Viaje com as séries #139 – A dor do cancelamento
>> segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
A época de definição se as séries continuam ou não na próxima
temporada, geralmente, é tensa. Será que a nossa queridinha que deu uma
bambeada na audiência conseguirá sobreviver nesse mundo onde apenas números
altos e lucros importam? E aquela novata que te impressionou, será que vinga?
No entanto, há também a parte positiva – como em tudo na vida -, é nessa hora
que aquela série que já deu o que tinha para dar pode ser finalmente cancelada
e você poderá se livrar dela sem peso na consciência – como comentado na semanapassada.
Mas quando a gente gosta, o cancelamento é terrível, triste,
desolador. Por alguns instantes a vida fica um pouco mais triste. Algumas
deixam uma marca eterna, como Gilmore Girls para mim. Minha série
favorita de todos os tempos. Saudades eternas. Quero mais. Volta, por favor.
Opa, saí do assunto.
Semana passada tive que me despedir de uma série que me
surpreendeu: Selfie. Não dava nada por ela, até assistir e me apegar
extremamente com os personagens, principalmente Eliza e Henry. Era muito
legal a química entre os dois e aquela parceria mútua poderia render muito
mais, Henry ensinando Eliza a ser mais social no mundo real e a dar menos importância
aos likes “internéticos” e Eliza
ensinando Henry a ser sociável mesmo, menos certinho ao extremo.
Aliás, um era o completo oposto do outro e por isso podiam
mostrar coisas que o outro não via. Aí a audiência não rendeu o que deveria e a
série foi cancelada, teve apenas 13 episódios exibidos. Não terminou
redondinho, mas terminou legal. Não colocaram o carro na frente dos bois, como
falamos por aqui no Sul, fecharam do jeito certo, porém, com assuntos em
aberto. O que me deixou com mais vontade ainda de ter episódios extras. #xatiada
#sério #quemaldade
Falando nisso, uma das partes mais chatas do cancelamento,
além do cancelamento em si, é quando a decisão é tomada do nada e a trama não
tem um final adequado, simplesmente para. Que porcaria das trevas!!! Aí você acompanhou
a série, às vezes por mais de uma temporada, e simplesmente acaba. Witches
of East End foi assim, por exemplo, a segunda temporada acabou de um
jeito “uau, não vejo a hora de desvendar isso na próxima temporada” e tcharam, foi cancelada! Acabou, se eu
queria respostas já era. Pode ser que encontre nos livros em que a série foi
baseada, mas tirando pelo primeiro livro, a série andou por um caminho
diferente e aí? Aí a gente esquece, fazer o quê?
Bom mesmo é quando a série ganha a chance de acabar do jeito
certo, fechando as histórias, juntando as pontas. Assim aconteceu com Fringe, acontecerá com Glee e também com a minha
queridinha de agora, Parenthood – oi, Lorelai que agora é
Sarah, ficarei sem te ver de novo. Vários comentários apontavam que a série que
conta com Lauren Graham no elenco acabaria
na temporada passada, mas graças aos deuses serialísticos o povo deu a chance
de fazer uma temporada final. Assuntos pendentes poderão ser resolvidos e muita
emoção ainda rolou e rolará. Essa semana o último episódio será exibido e tenho
certeza que vou chorar litros, porque em todo episódio eu me emociono, na
despedida será quase perda total da minha dignidade. Quem gosta de drama
precisa assistir, é uma das melhores.
Ficar sem alguns dos personagens favoritos não é fácil, a
recuperação é demorada, por vezes dolorosa, mas sempre acabamos encontrando
outra pessoa legal, que vale a pena admirar e ficar do lado – porque nunca
substitui – daquele que não veremos mais.
Conta pra mim, qual cancelamento mais fez você sofrer até
hoje?