A última música - Nicholas Sparks

SPARKS, Nicholas. A última música. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2010. 400p. Título original: The last song.

"Porém, perdê-lo parecia ser insuportável. Era ele quem amava, quem sempre amaria, e, quado ele se inclinou para beijá-la, ela se entregou a ele." p. 274

Faz muitos anos que não leio nada do Nicholas Sparks, mas tenho alguns antigos na estante e este finalmente saiu da fila. Um livro que entrou na lista dos mais vendidos no ano de lançamento, confiram o que achei de A última música.

Verônica Miller, conhecida como Ronnie, tem 18 anos e mora em Nova York com a mãe e o irmão mais novo, Jonah, de 12 anos.  Desde que os pais se divorciaram há três anos, ela não tinha visto ou falado com o pai novamente. Se recusar a atender suas ligações, a ler suas cartas ou a tocar piano, algo que faziam juntos desde que ela era muito nova.

E agora ela estava sendo obrigada a passar o verão inteiro na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Seu pai, Steve Miller, era um pianista que amava a profissão. E em meio a inúmeros shows, acabou priorizando a carreira e deixando a família de lado. E agora estava ali, com uma filha que não queria falar com ele, um filho que estava crescendo rápido com ele longe, e com apenas um verão para reconquistar os dois. 

Ressentida e revoltada, Ronnie se recusa a conversar com ele, passa todo o tempo em que está acordada fora do chalé e logo já conhece as piores companhias da cidade. Enquanto isso, Steve ensina a seu filho Jonah a ajudá-lo na reconstrução do vitral da igreja local. Que ficou destruída após um incêndio. 

Ronnie faz amizade com Blaze, uma menina solitária como ela, que anda com os piores sujeitos da praia, e namora com um cara assustador, Marcus. Mas logo ela conhece Will, o garoto lindo e popular da cidade, que se encanta por ela. Eles se aproximam e começam a namorar e Ronnie começa a baixar a guarda. Começa a melhorar seu relacionamento com o pai e a se apaixonar. 

Ela irá viver o verão mais emocionante e mais triste de sua vida, e irá amadurecer muito neste processo.

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Bom, já comentei por aqui várias vezes que eu não leio a sinopse dos livros, então fui surpreendida mais uma vez. Sparks normalmente escreve romances/dramas adultos, eu não esperava encontrar uma história jovem adulto. E eu ando com uma preguiça de livro adolescente, que já adianto, pode prejudicar (ou não kkk) esta avaliação.

Ronnie é daquelas meninas rebeldes sem causa. Seus pais se divorciaram, ela escolheu não falar mais com o pai e odiar o mundo. Foi presa roubando lojas só por diversão, enfim, preguiça da protagonista por mais da metade do livro. No final, claro, ela amadurece, aprende como a  vida pode ser dura e se torna uma pessoa ótima, mas eu tive ranço dela o livro todo hehe. Por outro lado adorei Jonnah, menino fofo, Will é uma gracinha e o pai dela o melhor personagem. 

O enredo flui bem, mas podia ter sido melhor dividido. O livro quase todo é sobre os dramas de Ronnie e o relacionamento dos dois. Aí lá para o final acontece o grande drama da história e tudo muda. E o final achei bem corrido. [ALERTA DE SPOILER] Desconfiei desde sempre que o pai deles estava doente, e ele estava morrendo de câncer. Quando os filhos descobrem o livro fica muito triste, chorei horrores. Ela termina com Will por uma bobagem, ele vai para a faculdade, e ela se recusa a voltar para NY, fica cuidando do pai até o fim. No final ela descobre que a mãe que tinha traído o pai, que por isso ele foi embora, ou seja, ela perdeu três anos com o pai por pura teimosia.  No final ela volta a tocar, se inscreve na Julliard e reencontra Will, eles terminam juntos. [FIM DOS SPOILERS].

Esperava mais da leitura por ser um livro tão elogiado, mas acredito que o público mais jovem vai gostar muito mais .Quem leu me conte se curtiu!

