Viaje com as séries #82 – Série x Livro: Os diários de Carrie
>> segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Lá no início de fevereiro escrevi
na coluna sobre The Carrie Diaries,
uma série delicinha que mostra a adolescência de uma das icônicas personagens
da famosa Sex and the City. Eu já
tinha há tempos o livro que deu origem à série, mas só li faz pouco tempo e
notei diferenças enormes de um para o outro, como geralmente acontece. Por isso
e por sugestão da Nanda, hoje comento com vocês série versus livro.
Uma das coisas que eu mais gosto na Carrie da série é que
ela é super madura para a idade que tem, 16 anos. Ela perdeu a mãe há pouco
tempo, ficou com um pouco dessa responsabilidade sobre a irmã mais nova, Dorrit,
e também sobre o pai. Mas ela nem reclama disso, a não ser quando a irmã passa
muito dos limites – o que gerou uma das cenas mais emocionantes da primeira
temporada. Mas a cena que mais me marcou mesmo foi quando ela viu seu paquera –
Sebastian Kydd – na companhia da maléfica Donna La Donna e nem deu piti, que
podemos dizer que é uma atitude bem característica de adolescentes. Sempre
admirei isso nela, a cabeça no lugar.
No livro ela é bem diferente, nem chega perto da Carrie confiante e madura da série. Ela dá piti por causa de garotos, fuma e bebe aos montes e não conseguiu me conquistar como a personagem da Anna Sophia Robb conseguiu. No livro Carrie e Dorrit não são as únicas irmãs, tem mais uma no meio, a Missy, que é tão avulsa no livro que nem fez falta na série. Mas ainda assim, desmantelaram a família da coitada. Outra diferença é que a mãe das garotas morreu há anos e não há poucos meses como na série. E o pai nem chega perto da fofura que é interpretado na TV. Aliás, ele nem aparece muito no primeiro livro, só para cobrar Carrie sobre a faculdade e opinar que ela deveria namorar com o cara X.
Outra grande diferença é com relação aos amigos. Lali, a
personagem mais odiada por mim no livro e que ganhou vários apelidos nada
carinhosos, não é representada na série. Ao que tudo indica, ela foi “unida” à
Maggie – vistos os desdobramentos do fim da temporada. Mas Maggie não chega nem
aos pés da sacana que a Lali é e, no fim, acho bem bom ela não ter ganhado uma
personagem para si, porque isso faria com que o Sebastian tivesse que ser como
no livro, ou seja, insuportável, mesquinho, se achão e o pior cara do mundo. Na
série ele é um conquistador, sim, mas não é sem noção como no livro. Eu o odiei
por cada momento. Um cara sem conteúdo, sem coração, que não devia fazer parte
da vida de ninguém, completamente diferente do Sebastian que beija Carrie na
piscina e que faz muitas coisas por ela, um rapaz apaixonante realmente, mesmo
com todo o estilo bad boy.
O estágio em Nova York e o encontro com Larissa – uma das personagens
mais loucas com quem já me deparei – não existem no livro. Para mim, os
roteiristas da série souberam captar a essência da história escrita por Candace Bushnell e a deixaram muito
mais instigante, divertida, cheia de aventuras. Afinal, se a série fosse
completamente igual ao livro seria meio chatinha, já que para mim ele não
empolgou muito. Falando nisso, a Nanda já resenhou os dois livros publicados
sobre a juventude da Carrie, vocês podem conferir as resenhas aqui
e aqui.
Recentemente a segunda temporada da série estreou e eu não
poderia ficar mais feliz com o episódio de retorno. Foi empolgante, ainda mais
por Samantha entrar na história, o que parece que irá agitar a vida da
protagonista. Assim como no livro, Samantha é prima de Donna La Donna, e o
encontro entre as futuras melhores amigas também ocorre de forma diferente. No
livro Carrie se vê apertada ao chegar em Nova York, uma chegada que não
aconteceu como o previsto e então resolveu usar o número que Donna lhe dera –
sim, elas ficam meio amigas no livro e lá ela é bem melhor que a tal da Lali -,
ligando para Samantha. Na série, Samantha trabalha em um bar que os amigos
combinam de ir e depois ajuda Carrie em uma situação difícil.
Geralmente não gostamos de mudanças, mas creio que aqui elas
foram todas para melhor. Deixaram a série mais dinâmica e atrativa, bem como
deve ser. Estou ansiosa para conferir o que vem pela frente nesta segunda
temporada da atração, sempre torcendo para que Carrie e Sebastian fiquem
juntos, porque gosto daquele menino.