Viaje comigo #184
>> sábado, 7 de fevereiro de 2015
Dica do Toby da semana: “Corra atrás do
seu próprio rabo, antes de correr atrás do rabo de alguém.”
Em: Ode as protagonistas
Quando
o enredo não é tosco, o livro não é mal escrito e/ou o autor não erra a mão,
qual o principal motivo para desgostar de um livro? Acredito que a maioria irá
responder: a protagonista.
O
protagonista é amado 99% das vezes (com uma pequena margem de erro porque teve
gente que, pasmem, não gosta do Mr. Darcy, Travis, Christian Grey e outros que
derretem corações por aí). O protagonista cumpre o seu papel, ele é gato,
inteligente, interessante, quase sempre honesto e rico, ou só rico, o que
compensa a falta de honestidade... literária!
Agora
as mocinhas, pobres coitadas... São esculhambadas, criticadas e julgadas.
Narrativas em primeira pessoa são as campeãs do ódio generalizado. Quem aguenta
aquela _________ (pamonha, metida, fresca,
lerda, idiota, chorona, puta, riquinha...) fazendo besteira, até que as vezes,
melhora no finalzinho.
Claro
que tem algumas que não dá para defender. Tem proganista que irrita o leitor da
primeira à última página. Que motivo tem a Bella Swan para ser tão tapada, cá
para nós? A menina teve uma criação normal, era inteligente, não tinha um
terceiro olho na cara e se sentia um Alien. A autora decidiu que ela seria uma
songa monga e fim. Não defendo as Bellas e as Anastásia Steele da vida. Gente,
porque diabos a mulher tem que conversar com a “deusa interior dela”? E ficar mordendo
a boca parecendo que tinha sapinho? Enfim... Quer ser apedrejada na livraria
mesmo... :P
É
comum as mocinhas serem julgadas e condenadas, nos primeiros capítulos. E o
engraçado é que se são perfeitas demais, o leitor reclama. Santinhas demais,
onde já se viu virgem hoje em dia? Experiente demais, muito sabe tudo. As
estudiosas? São tediosas. As tímidas? Precisam acordar para a vida. As que
sofreram traumas pesados? Levanta a cabeça, para de frescura e vai para o
terapeuta.
Como
assim? Ok, eu também me irrito com as personagens problemáticas sem motivo
algum, que nasceram com a bunda virada para a lua. Tem personagem que sozinha
acaba com o que poderia ter sido um livro legal. Mas me assusto quando vejo
uma resenha totalmente negativa em algum lugar e a pessoa abandona ou dá uma
nota muito baixa, e a única critica é a protagonista. Quando tem realmente o
tal “mimimi” sem motivo, ok, mas o problema para mim é quando tem uma história
trágica envolvida. Sim, eu defendo gente fictícia, sou dessas rs.
Não
estou falando de nada específico. Eu mesma já devo ter odiado alguma personagem
sem tentar entender a situação. Mas me assustei, e por isso surgiu o assunto quando vi uma resenha de Um
dia de cada vez. Na história a protagonista era sim fraca, medrosa e sem
atitude. A Alexi sofreu algum tipo de abuso (descobrimos quase no fim do livro
o que realmente aconteceu) e não contou para ninguém. Nunca sabe falar não e
passa o livro todo fazendo o que não quer, sem negar nada para ninguém. Aí
alguém comentou “mas não precisava disso tudo”, “porque ela não reagiu” e etc. Eu
costumo pensar muito antes de julgar, tento entender as situações que eu
desconheço. Ao menos que você tenha sido estuprada, ou seja lá qual a situação
que o livro se refira, você não pode dizer que a menina tinha que ter gritado,
corrido ou reagido. Que já era para ter feito isso ou aquilo, não dá para saber
como alguém reage em uma situação extrema. A mesma coisa quando se trata de
dramas familiares profundos, personagens que foram abusados a vida toda e
tentam começar a viver.
Enfim,
será que se isso acontecesse na vida real, se fosse com você, você saberia
mesmo como lidar em todas as situações?
Viajando
total... o nome da coluna não mente kkk. Mas gente, mulher é machista até na
literatura. Estão sempre prontas para perdoar os mocinhos, por tudo, e condenam
as mocinhas sem dó nem piedade. Se não fosse parecer estranho, bem estranho, eu
iria criar um Top Piriguetagem Literária Feminina hahaha. E você? O que te faz
odiar um personagem? Você já tentou se por no lugar deles? Afinal, muitos
livros de ficção, são reais para alguém.
