Uma Viagem Adaptada: Filme x Livro #13 - Orgulho e Preconceito

>>  quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Orgulho e Preconceito, baseado no romance homônimo de Jane Austen. Lançado em 2005, com roteiro de Deborah Moggach, e direção de Joe Wright. 


A maior preocupação da Sra. Bennet (Brenda Blethyn) é encontrar um rico e bom marido para cada uma de suas cinco filhas: Jane, Elizabeth, Mary, Catherine e Lydia. Quando a chegada de Sr. Bingley (Simon Woods) um jovem rico e solteiro em Netherfield, uma grande casa nas redondezas, é anunciada, a Sra. Bennet vê a oportunidade de casar uma de suas filhas.


Sr. Bingley, sua irmã Caroline e seu amigo Sr. Darcy (Matthew Macfadyen), são apresentados à sociedade local em um baile, no qual Sr. Bingley, que se mostra muito feliz e simpático, se encanta por Jane Bennet, e Elizabeth (Keira Kightley) após uma tentativa frustrada de conversar com o reservado Mr. Darcy, toma antipatia pelo mesmo.

Quero parar por aqui. O desenvolver da história se dá, basicamente, no desenrolar da situação citada acima. Eu poderia muito bem continuar descrevendo o que vem em seguida e quais os personagens que irão aparecer, porém acho que quanto menos souberem sobre o livro/filme antes de ler/assistir, melhor.
– O orgulho – observou Mary, que se vangloriava da solidez de suas reflexões – é um defeito muito comum, creio eu. Depois de tudo o que li, estou deveras convencida de que é comum, que a natureza humana manifesta uma tendência bastante acentuada para o orgulho, e que são raros aqueles entre nós que não nutrem um sentimento de condescendência própria baseado em uma ou outra qualidade, real ou imaginária. Vaidade e orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Pode-se sentir orgulho sem ser vaidoso. O orgulho diz respeito mais à opinião que temos de nós próprios, enquanto, a vaidade, ao que pretendemos que os outros pensem de nós.
Orgulho e Preconceito é um filme belíssimo, fiel ao livro e com uma ótima fotografia e figurino. Eu não gosto muito de filmes de romance, acho a maioria clichê e monótono, mas Orgulho e Preconceito merece destaque, assim como o livro. Você vai amar alguns personagens, como aconteceu comigo com Elizabeth, e não gostar de alguns, como foi o caso de... não posso falar porque pode ser spoiler, rs. 

Eu sei que muita gente não tem interesse em ler Jane Austen, principalmente em consequência do vocabulário e da narrativa, mas todos deveriam dar uma chance. Jane Austen não precisa forçar nada na história para conquistar o leitor, diferentemente de certos autorezinhos de romance, que tem livros, não sei por que, considerados maravilhosos (falo mesmo!). Eu amei Orgulho e Preconceito, ao contrário dos livros de romance modernos, que considero a maioria entre ruim e razoável. 

O filme também tem seus créditos, tanto na escolha dos atores como na sua produção, porém acho que faltou alguma coisa. As entrelinhas da escrita, sabe? Mas não é algo grave, e não compromete muito na qualidade final do filme. O cenário é lindo, e você vai se apaixonar por todo o ambiente bucólico.

Quanto ao livro: a narração é cativante, a história é linda e flui naturalmente. Digna de todos os elogios que recebe. Não há muito que falar sobre a história e explicar as qualidades; apenas lendo o livro para entender a grandiosidade da escrita de Austen. 
Elizabeth: Eu me pergunto quem descobriu o poder da poesia para espantar o amor.
Darcy: Achei que fosse o alimento do amor.
Elizabeth: Do amor belo e vigoroso. Mas se é apenas uma vaga inclinação, um pobre soneto o liquidará.”
Recomendo que vocês leiam o livro antes de assistir ao filme. 


Minha nota para o filme é:


E ai, já leram o livro ou assistiram ao filme? O que acharam? Quer sugerir um filme ou série para a coluna? Clique aqui.

Espero que tenham gostado e até semana que vem (:

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