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Avaliação (1 a 5):

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Antes de partir - Charlie Donlea

DONLEA, Charlie. Antes de partir. São Paulo: Editora Faro Editorial, 2023. 224p. Título original: Before I go.

Eu não sou super fã do autor, confesso, mas acabo ficando curiosa e lendo tudo o que ele lança hehe. Este é bem diferente do estilo usual do autor, e ao contrário dos thrillers que ele geralmente escreve, encontramos um romance com um pé no drama. Confiram o que achei de Antes de partir do Charlie Donlea.

Abby Gamble era uma mulher casada com sua alma gêmea, Ben Gamble. Os dois tiveram uma grande perda no passado, mas conseguiram se unir e seguir em frente, depois de um período triste e turbulento.

Até que a vida de Abby é totalmente destruída mais uma vez, quando Ben morre em um trágico acidente de avião. Com o tempo, Abby tenta seguir em frente e continuar vivendo. Se dedica ao trabalho, dona de uma empresa de cosméticos, ela é uma mulher muito bem sucedida. Ao mesmo tempo, tenta lidar com a preocupação dos pais e da irmã mais nova, Maggie, que insiste que a irmã recomece a viver.  

Joel Keaton é um cirurgião geral de sucesso, que vive para o trabalho. Solteiro, sem grandes amizades ou relacionamentos, aproveita seu pouco tempo livre para ficar com o sobrinho, Brian. Joel nunca superou uma tragédia que aconteceu em sua infância, nunca se perdoou e acabou fechando seu coração. 

Quando conhece Abby, se encanta pela mulher linda e misteriosa, e tenta conquistá-la. Mas Abby ainda sente a presença de Ben o tempo todo, e reluta em seguir em frente. Enquanto isso, Ben, desde que o avião caiu, tenta voltar para casa e reencontrar a esposa.

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Muita gente classificaria o livro como um thriller, mas para mim é um romance com muito drama e um toque de suspense. Temos o mistério do que aconteceu com Abby no passado, o passado de Joel e até o que aconteceu realmente com Ben, mas o livro é um romance sobre luto, perda e superação. 

Eu leio, leio vários livros do autor, mas tenho um problema com o estilo dele. Não amo nenhum kkk, mas as tramas prendem e eu curto os enredos. Porém, continuo achando o desenvolvimento dos personagens fracos, a história não emociona, tudo é muito jogado. Aqui, por exemplo, temos várias perdas arrasadoras, e o livro não passa emoção nenhuma. Falta algo para mim.

Apesar disso, gostei muito dos personagens. Torci muito para Abby ser feliz, superar sua dor e seguir em frente. Achei o Joel bem sem sal, gostei mais do fofo do seu sobrinho, Brian. E Ben a gente praticamente não conhece, embora ele tenha narrativa desde que os  problemas começam na pane do avião.

O final traz uma grande reviravolta e um acontecimento que, imagino, nenhum leitor esperava. Realmente surpreende, mas ficou bem aquém do que eu esperava, um toque de sobrenatural no meio de tudo, pessoalmente não curti. [ALERTA DE SPOILER] Ben narra durante todo o livro, tentando sair da "ilha" onde o avião caiu e voltar para Abby. No final Ben está morto, e precisa aceitar sua morte e que Abby vai ser feliz com Joel para seguir em frente. Descobrimos que suas companhias na "ilha" (uma espécie de limbo) era o irmão que Joel perdeu na infância e nunca superou sua morte, e o pai de Joel (que estava vivo em coma no hospital). No final todos seguem em frente para o "céu", e Joel reencontra o filho que teve com Abby, e que morreu com poucos meses de vida. Abby fica com Joel e eles têm uma filha. [FIM DOS SPOILERS]. Bonito e tal, mas é como esperar um thriller do Donlea e encontrar um livro meio Zibia Gasparetto hahaha.

Quem leu me conte se curtiu!

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Morte invisível - Lene Kaaberbøl e Agnete Friis

KAABERBOL, Lene; FRIIS, Agnete. Morte invisível. São Paulo: Editora Arqueiro, 2015. 320p. (Nina Borg, v.2). Título original: Invisible Murder.

