Viaje com as séries #150 – O final de Glee
>> quarta-feira, 22 de abril de 2015
Após seis temporadas, a série musical que rompeu barreiras e
ganhou admiradores por todo o mundo chegou ao fim. A trajetória da atração foi
cheia de altos e baixos, mais baixos que altos, mas conseguiu alinhavar um
final digno para seus fãs.
Eu gostava da série, mas de uns bons tempos para cá não
tinha mais aquela vontade de assistir, deixava acumular vários episódios e só
quando dava na telha que assistia. Tenho que revelar aqui, se já não o fiz
antes, que torcia muito pela notícia do cancelamento da série. Mas torcia para
acontecer como aconteceu, com direito a final redondinho e despedidas
merecidas.
Cheguei a me emocionar em algumas partes e de todos os 13
episódios da temporada final, o penúltimo foi o favorito, nos levando de volta
lá para o início do clube Glee e dando ênfase a partes da história que não
tinham sido mostradas. Até chegar ao hino da produção Don’t stop believin’, que fez meus olhos brilharem – leia-se
molharem - um pouco com a imagem do Cory/Finn.
Foi ótimo ter o elenco original em cena, trabalhando juntos
para que aquilo que começaram não morresse. Para que todas aquelas pessoas
consideradas estranhas e diferentes pudessem ter um porto seguro, encontrar
pessoas que se tornariam sua família e que lhe apoiarão para o que der e vier. Esse
era o espírito, apesar de toda a aparente faísca entre alguns dos membros do
Glee, eles sabiam que ali tinham uma família e foi bem bonito darem foco a
isso.
Claro que teve toda a parte cômica envolvida, praticamente
nas costas de Sue, que foi uma personagem marcante. Tivemos diversidade,
aceitação, lições, entre outras coisas boas a serem trabalhadas em uma atração com
tanta audiência – pelo menos tinha bastante audiência. Há quem reclame do fim, mas
eu acredito que ele veio na hora certa. Estender a série seria um tiro no pé e
ela acabaria perdendo mais e mais audiência. É sempre melhor terminar quando
ainda está por cima.
O interessante aqui é que não foi mostrado apenas o final da
história presente, mas também o futuro dos personagens. Sempre nos
questionamos: o que será que ocorreu com o fulano? E os produtores tiveram o
carinho de mostrar que Rachel conseguiu ter sucesso, que Sam encontrou seu
caminho, que Mercedes também batalhou e chegou lá. Apesar de ter achado algumas
coisas bem fora da casinha e forçadas, no geral gostei do fim dado a Glee. Uma
série que ficará sempre marcada pelas barreiras que quebrou, pelas inclusões que
fez e por mostrar aos considerados estranhos que todos têm chance de lutar e
conquistar sonhos.