Terceira Voz – Cilla Börjlind e Rolf Börjlind
>> quarta-feira, 26 de abril de 2017
BöRJLIND,
Cilla. BöRJLIND, Rolf. Terceira Voz.
Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2017. 464p. (Rönning & Stilton, v.2). Título original: Third Voice.
Sinopse: Um funcionário da alfândega em
Estocolmo é encontrado enforcado na sala de sua casa; uma ex-artista de circo
cega, que fazia filmes pornô para sobreviver, é brutalmente assassinada em
Marselha, na França. Duas mortes aparentemente desconexas unem os ex-policiais
Olivia Rönning e Tom Stilton novamente em Terceira voz, segundo romance da
dupla sueca Cilla e Rolf Björlind. Depois de Maré viva, em que apresentam os
dois protagonistas numa trama repleta de violência e mistério, o casal de
escritores e roteiristas põe os carismáticos Tom e Olivia novamente no centro
de uma investigação de desdobramentos surpreendentes que faz jus ao sucesso e
popularidade alcançados pela dupla no prestigiado segmento da literatura
policial escandinava.
Olivia
Rönning (agora Rivera) está de volta! E está de volta a Suécia, após um período
se descobrindo dos trópicos. Ela passeou pelo México e Costa Rica, mas devia
ter vindo ao Brasil, virado minha amiga e me levado para a Suécia para conhecer
meu futuro marido. Infelizmente isso não aconteceu, mas felizmente tenho um
ótimo livro em mãos para me consolar!
Terceira Voz repete o que deu certo no primeiro livro, Maré Viva: Os personagens estão
de volta (com Stilton menos chato, o que é um bônus), e o mesmo estilo de
narrativa que me conquistou no volume anterior. Duas – ou três – histórias
completamente desconexas que se entrelaçam e no final (em doses homeopáticas,
com tempo bastante para explicar e digerir tudo, não aquela conclusão a la
Sherlock ou Poirot, na última página). Porém, desta vez, o livro não terminou
fechadinho, e me deixou completamente sedenta para as próximas aventuras da
protagonista confusa, ainda em fase de definição de sua identidade, continuar.
Desta vez
não tive tantos problemas com as narrativas do livro, apesar de detestar
passagens em que o morto é o narrador. Para mim, morreu acabou: nada de contar
uma história do além! Enfim, esse foi um ponto que me incomodou muito no
primeiro livro, mas que realmente não dei muita importância agora. Também parei
de comparar com a série Millenium, e foi melhor: o livro se desenvolveu melhor,
e eu me via ansiosa para continuar a leitura, saber o desenvolvimento do caso,
e como as situações iam encaixar.
Os
personagens agora ganham mais personalidade e, assim, mais carisma. Olivia
“Rivera” está derretendo o gelo que mora em seu coração e se abrindo mais para
a vida, seus relacionamentos com novos amigos, amigos antigos, e até mesmo
casos amorosos (sou shipper Olivia e Ove. #Ovilia). Stilton não é mais um sem
teto sem noção, está refazendo a vida e entendemos um pouco dos por quês. Mette
está de volta, mais poderosa do que nunca. Abbas é um personagem discreto e
carismático. Rune Foss definitivamente é o vilão nojento da série e, apesar de
odiar maniqueísmos, gosto de amar odiar alguém, entende?
Ou seja,
melhorou bastante desse lado!
Por outro, a
narrativa piorou um pouco: na verdade o desenvolvimento da história é ainda
melhor, o ritmo mais empolgante e a leitura mais fácil. Porém, o final ficou
corrido. Tinha gostado tanto das doses homeopáticas do primeiro livro, que esse
me deixou decepcionada. A nota seria 4, mas devido ao revés nos acréscimos do
segundo tempo, tive que tirar um ponto.
Recomendo a
todos fãs de literatura policial. É uma série exemplar, que espero de todo
coração que continue a ser lançada. Eu acompanharei!
Adicione ao
seu Skoob!
Série Rönning & Stilton:
- Maré viva (Spring tide).
- Terceira voz (Third voice)
- Svart gryning (Os demais ainda não lançados no Brasil)
- Sob du lilla videung.
Avaliação (1
a 5):
Comente, preencha o formulário, e concorra ao Kit Top Comentarista de
abril!
Por Alice Bertucci