A rainha vermelha - Victoria Aveyard
>> terça-feira, 11 de agosto de 2015
AVEYARD,
Victoria. A rainha vermelha. São
Paulo: Editora Seguinte, 2015.420p. (Red Queen, v.1). Título original: Red
Queen.
“A exaustão chega em
ondas. Começa nos músculos e penetra meus ossos. Sou apenas humana, e humanos
não foram feitos para lidar com os dias de hoje. Sobressaltada, descubro que meu
punho está nu. A fita vermelha sumiu, foi retirada. O que isso significa? As lágrimas
mais uma vez despontam, mas não vou chorar. Ainda tenho muito orgulho em mim. Posso
combater as lágrimas, mas não as perguntas. Não a dúvida que cresce no meu
coração.
O que está
acontecendo comigo? O que eu sou?”p. 87
Autora
estreante, Victoria Aveyard chega com a série Red Queen, lançada este ano nos EUA e já com mais de 40.000
leitores no Goodreads.
O entusiasmo de quem leu e a nota alta nas redes sociais literária, me deixaram curiosa. Misturando fantasia e distopia, confira o que
achei de A rainha vermelha.
Mare Barrow, 17, é uma vermelha. Os
vermelhos são plebeus, destinados a servir a elite do reino, os prateados. Os
Prateados têm poderes sobre humanos, são temidos e respeitados. Os vermelhos têm duas opções: aprender algum ofício e ser aprendiz, ou ir
obrigatoriamente para a guerra aos 18 anos. Assim como seus
irmãos mais velhos - Shade, Bree e Tramy-, Mare sabe que irá para a guerra em poucos meses. Já se confirmou
com seu destino, sua irmã mais nova Gisa
é a talentosa da família, é quem vai conseguir um ofício e cuidar dos pais.
Sua
única ajuda aos pais é através dos roubos, mas percebe nos olhos deles o
desagrado, na maneira como eles rejeitam o que ela consegue, na forma como se
orgulham sempre de Gisa. Ao saber que seu melhor amigo Kilorn Warren, 18, está prestes a ir para a guerra, Mare faz de
tudo para ajuda-lo, mesmo que isso signifique uma fuga. Uma reviravolta, que
vai mudar a vida de todos.
De
repente Mare se vê trabalhando como criada no Palácio Real, onde descobre que tem poderes, em frente a família do Rei e de toda a
nobreza. Mas como isso é possível, sendo que seu sangue
é vermelho e não prateado? Daí em diante, dois príncipes e uma garota irão desencadear algo que
mudará a história do reino.
~~~~~~
Quando
comecei a leitura estranhei as inúmeras referências e situações conhecidas de
outras distopias, mas gostei dos ritmos, dos personagens e me empolguei mesmo
assim, é daqueles livros que flui rápido e que você termina curioso pela continuação.
Porém, não é tudo isso que tanta gente tem falado, eu definiria esse livro como
uma grande mistureba, tive a impressão que a autora foi lendo várias
distopias e pensando: olha que legal isso, olha isso que ótimo... aí pegou todas as
ideias e transformou nessa salada distópica. Quer ver só?
Onde nada se cria, tudo
se copia...
:P
-
Uma seleção para casar com o príncipe, confere! * A
seleção *
-
Uma plebeia esperta roubando para ajudar a família, uma sociedade dividida, um
poder central dominante, confere! * Jogos
Vorazes*
-
Os rebeldes querendo pegar a menina diferente para a causa, confere. JV de novo
-
Além de tudo isso acima, eles ainda tem poderes especiais, confere! *Estilhaça-me*
As
principais influências são visíveis e gritantes, mas ainda deve ter muita coisa
de outros livros que eu não li, ou não identifiquei durante a leitura. Sei que
atualmente é difícil um livro inovar nesse sentido, mas a autora exagerou ao
pegar um monte de ideias, misturar tudo sem conseguir conectá-las.
O
romance começa com uma boa promessa, mas no final parece que todos os
personagens másculos se interessam pela menina, não rola química de verdade com
nenhum deles, o que me deixou frustrada. Eu gostei da protagonista, apesar dela
ser muito inocente e não sacar nada. Falando em sacar, a coisa toda é muito
dedutível. Desde o meio do livro eu já sabia quem estava tramando o que, quem
iria trair quem e no que ia dar a coisa toda.
Apesar
disso é uma leitura legal, a narrativa é convidativa, flui rápido e eu terminei
muito curiosa pela continuação, apesar dos pesares. Enfim, não é uma leitura
ruim, mas não é isso tudo que estão dizendo por aí, leiam sem criar
expectativas enormes que vocês podem curtir.
Adicione
ao seu Skoob!
Série Red Queen da
Victoria Aveyard
- A rainha vermelha (Red Queen)
- Espada de vidro (Glass Sword)
- A prisão do rei (King's cage)
- Título não definido.
Interligados:
- Coroa Cruel (Cruel Crown) - Contos 0.1 Canção da rainha (Queen song) e 0.2 Cicatrizes de aço (Steel scars).
Avaliação (1 a 5):