A guardiã de histórias - Victoria Schwab

>>  segunda-feira, 20 de junho de 2016

SCHWAB, Victoria. A guardiã de histórias. Rio de Janeiro: Editora Bertrand, 2016. 320p. (The Archived, 1). Título original: The Archived.

“O Arquivo é tudo o que você me disse que seria: uma colcha de retalhos... madeira, pedra e vidro colorido... por tudo em volta, uma sensação de paz...
Mas você não me falou uma coisa.
Que ele é lindo.
Tão lindo que, por um momento, esqueço que as paredes estão cobertas de corpos. Que as estantes e os armários que compõem as paredes, embora adoráveis, guardam Histórias.” 
p. 48

Fiquei na dúvida se queria ou não ler esse livro quando vi o lançamento, não estou numa vibe muito fantasia e tenho preferido literatura adulta, minhas fases literárias mudam muito rs. Mas era sobre um arquivo, com bibliotecários! Obviamente eu não resisti, e gente, olhem a frase de capa: “Imagine um lugar onde, como livros, os mortos repousam em prateleiras...”! Hoje vou falar de A guardiã de histórias da Victoria Schawab.

Mackenzie Bishop, 16 anos, se tornou uma Guardiã com apenas 12 anos, treinada pelo avô, que sabendo que não lhe restava muito tempo de vida, passou todos os ensinamentos e sua chave para a neta. Apesar de algumas reclamações dos Bibliotecários, ela foi aceita. E desde então, levava uma vida dupla. Em casa com os pais e o irmão mais novo, e nos Estreitos, ou no Arquivo.

A maioria das pessoas não sabe, mas quando uma pessoa morre, seu corpo é preservado no Arquivo, são chamados de Histórias. Lá fica toda a memória da pessoa, que pode ser acessada por aqueles com conhecimento para tal. Porém, algumas Histórias se agitavam e despertavam, vagando entre o Arquivo e o mundo real, naquilo que era conhecido como Estreitos. Longos corredores, infinitas portas, algumas para retornar ao sono eterno, outras para o mundo real. Ela era uma Guardiã, sua função era encontrar as Histórias perdidas ou rebeldes, e coloca-las de volta no esquecimento. Recebeu treinamento, tinha uma chave para andar entre os reinos, e vivia ausente e cheia de machucados, constante preocupação para os pais.

Quando Mac perde seu irmão mais novo, Ben, passa a enxergar as Histórias de forma diferente, afinal, Ben agora era uma delas. Sofrendo muito, oprimida pela forma como os pais estão lidando com o luto, ela passa muito tempo no Arquivo. Até que alguém começa a alterar Histórias e apagar memórias importantes. O Arquivo está sendo atacado, e Mac, está bem no olho do furação.

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Ficou bem aquém do esperado. Mas acho que não era o momento de eu ler esse livro, primeiro que ando com preguiça de fantasia YA, segundo porque o livro fala muito sobre morte e sobre luto, não estava em um momento bom para o tema. Não sei se foi isso, ou se a narrativa é mais fraca mesmo rs.

Começando do início. Achei muito lento, as coisas demoram a acontecer e a narrativa é truncada, indo e voltando com acontecimentos confusos narrados em primeira pessoa por Mac. No começo a protagonista não me fisgou, então demorei muito a me envolver. No início são mais as lembranças dela, explicando sobre o Arquivo, sobre a morte do irmão, o treinamento com o avô e tal. Ela e os pais se mudaram para um prédio antigo, tudo muito sombrio. Demora até a aparecer outros personagens, fora os pais. Depois aparecem dois rapazes, ambos misteriosos, um deles, o Wesley, é bem divertido, gostei dele.  E deu mais leveza a história, os monólogos estavam cansando. Acho que até a parte do luto dela pelo irmão me incomodou, porque a forma como ela fazia tudo errado, mesmo sabendo disso, justificado apenas pela tristeza, me fizeram perder a paciência.

Aí depois da página 200, por aí, o livro me fisgou e ficou muito bom, o final foi ótimo. Terminei curiosa para ler a continuação, de repente virou outro livro. Eu tinha até avaliado com 4 estrelas assim que terminei, mas depois, pensando melhor, decidi que eu não podia ignorar o marasmo do "começo", e acabei mudando a nota rs.

Sobre o Arquivo em si e a trama fantástica, onde os corpos das pessoas ao morrer virarem Histórias, como se fosse um livro com as memórias da vida de cada um, eu esperava mais. Tanto das Histórias em si e sua importância, quanto do papel dos Bibliotecários no Arquivo. Mas como falei, isso também melhorou no final. Mas a fantasia em si é muito diferente, não é? Não sei como esses autores conseguem bolar essas coisas malucas!  Mesmo depois de tantas fantasias, ainda me admiro com a imaginação deles.

Espero que o segundo livro seja bem mais ágil, e acho que tem chances de ser bem melhor que o primeiro, afinal agora já conhecemos toda a ambientação e não tem necessidade mais de todas as descrições. Eu achei a leitura interessante, mas não gostei tanto assim, como a maioria dos elogios que vi por aí. Quem leu me conte o que achou. ^^

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Trilogia The Archived da Victoria Schwab
  1. A guardiã de histórias (The Archived)
  2. The Unbound (os demais ainda não lançados no Brasil)
  3. The Returned.
Avaliação (1 a 5):

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