Este é o 2º volume da série de suspense Nina Borg, que começou com O menino da mala. O primeiro livro foi muito divulgado no Brasil à época do lançamento, mas não achei tão bom assim quando li. Depois de anos, tive a oportunidade de ler mais um, confiram o que achei de Morte Invisível! 

Esta resenha NÃO contém spoilers sobre o volume anterior, em comum apenas os acontecimentos da vida da protagonista.

Nina Borg é enfermeira, casada com Morten e mãe de dois filhos, Ida, 14 anos, com quem vivem em pé de guerra; e um menino mais novo. Ela é apaixonada pelo marido, mas sofre quando ele viaja a trabalho e a deixa sozinha com os filhos, principalmente Ida, com quem não se dá bem desde que a filha entrou na adolescência. 

Seu trabalho também não ajuda, ela trabalha em uma clínica que cuida de pessoas em situação de abandono, crianças e mulheres, e todo o tipo de caso. Além disso presta serviço para uma organização clandestina conhecida como "A Rede" que atende imigrantes e outras pessoas carentes. O marido a fez prometer não se envolver com isto enquanto ele estivesse fora viajando, mas foi exatamente o que aconteceu.

Chamada por Peter, responsável pela Rede, ela chega a uma oficina abandonada repleta de ciganos húngaros. Ela foi ao lugar, apesar de tentar ao máximo não ajudar, ao saber que uma criança corria risco de vida. Ela encontra várias crianças doentes, provavelmente com alguma virose. Ela não tem certeza do que eles têm, já que os pais se recusam a sair do local para ir até um hospital. 

Em paralelo, conhecemos Sandor, um jovem universitário que se esforça para se formar na faculdade de direito. Sandor é metade cigano, e acaba sendo preso depois que seu irmão cigano, usa seu computador para fazer pesquisas suspeitas e roubar seu passaporte. Logo em seguida ele é humilhado na faculdade e volta para a casa da mãe, na Hungria, à procura do irmão. Ele descobre que Tamás se envolveu em sérios problemas e viaja para a Dinamarca para encontrá-lo.

Quando Nina também adoece, os médicos descobrem que ela teve um contato alto com alguma substância perigosa, e está com envenenamento por radiação. Começa uma corrida contra o tempo para localizar qual o artefato e prender os criminosos. Enquanto várias pessoas correm risco de vida.

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Eu gostei mais deste do que do primeiro volume da série, é menos confuso. Mas ainda acho a narrativa rasa e mal desenvolvida. É um livro fino, que alterna entre vários personagens e acaba deixando algumas pontas soltas no final. Mas o enredo é bom, e prende até o final.

Nina mata de raiva tem hora! Ela se coloca em perigo, descumpre a promessa que fez ao marido de não se meter com a Rede quando ele estivesse fora do país, e acaba ficando a beira da morte, além de colocar os filhos em perigo. Claro que ao voltar, Morten avisa que o casamento terminou, com ela ainda internada. Morri de pena dela ao mesmo tempo, tanto pelo tratamento dele com ela, num momento como este, e também por ela ser apaixonada por ele e ter ficado de coração partido. 

Gostei muito de Sandor e torci por ele, mesmo imaginando que iria dar muita confusão e que era improvável ele sair vivo da situação. O criminoso por trás da compra do elemento radioativo foi uma surpresa, desconfiei da pessoa já bem para o final. E achei o final interessante, mas muito raso. A parte da polícia ser tão incompetente sempre me irrita, fazem todas as perguntas erradas!

[ALERTA DE SPOILERS] O irmão de Sandor morre de envenenamento por radiação, Nina é internada e fica bem, depois de ficar bastante tempo no hospital. Os bandidos precisam de um código que ficou no bolso do casaco de Sandor (quando Nina dá carona para ele e o ajuda com um ferimento, antes de passar mal); então eles sequestram Ida na esperança de localizar Nina e o casaco. E depois a tiram do hospital ameaçando a vida de sua filha. No final Ida é salva pela polícia e Nina e Sandor sobrevivem. Aparentemente, Sandor consegue esconder o dinheiro que seria usado para pagar pelo elemento lá, mas não fala nada dele após ter ido para o hospital. Nina termina sem ter onde morar, com o marido pedindo o divórcio e não fala como ficou sua relação com os filhos. [FIM DOS SPOILERS]

É uma série diferente, mas não fiquei com muida vontade de continuar, os furos da narrativa me incomodam bastante. Quem leu me conte se curtiu.

