Viaje com as séries #123 - A to Z
>> segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Adoro comédias românticas. Mesmo com
todos os clichês, com os desfechos previsíveis, com os percalços que costumam
ficar no meio do caminho do casal, amo conferir comédias românticas. Elas são
fofas, bom, pelo menos a maioria. Uma das novas séries da NBC é desse gênero.
Prevista para estrear na TV apenas em outubro, o piloto de A to Z foi liberado pela emissora e já pode ser
conferido antecipadamente. Assisti na semana passada e gostei.
Não posso dizer que é perfeito,
porque não é. Mas o casal protagonista é o grande ponto alto, além de ser
interpretado por atores que curto o trabalho, eles têm uma química incrível
juntos, o que só soma pontos para a atração. Em contrapartida, a história toda
parece muito mais do mesmo.
A premissa de A to Z é: Andrew, vivido pelo queridão Ben
Feldman, trabalha em um site de namoros e sonha em encontrar o seu
amor. Ele esbarra com Zelda, interpretada pela fofa “mãe” de HIMYM Cristin
Milioti, que é uma advogada, cética, sem interesse em namoros e totalmente
dedicada ao trabalho. Os dois começam a sair e sabemos pela narradora (voz de
Katey Sagal, que identifiquei desde o primeiro segundo) que eles ficam juntos
por oito meses, três semanas, cinco dias e uma hora. E a série acompanhará esse
tempo deles juntos. Não sabemos o que ocorre após esse tempo, eles não precisam
necessariamente ter terminado, podem, por exemplo, ter se casado.
Andrew é o romântico da relação, o
que nos faz lembrar muito de Ted Mosby da encerrada How
I Met Your Mother. Impossível não comparar até por termos a mãe na
série, que por sinal, lembra muito a Robin com essa opinião toda de não querer
namorar e se dedicar ao trabalho, mas ao mesmo tempo lembra o papel dela mesma
com todas as piadinhas e seu jeito fofo. Andrew até chega a ficar falando sobre
destino e filhos logo na primeira vez que eles saem juntos, o que assusta Zelda
completamente. Aliás, até eu fiquei assustada com essa atitude dele.
Mas ele é fofo(terceira vez que eu
uso essa palavra, se eu contei direito, mas não tenho como não usar), como
comentei, os dois têm química, as conversas surgem naturalmente, assim como as
brincadeiras e não tem como Zelda não querer dar uma chance para o cara. Eles
se beijam e o que acontece daí pra frente só os episódios dirão. Episódios que
são curtinhos, com cerca de 25 minutos de duração. Nem os senti passar.
Citando ainda elementos já
conhecidos de séries do gênero, ambos têm melhores amigos. Ele tem Stu, que
também trabalha na empresa de namoros e que aparentemente é um pegador. Stu
quer ajudar Andrew a ficar com Zelda, parece um amigo legal, mas completamente
sem noção na maioria das vezes. Digamos que ele tenha um timing ruim. A amiga
dela Stephie, por sua vez, é daquelas super influenciáveis pelos homens que
namora. Se o cara gosta de jazz ela passa a gostar, coisas assim. E, para
variar, ela só quebra a cara com os homens. Os dois não acrescentaram muita
coisa ao piloto, a não ser o fato de que os protagonistas têm melhores amigos.
As atitudes deles não empolgam e podem ser uma pedra no sapato da novata.
A apresentação da série foi boa. Não
é de gargalhar e por isso talvez fique devendo um pouco na parte comédia da
comédia romântica, mas acredito que ela consiga melhorar isso nos próximos
episódios. Mesmo tendo uma impressão positiva após o episódio e sabendo que
continuarei assistindo, não fico nem um pouco segura com o futuro da produção.
Lá fora vi notas baixas e pessoas reclamando desse “acho que já vi isso antes”.
Então pode ser que ela não tenha uma vida longa, o que é uma pena, porque eu
achei gostosinha de conferir e gosto dos protagonistas. O jeito é esperar para
ver como se desenrola.