Viaje com as séries #115 - Orphan Black
>> segunda-feira, 7 de julho de 2014
O que me decepcionei com o piloto de The Leftovers, gamei na nova série que ganhou meu coração Orphan
Black. O interesse começou com pessoas animadíssimas comentando sobre o
fim da segunda temporada no Twitter e
incentivando outras pessoas a verem, então a Lu disse que começaria e eu me
empolguei. Assisti as duas temporadas da série em uma semana e já quero que a
terceira comece logo.
A série mistura ficção científica com mistério, suspense,
drama e até com pitadas de humor. Ela entra na sua cabeça e é difícil esquecer.
Eu cheguei a sonhar, ficava pensando na série e em seus desdobramentos e
acredito que é assim que tem que ser. Entendo perfeitamente que cada um tem sua
preferência, seu estilo, e para mim a produção canadense foi perfeita. Ela me
instigou, entrou na minha cabeça e a cada episódio finalizado fazia com que eu
desejasse mais e mais o próximo. Teve dias que assisti quatro episódios
seguidos. É ou não é empolgante?
O episódio piloto nos ambienta no que está por vir. Sarah Manning é uma mãe solteira, com
problemas de caráter e dedo podre para escolher parceiros. O atual, Vic, além
de atuar no tráfico de drogas com ela, é abusivo e a bate. Até que a garota,
que ficou dez meses longe da filha, resolve mudar essa história. Rouba Vic e
faz planos de fugir com a filha e o irmão adotivo para bem longe daquilo tudo.
Mas quando chegou de volta na cidade, encontrou o que jamais esperava: uma
mulher com o rosto idêntico ao dela. Intrigada, ela a observa, até que a mulher
se joga na frente de um trem. Mesmo abalada com a cena, ela não perde tempo e
cata a bolsa da suicida para conferir o que pode lucrar com aquilo.
A mulher com as suas feições é Beth Childs, que depois ela descobre ser uma detetive de polícia,
afastada por um tiro dado em uma civil. Mas o que mais atrai Sarah é a conta
recheada da policial, com US$ 75 mil. O que salvaria sua vida, de Kira e Felix.
Ela planeja usar a aparência semelhante para retirar esse dinheiro e se mandar,
mas é óbvio que nada vai acontecer conforme o planejado.
O afastamento de Beth envolve seu parceiro Art e todo o estresse que levou a
mulher a cometer suicídio está relacionado com um esquema aparentemente
inacreditável e impossível: clonagem humana. Sarah acaba encontrando outras
mulheres com o rosto igual ao dela e descobre também que há alguém querendo
matá-las. A partir daí, a vida de Sarah, que já não era simples, fica ainda
mais complicada e perigosa. Sorte dela que pode contar com os amigos do passado
e os novos.
O ritmo da série, que estreou em 2013, é intenso. Mistérios
e mais mistérios rondam a vida de Sarah e das outras mulheres, mas a cada
episódio conseguimos descobrir algo novo, nos aprofundamos na questão abordada
pela série e, aconteceu comigo pelo menos, queremos sempre mais. Como assim
clones? Quem os fez, qual o objetivo, as intenções eram boas ou más, esses
experimentos ainda existem? Há outras como Sarah e as “irmãs”? Por que as estão
matando? O que ocorre com aquelas que estão ficando doentes? São inúmeras
questões, que felizmente são respondidas ao longo das duas temporadas, que
possuem apenas dez episódios cada.
Shakira, não pera... hahaha |
Orphan
Black é uma série canadense, criada por Graeme Manson e John Fawcett. É uma
co-produção entre BBC America e a emissora canadense Space.
Protagonizada por Tatiana Maslany,
a trama estreou em 30 de março de 2013, recebendo comentários positivos da
crítica especializada. Foi indicada para o Globo de Ouro e o Satellite
Award, além de ter faturado estatuetas em premiações como Critics' Choice
Television Award e Canadian Screen Awards. Aliás, Tatiana merece todos os
cumprimentos, ela me deixa embasbacada com tamanho talento. Interpreta
diferentes papéis e convence em cada um. Eu acredito quando ela é uma russa,
quando é uma dona de casa, uma cientista, uma maluca ou ainda uma jovem inglesa
com seu sotaque carregado. Ela é simplesmente brilhante.
E Felix é o outro ponto alto da série, o irmão gay adotivo
de Sarah, está ao seu lado em todas as horas. Procura não aloprar diante das
revelações e faz de tudo pela irmã. Safadinho que só, não perde tempo em dar em
cima de homens que despertam sua atenção e protagoniza as cenas mais hilárias
da produção (algumas calientes também). Comentei anteriormente que sou careta
para cenas de sexo e a série têm algumas, mas nada extremo, na minha opinião. Um
rala e rola na cozinha aqui, outro na garagem acolá. Não é exagerado e não me
incomodou, principalmente as cenas que envolviam o lindo e totalmente
piriguetável Paul Dierden. Aiai.
Paul ♥ |
Bom, acho que é melhor eu parar de rasgar seda ou ficarei
eternamente escrevendo elogios à série, que já acumula sete prêmios. Vale
comentar que no Brasil, o canal de televisão por assinatura BBC HD começou a exibir a
série no dia 5 de fevereiro de 2014, às 23h. O Netflix também
disponibiliza a série no Brasil. Nem preciso escrever que recomendo, né?
Orphan Black tem a terceira temporada garantida e retorna em 2015. (Fico chorando agoniada e curiosa até lá).
Felix, que ganhou meu coração! |
Informações
gerais
- Gênero: Ficção científica, drama;
- Duração: 45 minutos;
- Criadores: Graeme Manson e John Fawcett;
- País de origem: Canadá;
- Elenco: Tatiana Maslany, Dylan Bruce, Jordan Gavaris, Kevin Hanchard, Michael Mando, Evelyne Brochu, Maria Doyle Kennedy.