E agora Viaje comigo na semana do blog. ^^
E agora Viaje comigo na semana do blog. ^^
Eu sei que todo mundo já viu o trailer de
Cinquenta tons. Mas eu nunca me canso, estou na contagem regressiva para o
filme. E, mesmo ela sendo uma songa, pensem pelo lado bom: Aqui não vamos ouvir
seus pensamentos.
- Viaje com as séries #140 – Dr. Selvagem na coluna da Kellen.
- Resenha de Um dia de cada vez da Courtney C. Stevens.
- Resenha de Indo longe demais da Tina Seskis.
- Resenha de Uma chance para recomeçar da Lisa Kleypas.
- Promoção Kit Top Comentarista de fevereiro vai até 28/02/2015.
- Sorteio de O sangue do Olimpo do Rick Riordan TERMINA HOJE 07/02/15.
Chegou para análise das Editoras parceiras:
Da Editora
Rocco chegaram:
- Tempo
de matar do John Grishan (SKOOB). Tenho alguns
livros do autor, a maioria ainda não li, mas este foi a Hérida que me indicou e
ela elogiou muito, ansiosa.
- Theodore
Boone: Aprendiz de advogado do John Grishan (SKOOB).
Nem sabia que o autor tinha uma linha juvenil, vamos ver o que vou achar.
Da Editora
Saraiva chegou Eu só queria ser uma
mulher normal da Debora Runin (SKOOB). Alguém já leu?
Recebi de surpresa, não sei se é um chick-lit, mas é bem fininho, parece ser
uma leitura leve.
Do domingo devorei Paixão ao entardecer da Lisa Klepyas. É o final da série Os
Hathaways e meu preferido da série. Amei! A Beatrix sempre foi a irmã mais
divertida, com todos os seus bichos diferentes e sua paixão pela natureza.
Prometia diversão e cumpriu bem a promessa. No livro ela começa trocando cartas
com o mocinho, um soldado na guerra. A coisa começou como um ato de bondade,
ele escreveu para a linda Prudence e ela achou a coisa toda um porre, então Bea
ficou com dó e escreveu para o rapaz em seu nome. Com o passar do tempo ela se
apaixonou, e quando percebeu, encerrou as cartas e tentou esquecê-lo. De volta
da guerra, Christopher quer encontrar a sua amada Prudence, mas ela não parece
ser a mesma moça inteligente e gentil das cartas. Ah tão legal! As confusões,
os desencontros, a família toda fazendo piada. Um cachorro fofo! Lindo.
Não vou dizer que foi o melhor da semana porque
também amei o que comecei em seguida, Amor
de redenção da Francine Rivers. Não fazia ideia do que era o livro, para
mim era um simples romance histórico. E na verdade o livro é um romance cristão
e eu amei! Não achei forçado as referencias, o que normalmente me incomoda, e a
autora fala de Deus de uma forma bonita e benevolente. A história é marcante,
bonita e muito sofrida. Ainda nem sei como escrever a resenha, para demonstrar
tudo o que eu senti. É a história da prostituta e do bom rapaz, mas tão cheia
de dificuldades, de recaídas e de sofrimento, mas principalmente de amor. Vale
a pena demais!
Na quinta comecei Simples perfeição da Abbi Glines. É o segundo da duologia do Woods,
amigo do Rush. Ele viria depois da trilogia de Amor sem limites. Não gostei
tanto assim do primeiro (Estranha perfeição), mas achei este mais legal. Não
amei, mas curti a leitura. A autora pega bem pesado nos dramas, crias
personagens ótimos, mas esquece deles no meio do caminho. Os desdobramentos
foram no mínimo preguiçosos, as coisas difíceis simplesmente saíram do caminho.
Aí ela colocou um drama no final, bem inesperado, mas eu já estava irritada com
algumas coisas e nem me comovi tanto rs. Tirando isso eu gosto do casal, adoro
a autora mesmo reclamando e estou ansiosa pelos livros do Grant. ^^
Balanço da semana
Próxima leitura: Sonhos com deuses e monstros
Lidos em 2015: 15
Livros na fila: 377