Smith da Julia Quinn
  1. Simplesmente o paraíso (Just like heaven) – Honoria e Marcus
  2. Uma noite como esta (A night like this) - Daniel
  3. A soma de todos os beijos (The sum of all kisses)
  4. Os mistérios de Sir Richard (The secrets of Sir Richard Kenworthy).

Avaliação (1 a 5):

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