Peça-me o que quiser - Megan Maxwell

>>  sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

MAXWELL, Megan. Peça-me o que quiser. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2013. 400p. (Peça-me o que quiser, v.1). Título original: Pideme ló que quieras.

“Estamos nus. Pele com pele. Pulsação com pulsação.
Ele baixa a cabeça à procura da minha boca. Eu a dou. Eu a ofereço. Sou sua sem que ele me peça.
Seus lábios saborosos encostam nos meus com uma delicadeza que me provoca arrepios, e depois faz aquilo de que tanto gosto. Passa a língua pelo meu lábio superior, em seguida o inferior, e, quando espero o ataque à minha boca, faz algo que me surpreende. Pega minha cabeça com as duas mãos e me beija com suavidade.”  p. 163

CONTEÚDO ADULTO! Agora com uma autora espanhola, mais uma trilogia erótica chega ao Brasil. Eu não sou lá muito fã dos romances eróticos, pelo menos dos que li até então nenhum me conquistou realmente, gosto dos mais leves. Mas fiquei curiosa e acabei não resistindo, resultado, outra trilogia na fila. Hoje vou contar para vocês o que achei sobre Peça-me o que quiser da Megan Maxwell.

Judith Flores, 25 anos, vive sozinha em seu apartamento em Madri, junto com seu gato idoso. A irmã mais velha e a sobrinha estão sempre por perto e ela adora sair para dançar e curtir com seus muitos amigos. Judith é solteira, mas tem um rolo de longa data com seu melhor amigo, Fernando. Ele quer ser mais do que um amigo, mas ela não sente paixão pelo rapaz. Judith gostaria de ter mais tempo para sua vida pessoal, porém sua chefe, Mónica Sánchez, é uma verdadeira tirana e Judith acaba saindo muito tarde do escritório.

Seu trabalho estressante fica mais complicado e, diga-se de passagem, interessante, quando o novo dono das Empresas Muller chega à cidade. Eric Zimmerman, um rico empresário alemão, assumiu o controle da empresa após a morte do pai. Conhecido como Iceman ele decide viajar à Espanha para supervisionar as filiais da empresa.

Eric fica logo interessado no jeito trapalhão e divertido da secretária. Judith tenta evitar ao máximo o novo chefe, atraente e com um olhar gélido, ele a assusta e a atraí. Mesmo sabendo onde está se metendo, ela não resiste a atração por Eric. Ele logo introduz Judith em um mundo até então desconhecido, ao voyeurismo e outras experiências sexuais pouco convencionais.

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Teria sido melhor  se eu não achasse meio nojento hehe. Sério! Começa muito bem, eu gostei de Judith que é cheia de atitude e não usa meias palavras. Ela é uma moça simples, ele bilionário, mas não tem aquela coisa da moça ficar de queixo caído quando ganha um presente (odeio quando tem aquela coisa toda de eu não posso aceitar um presente de um cara podre de rico porque não sou uma moça interesseira rs), ou do cara fechar a cara e a moça a fazer tudo do jeito que ele quiser. Ela se veste como gosta, age com ele do seu jeito, e não deixa nada por dizer. Quando eles brigam ela sai para dançar, pega o amigo dela e não está nem aí. Quando estão juntos ela se joga naquele mundo, decide ficar com ele e experimentar tudo o que ele está oferecendo. E ela gosta, fica excitada com os joguinhos e tudo aquilo que a assustou no inicio.

Eric é bem bipolar, enquanto eu gostei muito da construção da personagem feminina, achei que a autora se perdeu com o protagonista. Muda tudo de uma hora para outra, em um momento ele é todo doce e carinhoso e do nada vira uma pedra de gelo. E muitas vezes não tinha nenhuma explicação. As briguinhas e discussões o livro inteiro, com diálogos quase idênticos foram um porre. Mesmo eu imaginando o Eric como o Brad Pitt ^^, ele não me conquistou.

Até a metade eu curti muito, tanto pelo enredo, quanto pelos cenários diferentes. A pegada meio sado a la Cinquenta Tons, nunca me conquistou. O Voyeurismo já é mais interessante e eu nunca tinha lido nada do estilo. Achei que a autora explorou bem este lado e não poupou o leitor. Começa mais light com Judith apenas observando outras pessoas transarem e ele gostando de ver tudo aquilo, até ele observar ela com outra mulher ou homem. Ai começa aquilo tudo de sexo grupal que me deixou com nojo, sério. Não vou negar, não tenho mente aberta para tudo isso; então ver uma mulher hetero chupando com outra mulher só porque o namorado gosta é bem nojento. 

Obviamente não é um livro que qualquer leitor vai curtir, para quem tem curiosidade e gosta de ler coisas novas é um livro diferente. Eu gostei de ter lido, mas no final já estava de saco cheio dos dois. Como sempre a autora fez uma reviravolta no final que vai me fazer ler a continuação rs. Mas sinto que preciso dar um tempo desta safadeza toda kkkkk. 

Para compensar gostei muito dos outros personagens, o pai da Judith é um fofo. Achei que o Fernando (que seria o “triangulo” da trama) pudesse ser mais interessante, ele é bem chatinho. Gostei do clima da empresa, da ambientação em geral e do sangue quente espanhol. Judith não está nem aí, quebra o barraco mesmo. O que teria sido ótimo... se não se repetisse tanto, como disse antes. Não senti aquele amor entre o casal, que conquista em Cinquenta tons. Acho que ela estava mais atraída por ele e por aquele mundo novo todo do que paixão em si. Não sei se faltou química ou se foi só a minha impressão.

Enfim, não achei aquilo tudo não, mas não sou entusiasta do estilo e acabo lendo porque fico muito curiosa quando todo mundo começa a falar sobre os livros. Para mim ele fica no meio termo, tem coisas interessantes e coisas que achei um porre. Quem  leu me conte o que achou ok?


Trilogia Peça-me o que quiser da Megan Maxwell
  1. Peça-me o que quiser (Pideme ló que quieras)
  2. Peça-me o que quiser agora e sempre (Pideme ló que quieras, ahora y siempre)
  3. Peça-me o que quiser ou deixe-me (Pideme ló que quieras, o déjame)
Avaliação (1 a 5):

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