O morro dos ventos uivantes: O livro preferido de Bella e Edward
>> quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
"Se o amor dela morresse, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue".
BRONTË, Emily. O morro dos ventos uivantes. São Paulo: Leya, 2009. 200 p.
O livro favorito do casal do momento: Bella e Edward! Ahnn? Verdade! O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë ganhou uma nova edição, uma linda capa nova e novos leitores. Muito disso graças às muitas citações do livro na saga Twilight, que trouxe fãs curiosos, que claro...querem ler o que a Bella leu, fazer o que a Bella faz, e quem sabe achar um Edward E um Jacob por aí.
Sinopse: Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy.
O livro já foi adaptado mais de vinte vezes para o cinema, rádio e TV. A versão de William Wyler de 1939, estrelada por Merle Oberon como Cathy e Laurence Olivier como Heathcliff, é considerado um dos grandes clássicos do cinema até os dias de hoje, indicado para sete categorias da mais importante premiação do cinema e vencedora do prêmio por sua fotografia; as versões mais recentes são as de 1992, estrelada por Juliette Binoche e Ralph Fiennes, e uma modernização para os dias de hoje, produzida pela MTV em 2003.
A história é contada em terceira pessoa pela governanta Helen Dean ao Sr. Lockwood, novo inquilino da fazenda Thrush Cross de propriedade de Heathcliff. Ele começa a história contando a infância de Heathcliff, menino pobre e sem origem conhecida, que foi adotado pelo Sr. Earnshaw – pai de Hindley e Catherine. Ambos da mesma idade, Heathcliff e Catherine se tornam amigos inseparáveis, enquanto Hindley tem inveja e ciúme do menino.
Após a morte de seu pai, Hindley - herdeiro do patrimônio - transforma Heathcliff em um trabalhador braçal, impede seu estudo e faz de tudo para afastá-lo de Catherine e aproximá-la dos irmãos Lintons; Edgar e Isabella Linton são de uma família rica e donos da fazenda vizinha. Edgar se apaixona por Catherine e a pede em casamento.
Mesmo amando Heathcliff, Catherine aceita se casar com Edgar apenas pela sua educação e status social. Ao saber desta decisão Heathcliff fica arrasado e vai embora da fazenda. Em meio a uma dor insuportável Catherine se casa com Edgar e começa uma nova vida. Até que Heathcliff retorna a fazenda, agora como um cavalheiro rico e tão desejado como Edgar. Conseguirá Catherine manter os dois homens em sua vida?
Mais do que uma história de amor, esta é uma história de vingança. O livro é triste, sombrio e intenso. Recheado de diálogos fortes, personagens marcantes, egoísmo, crueldade e injustiça. A autora mostra que o amor nem sempre trás o bem, pode levar a loucura, ou quem sabe, até mesmo a morte.
O livro é repleto de declarações de amor lindíssimas, frases inesquecíveis e emocionantes que valem a pena ler, reler e ler novamente:
“Não sei expressar-me; mas, sem dúvida, você e todo mundo têm noção de que há ou deverá haver uma existência para além de nós. Qual seria o sentido de eu ter sido criada, se eu tivesse contida apenas em mim mesma? Os grandes desgostos que tive foram os desgostos de Heathcliff e eu senti cada um deles desde o início: o que me faz viver é ele. Se tudo o mais acabasse e ele permanecesse, eu continuaria a existir; e, se tudo o mais permanecesse e ele fosse aniquilado, eu não me sentiria mais parte do universo.“
"- Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"
“Se olho para essas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a tua imagem! Nos rostos mais vulgares dos homens e mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível testemunha de que um dia ela realmente existiu, e eu a perdi para sempre."
“Se olho para essas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a tua imagem! Nos rostos mais vulgares dos homens e mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível testemunha de que um dia ela realmente existiu, e eu a perdi para sempre."