Viaje com as séries #141 – A despedida de Parenthood
>> segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Dizer adeus é extremamente difícil e todo mundo sabe. Ainda
estou fora do ar, sem acreditar que acabou. Eu assisti ao último episódio de Parenthood.
O último, depois de seis temporadas, muito crescimento, lágrimas, sorrisos,
orgulho, satisfação, sofrimento, de me tornar uma Braverman. Impossível não
ficar abalada, saudosa, doida por mais, porém, não podia me sentir mais
satisfeita com o final incrível que os produtores e a NBC proporcionaram aos
fãs. Podia ter acabado na temporada passada, toda em aberto, com histórias para
se definirem, mas eles fizeram o correto, honraram a história e deram aos fãs
uma temporada de despedida maravilhosa e inesquecível.
Comecei a assistir ao drama familiar, que nem é o que mais
assisto, por causa da Lauren Graham, minha eterna e amada Lorelai Gilmore, mas foi por ela e por
Peter Krause, Dax Shepard, Monica Potter, Erika Christensen, Sam Jaeger, Max
Burkholder, Joy Bryant, Miles Heizer, Mae Whitman, Bonnie Bedelia, Craig T.
Nelson e todos os outros que continuei assistindo. É de TODOS eles que sentirei imensa falta.
Como eu amadureci acompanhando a história dessa família
cheia de amor. Vendo os quatro irmãos super unidos, admirando os pais que
sempre foram suas rochas. Passando por tormentas das mais brandas até as mais
pesadas, mantendo um casamento sólido, começando um casamento depois de algumas
burradas, criando filhos cheios de valores e sendo parceiros para o que der e
vier, mesmo quando deixar a mágoa de lado levou mais tempo que o esperado. Ai
meu coração.
Crosby deixou de ser o irresponsável da família, aquele que
todos precisavam correr para acudir, que mesmo depois de anos morando sozinho,
ainda levava suas roupas para a mãe lavar. Encontrou o amor em Jasmine, que lhe
trouxe a bomba de ter um filho já grande. E depois de muito fazer caca, acertou
a mão. Principalmente quando Jabbar tinha como sonho visitar o parque do Harry
Potter. Isso aí, garoto!
Adam sempre foi meu espelho. Era pra ele que todo mundo
corria quando dava algo errado, sempre quis ter um irmão como ele. Sua
prioridade sempre foi a família, sempre. Com Kristina ele superou a difícil
adaptação de ser pai de uma criança com Asperger – e foi com a série que
aprendi muito sobre o assunto. Vibrei com as conquistas de Max, sofri com as
batalhas que ele teve que lutar, mas ele sempre esteve nas melhores mãos.
Haddie teve seus altos e baixos também, mas seguiu seu caminho. E a pequena
Nora só podia ser muito feliz com sua família. Kristina é a personificação de
mulher guerreira, passava por cima de tudo quando o assunto era defender seus
filhos. Admirável. Ainda por cima, venceu um câncer.
Julia e Joel sempre foram meu casal favorito, perfeitos um
para o outro. Sofri tanto quando eles se estranharam e passaram por uma fase
super difícil, logo depois que adotaram Victor, já que não conseguiam/podiam
engravidar. Sidney também passou por fases ruins depois que os pais estavam
brigados, mas a preocupação com os filhos e aquele amor verdadeiro ainda
estavam lá. Pode ser spoiler para
quem vê e ainda não viu o fim – minha maior felicidade nessa temporada
final foi ver os dois reatarem e voltarem a ser aquele casal que sempre
admirei.
Sarah foi a rebelde da família. Saiu de casa cedo, casou com
um cara que foi péssimo pra ela e teve dois filhos. Os criou sozinha. Tudo deu
errado e ela teve que voltar para a casa dos pais se sentindo uma fracassada.
Estava no fundo do poço, mas os Bravermans não desistem e ela mostrou força,
foi atrás de seus sonhos, quebrou a cara, ainda teve o dedo podre predominando,
mas achou uma pessoa perfeita pra ela no fim e uma profissão de que realmente
gostasse. Amber começou com a mesma rebeldia, mas se tornou uma pessoa
maravilhosa, assim como Drew, que se dedicou aos estudos para cuidar da
família, o que ele pensava ser sua obrigação.
Zeek e Camille criaram uma família linda, unida, que sabe
batalhar e que sempre os procurou para conselhos, sempre os teve como espelho.
Eles fizeram tudo certo. E eu estou quase chorando, de novo.
A NBC deu um presente para os fãs que acompanharam esse
tempo todo os episódios de Parenthood,
mas deram também para aqueles que ainda verão porque o final foi simplesmente
perfeito. A temporada toda foi magnífica e como li em um comentário no Banco
de Séries, que reflete meu pensamento:
“Pensaram com delicadeza em cada detalhe, em cada final de cada personagem. Chorei o episódio inteiro e no meio de tanto choro, algumas gargalhadas dadas principalmente por causa do Hank e do Max. Não teve enrolação, não teve nada fora do contexto, tudo se encaixou perfeitamente. Um dos melhores dramas que já assisti na minha vida”. Marta Guedes, de MG.
Parenthood é uma série que me orgulho de ter acompanhado e
recomendo para todo mundo!! Jamais vou esquecer as lições que aprendi
ali, com o amor dessa família incrível.
A to Z
Quem também deu tchau foi a comédia romântica A to Z. Ela já estava cancelada desde o
quinto episódio, mas eu quis ver até o 13° e último. A ideia original era
acompanhar o relacionamento dos dois, que namoraram por oito meses, três
semanas, cinco dias e uma hora. O motivo disso, provavelmente, seria explicado
na segunda temporada, mas a série não passou nem dos 13 episódios iniciais que
foram encomendados pela emissora. Uma pena. Até que conseguiram finalizar de um
jeito legal e bonitinho, mas as perguntas não foram respondidas, não mesmo. Na
verdade, eles só contaram metade da história desse tempo de namoro e fica para
nossas cabeças imaginarem o que ocorreu depois. Como sou romântica, acredito
que esse tempo foi só de namoro e que depois disso eles noivaram e casaram.
Renovações
Enquanto umas se vão, outras garantem sua permanência na TV. A
rede NBC renovou cinco dramas: The Blacklist, Chicago Fire, Chicago
P.D., Law & Order: Special Victims Unit e Grimm.