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Série Nina Borg:

1. O menino da mala (Drengen I kufferten)
2. Morte invisível (Invisible Murder)
3. Death of a nightingale (os demais não lançados no Brasil)
4. The considerate thriller. 

Avaliação (1 a 5):

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Cipreste triste - Agatha Christie

CHRISTIE, Agatha. Cipreste triste. Rio de Janeiro: Editora Editora L&PM Pocket, 2014. 272p. Título original: Sad Cypress.

Chegamos ao 39º livro do Projeto Agatha Christie e a resenha dos livros anteriores, você encontra AQUI. Apesar de ser um livro do querido Hercule Poirot, este tem um estilo diferente dos outros livros protagonizados pelo detetive. E hoje conto para vocês o que achei!

Primeiro ficamos sabendo que aconteceu um crime, uma moça belíssima, de boa índole e querida por todos foi assassinada, Mary Gerrard. Ela era apenas filha de um dos empregados da Sra. Welman. Uma idosa viúva, que após sofrer um AVC ficou acamada e odiava sua invalidez. Seus sobrinhos são possivelmente seus únicos herdeiros, Elinor Carlisle, filha de sua irmã, e Roderick Welman, filho do irmão do falecido marido. 

Mary fora criada bem próxima da Sra. Welman, que gostava muito da moça e pagou pelos seus estudos. Mary era uma criada, mas fora educada como uma lady. Agora, ela cuidava da Sra. Welman e pensava no que iria fazer no futuro.

Quando a Sra. Welman morre, um pouco de repente, apesar do seu estado, ela se encontrava estável, descobrem que ela não havia deixado testamento. Então sua herdeira direta seria Elinor. Que atende ao que pensava ser um dos desejos da tia, e deixa uma boa quantia para Mary. Roderick ficou sem nada, mas ele e Elinor estavam noivos, até que ela percebe que ele se apaixonou por Mary.  

E, claro, quando Mary morre envenenada... somente Elinor tinha o motivo e a oportunidade. Ela é presa e aguarda julgamento. O advogado da família, acreditando na inocência da moça, pede a Hercule Poirot que investigue o caso. 

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Eu adorei a dinâmica desse livro, bem diferente dos anteriores. E mais uma vez, não me canso de falar sobre a versatilidade da Agatha Christie, uma autora de muitas facetas. Fico refletindo sobre o cenário literário atual , enquanto alguns autores de sucesso só escrevem exatamente a mesma coisa sempre, parece que só mudam os personagens (Nora Roberts, Harlan Coben, Dan Brown etc). Neste livro a história já começa com o julgamento de Elinor, presa por assassinato, e depois volta tudo e começa a história do começo.

E tudo aponta para ela! No decorrer da narrativa, você não enxerga outros suspeitos, e principalmente outras oportunidades de terem envenenado a moça. E apesar disso, a narrativa tem um ar meio romanceado, com tantos possíveis romances. Eu tive duas teorias, acertei alguns palpites, mas errei o assassino. Apesar que nesse livro confesso que nem era tão difícil, bobeei mesmo hehe.

Os personagens são bem interessantes. A falecida com uma história misteriosa no passado, Mary que parece ser um anjo... mas que alguém odiava a ponto de matá-la; Elinor uma verdadeira dama, mas com um ódio mortal pela vítima; Roderick, uma alma livre, ou um assassinato por interesse? E claro, temos Poirot, que chega de mansinho e busca por pistas onde ninguém enxergava nada. Adoro a perspicácia do detetive, seus diálogos com as testemunhas são ótimos. 

