Academia Knightley - Violet Haberdasher
>> quarta-feira, 25 de maio de 2011
HABERDASHER, Violet. Academia Knightley. São Paulo: Editora iD, 2011.416p. (Academia Knightley, v.1). Título original: Knightley Academy.
“- Sinto muito – disse Henry -, mas estou tentando. Estou guardando dinheiro para estudar direito, e talvez algum dia possa tornar minha vida menos injusta, mas até lá, não vou buscar o impossível.
- Que plano brilhante! – zombou o professor Stratford. – Por que você não diz isso a Galileu, a Milton, a Michelangelo? Diga a eles que eles não deviam ter buscado o impossível. Porque, Henry, a pior coisa do mundo é ser assombrado por essas duas palavrinhas “e se?” até o final dos dias.”
Este foi um daqueles livros que comecei a leitura sem esperar muito, não tinha ouvido ninguém falar da série, mas me encantei com a história. E me vi envolvida com os personagens, com o enredo e a narração divertida. E hoje apresento a vocês Academia Knightley de Violet Haberdasher.
O Colégio Midsummer para rapazes era freqüentado apenas por filhos de nobres, pela nata da aristocracia da cidade e fazer parte do seu corpo discente ou docente era um privilegio. Melhor do que isso seria apenas se tornar um cavaleiro, mas para isso os alunos do colégio precisavam ser aprovados no exame de admissão da Academia Knightley. O problema é que nos últimos cinco anos ninguém conseguira passar e muitos achavam que o colégio estava amaldiçoado.
Quebrar aquela maldição deveria ser um grande feito, a ser comemorado com grandes honras, isto claro, se o aluno aprovado não fosse um plebeu, o primeiro na historia da Academia. Henry Grim era apenas um ajudante de cozinha, órfão e sem um tostão que trabalhava no colégio para sobreviver. Mas, ele era também um rapaz muito inteligente e recebia aulas noturnas escondido com o professor Stratford. E para espanto e ódio de todos, um servo do reino foi aprovado naquele ano.
Henry ganhara uma chance, a chance de ser um cavaleiro e mudar sua triste sina. Ele sabia que não seria fácil, que sofreria preconceitos e seria perseguidos por valentões como o odioso Valmont... mas, ele nunca imaginou que se tornaria um alvo de intrigas, perseguições e sabotagens.
Ele agora era um aluno, um aluno de verdade em uma prestigiada Escola. Mesmo com todos contra ele, fez dois amigos inseparáveis: Adam e Rohan. Ops... três, não vamos esquecer da Frankie, filha do diretor e a única menina na escola (que na verdade deveria estar aprendendo bordado, mas não deixem ela ouvir isso).
O CAVALEIRO SUA HONRA VALORIZA,
E AO TER MEDO JAMAIS VERBALIZA.
SUAS PALAVRAS SÃO SOMENTE A VERDADE.
SEUS DEVERES, OS DE SUA ENTIDADE.
UM CAVALEIRO DEFENDE RICOS E POBRES,
TANTO OS PLEBEUS QUANTO OS NOBRES.
ASSIM EU JURO AQUI, NESTE DIA,
HONRAR O CÓDIGO DE CAVALERIA.
Bom, bem que eles tentaram cumprir o juramento, mas não era tão fácil, quando eram boicotados de todos os lados. Juntos eles tentarão sobreviver ao primeiro ano na academia, enfrentar os valentões e desmascarar uma grande ameaça vinda de um país vizinho. Mas alguém iria acreditar em simples plebeus?
Ah, este livro é muito fofo, adorei o enredo, as confusões e os personagens. Não da para negar algumas semelhanças na história com a do nosso bruxo preferido, mas eu evitei fazer comparações e mergulhei na história da cavaleria. Vamos então falar das diferenças, a primeira e mais interessante de todos é que o livro se passa em um período mais medieval. Não define-se exatamente o ano, nomes de países são trocados, mas estamos falando de nobreza, aristocracia e valores pré-definidos da sociedade.
Henry o personagem principal, nasceu plebeu, era órfão e portanto estava destinado a servir. Ele muda toda sua vida, aos 14 anos, quando consegue de forma inacreditável ingressar na academia, mas seus problemas só estavam começando. A palavra-chave é preconceito. Frankie a única menina da história sofre do mesmo mal, já que as mulheres eram proibidas de aprender de verdade, estudavam boas maneiras, bordados, pinturas, etc.
Rohan – um dos melhores amigos de Henry – era filho adotivo de um nobre muito rico, mas mesmo assim era discriminado, pois tinha a pele “mais morena” que o aceitável. Adam era judeu e claro sofria os mesmos preconceitos por assumir sua religião.
Só por esta descrição podemos perceber que a autora aborda de uma forma muito diferente diversas questões como preconceito – de classe social, cor, religião -; o machismo contra as mulheres; a desigualdade social, dentre outras. Mas é tudo colocado de uma forma muito leve e divertida.
A leitura é rápida, a narrativa flui muito bem e me manteve grudada na história. Este é o primeiro volume de uma trilogia e os meninos não são heróis, são calouros em uma escola. Achei isso muito legal, Henry não tem aquelas características dos personagens “sabe tudo”. Claro que eles aprontam de tudo e garantem muitas risadas e alguns momentos emocionantes.
Eu adorei, recomendo a todos, principalmente ao público infanto-juvenil. Leiam!! Depois me contem se gostaram. =]
Sobre a autora: Violet Haberdasher foi o pseudônimo criado pela americana Robyn Schneider, que aos 24 anos vive em Londres e Nova York e já publicou também Bether than Yesterday e Social Climber, ambos na linha teen chick-lit. Site oficial da autora: http://www.robynschneider.com
Sobre a autora: Violet Haberdasher foi o pseudônimo criado pela americana Robyn Schneider, que aos 24 anos vive em Londres e Nova York e já publicou também Bether than Yesterday e Social Climber, ambos na linha teen chick-lit. Site oficial da autora: http://www.robynschneider.com
Trilogia Academia Knightley de Violet Haberdasher
1) Academia Knightley
2) The secret Prince (previsto para junho de 2011 nos EUA).
3) Título ainda não divulgado.
Avaliação (1 a 5):