O final foi um pouco corrido, mas eu gostei muito de acompanhar todo o julgamento e as conclusões finais. [ALERTA DE SPOILERS] Eu desconfiei que Rody havia sim voltado à Inglaterra, mas a hipótese de que ele tinha tentando matar Elinor e matado Mary por engano para herdar o dinheiro dela, não era verdadeira. Eu desconfiei que a enfermeira era a tia de Mary na Austrália, mas não liguei os pontos até falarem no julgamento, de que Mary era a herdeira real da Sra. Welman (filha bastarda dela), então a enfermeira matou as duas para herdar o dinheiro. Essa parte foi onde a história perdeu pontos comigo... porque a enfermeira envenena a idosa para que ela morra sem deixar testamento, e Mary herde tudo. Mas só bem depois da morte da idosa, é que Mary faz o tal testamento deixando tudo para a tia, então perde sentido aqui, porque o herdeiro natural dela seria seu pai. [FIM DOS SPOILERS]. 

Eu me diverti com a leitura e continuo amando ler todos os livros da Agatha Christie, leiam!

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Série Hercule Poirot

1. O Misterioso Caso de Styles (The Mysterious Affair at Styles), 1920
2. Assassinato no campo de Golfe (The Murder onthe Links), 1923
3. Poirot Investiga (Poirot Investigates), 1924
4. O Assassinato de Roger Ackroyd (The Murder of Roger Ackroyd), 1926
5. Os Quatro Grandes (The Big Four), 1927
6. O Mistério do Trem Azul (The Mystery of the Blue Train), 1928
7. Café Preto (Black Coffee), 1930
8. A Casa do Penhasco (Peril at End House), 1932
9. Treze à Mesa (Lord Edgware Dies), 1933
10. Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express), 1934
11. Tragédia em Três Atos (Three Act Tragedy), 1935
12. Morte nas Nuvens (Death in the Clouds), 1935
13. Os Crimes ABC (The A.B.C. Murders), 1936
14. Morte na Mesopotâmia (Murder in Mesopotamia), 1936
15. Cartas na Mesa (Cards on the Table), 1936
16. Assassinato no Beco (Murder in the Mews), 1937
17. Poirot Perde uma Cliente (Dumb Witness/Poirot Loses a Client), 1937
18. Morte no Nilo (Death on the Nile), 1937
19. Encontro com a Morte (Appointment with Death), 1938
20. O Natal de Poirot (Hercule Poirot’s Christmas), 1938
21. The Regatta Mystery and Other Stories, 1939 (Não lançado no Brasil)
22. Cipreste Triste (Sad Cypress), 1940
23. Uma Dose Mortal (One, Two, Buckle My Shoe), 1940
24. Morte na Praia (Evil Under the Sun), 1941
25. Os Cinco Porquinhos (Five Little Pigs), 1942
26. A Mansão Hollow (The Hollow), 1946
27. Os Trabalhos de Hércules (The Labours of Hercules), 1947
28. Testemunha de Acusação e Outras Histórias (The Witness for the Prosecution and Other
29. Stories), 1948
30. Seguindo a Correnteza (Taken at the Flood), 1948
31. Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias (Three Blind Mice and Other Stories), 1950
32. Poirot Sempre Espera e Outras Histórias (The Under Dog and Other Stories), 1951
33. A Morte da Sra. McGinty (Mrs McGuinty’s Dead), 1952
34. Depois do Funeral (After the Funeral), 1953
35. Morte na Rua Hickory (Hickory Dickory Dock), 1955
36. A Extravagância do Morto (Dead Man’s Folly), 1956
37. Um Gato entre os Pombos (Cat Among the Pigeons), 1959
38. A Aventura do Pudim de Natal (The Adventure of the Christmas Pudding), 1960
39. Double Sin and Other Stories, 1961 (Não lançado no Brasil)
40. Os Relógios (The Clocks), 1963
41. A Terceira Moça (Third Girl), 1966
42. A Noite das Bruxas (Hallowe’en Party), 1969
43. Os elefantes não esquecem (Elephants Can Remember), 1972
44. Os Primeiros Casos de Poirot (Poirot’s Early Cases), 1974
45. Cai o Pano (Curtain), 1975

Avaliação (1 a 5):  3.5

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A penetra - Sophie Kinsella

KINSELLA, Sophie. A penetra. Rio de Janeiro: Editora Record, 2023. 336p. Título original: The party crasher.

"Tive exatamente três experiências extracorpóreas na vida.

A primeira foi quando Mimi e papai contaram que estavam se separando. Bum, do nada, sem nenhum motivo, até onde eu saiba.

A segunda foi quando meu pai anunciou que tinha uma namorada nova, chamada Krista, uma executiva de vendas de roupas de ginástica que ele conheceu num bar. 

A terceira está acontecendo agora.

- Você ouviu? - Escuto o tom de voz ansioso de Bean em meu ouvido. - Effie? Eles venderam Greenoaks." p.26

Eu sou fã da Sophie Kinsella desde o início dos anos 2000, quando li o primeiro Becky Bloom, meus favoritos da autora são da série, na maioria. Há muito tempo eu não lia nada dela, e este finalmente saiu da fila. Confiram o que achei de A penetra.

Effie Talbot, 26 anos, não se conforma com o divórcio dos pais. Sua mãe biológica morreu quando ela era muito nova, e ela foi criada pela nova esposa do pai, Mimi. Seus irmãos mais velhos se lembram da mãe, ela sempre teve Mimi como referência maternal. Bean, 33, está sempre cuidando e protegendo os irmãos mais novos. E Gus,31, não opina muito a respeito. 

Effie está com a vida toda desestabilizada, e além de ter que lidar com a nova e realmente, bem mais nova, namorada do pai, também precisa de um novo emprego e de curar seu coração partido. E, agora, a casa onde cresceu e que ama profundamente, foi vendida. Seu pai e Krista, vão dar uma festa de despedida no local, mas aparentemente, seu convite não chegou. 

Effie deu um surto quando viu que a casa seria vendida, e que Krista tinha redecorado a amada cozinha com os armários cheios de desenhos de Mimi. Ela brigou com o pai e foi embora. Depois disso eles não se falaram, e agora, ela não pretende ir a tal festa.

Até que se lembra que suas amadas bonecas russas estão no local, e resolve entrar escondida durante a festa para buscá-las.  No entanto ela acaba ficando em uma situação bem vergonhosa, e escondida, escuta muitas coisas durante o evento. 

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Fico até triste de falar isso, mas achei este livro um porre! Eu custei para engrenar, a leitura não avançava. E embora o final tenha sido bonitinho, nem parecia com a Kinsella.

O pior problema foi a protagonista, Effie. Uma mulher de quase 30 anos nas costas, que fica chorando pelos cantos porque os pais se divorciaram? E não conversa com Mimi, não conversa com o pai, só fica lá odiando tudo e todos. E depois entra escondida na própria casa para pegar umas bonecas e etc. Eu não conseguia achar divertido, só conseguia achar triste essa síndrome de Peter Pan da moça. 

E algumas histórias paralelas, que seriam bem mais interessantes, foram pouco desenvolvidas ou corridas.  Como o namoro de Gus com uma mulher bem insuportável, um relacionamento que ele não conseguia terminar. Tudo o que estava acontecendo na vida pessoal de Bean, e até o término do namoro de Effie com Joe, que haviam sido apaixonados e namorado durante toda a adolescência e início da vida adulta, até que ele termina com ela do nada.  

[ALERTA DE SPOILER] No final Krista não era a golpista ou interesseira que ela achava (zero surpresa), mas o pai acaba terminando o namoro mesmo assim, porque ela escondia as ligações e mensagens dos filhos dele, para não "preocupá-lo". Mimi praticamente não aparece no livro, uma pena. E Joe estava passando por um problema sério no hospital, quase foi demitido, e aí começa a ter crises de ansiedade. Ele não conta nada e termina com ela, ai explica tudo e eles voltam, tipo 5 anos depois...achei bem forçado. [FIM DOS SPOILERS].

O final foi bem fofinho, mas tudo foi tão corrido que não consegui gostar dos personagens. O ponto positivo para mim foi o relacionamento dos três irmãos, muito fofos eles juntos. A explicação de tudo que aconteceu com Joe não me convenceu, achei também muito raso. Enfim, o livro não fluiu para mim e não indico. Os livros antigos da autora são bem melhores.

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Avaliação (1 a 5): 2.5

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Psicose - Robert Bloch

BLOCH, Robert. Psicose. Rio de Janeiro: Editora Darkside Books, 2013. 256p. Título original: Psycho.

"Lila se voltou para encarar a figura gorda, disforme, meio escondida no vestido justo desajeitadamente puxado por cima de outras roupas. Viu o xale como uma mortalha, sombreando a cara branca, pintada, abobada sob ele. Encarou os lábios de um vermelho espalhafatoso, viu-os se abrirem em uma careta convulsiva." p. 219

Psicose ficou conhecido pelo filme homônimo, e pela série de TV, Bates Motel. Eu já conhecia muito da história, mas tinha muita curiosidade em conhecer a obra. Confiram o que achei de Psicose, do americano Robert Bloch.

Mary Crane estava arriscando tudo em busca de seu final feliz. Depois de dirigir um dia inteiro e se perder na estrada a caminho da cidade de seu noivo, ela acaba enxergando um letreiro apagado de um motel na estrada, e resolve parar para passar a noite. O Bates Motel era simples, pequeno, mas tudo o que ela queria era dormir um pouco. E decidir se tinha feito mesmo uma loucura, se seguia em frente ou voltava para casa, a tempo de devolver aquele dinheiro...

O gerente do Motel, Norman Bates, parecia um pouco estranho e solitário, mas fora gentil o suficiente para oferecer um lanche na casa no alto da colina, onde vivia com a mãe, Norma Bates. Norman cuidava de tudo sozinho, e cuidava da mãe que era doente e ficava quase sempre em seu quarto. Ele tinha medo da mãe às vezes, sabia o que ela era capaz de fazer e tentava controlá-la. 

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Acredito que quase todo mundo já conhece a famosa história de Psicose e seus desdobramentos, é até complicado falar sobre o livro sem soltar spoilers. Saber muito sobre a obra e, principalmente, seu final, tirou muito da graça do livro para mim. Mas mesmo assim achei a narrativa excelente e gostei dos desdobramentos finais. 

Publicado originalmente em 1959, Psicose é considerado um clássico da literatura de suspense/terror. O autor se inspirou no caso do assassino Ed Gein, que também inspirou clássicos como O silêncio dos inocentes. Norman Bates, como Gein, era um homem solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora e construiu um santuário para ela. 

A personalidade psicótica de Norman Bates vai se revelando aos poucos, e mesmo não sendo surpreendida pela grande reviravolta da história, algumas cenas são bizarras e assustadoras. O final do livro, diferente da série de TV, também trouxe boas surpresas. A narrativa muda de Bates, para o detetive que está investigando o desaparecimento de Mary. E para a irmã da moça e seu noivo, o ápice final, narrado por ela, foi bem interessante.

É uma leitura indispensável para quem ama clássicos de suspense e terror, eu fico pensando se seria surpreendida se já não conhecesse o final, isso nunca vou saber hehe. Leiam! [ALERTA DE SPOILERS] Para quem só assistiu ao filme ou a série, no final da história, Lila e Sam (irmã e noivo de Mary) descobrem a verdade quando Norman, vestido e maquiado como a mãe, tenta matá-la. Ele é internado em um hospício e o pântano onde ele jogou o corpo de Mary e do detetive é drenado, em busca de mais corpos. Descobrem também que mais novo, ele envenenou a mãe e seu companheiro, arrependido, ele desenterra o corpo e o mantém na casa, como se ela estivesse viva, conversando e cuidando dela. No final, o autor usa da distorção de personalidade para explicar parte da psicopatia, Norma Bates era a personalidade dominante no corpo do filho, e assume o controle no quarto do hospital. [ FIM DO SPOILER]

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Avaliação (1 a 5):

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