Um estudo em vermelho - Arthur Conan Doyle

>>  quarta-feira, 28 de julho de 2021

 


DOYLE. Arthur Conan. Um estudo em vermelho. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2013. 192 páginas. Título original: A study in scarlet.

Todo mundo já ouviu falar, pelo menos uma vez, em Arthur Conan Doyle, certo? Se não ouviu o nome do autor, com certeza pelo menos o de seu personagem mais famoso, Sherlock Holmes, você já deve ter lido ou assistido alguma adaptação. Acertei? Pois é, eu também só tinha visto adaptações sobre o personagem até hoje e, claro, já tinha ouvido falar do autor, em consequência do personagem, mas ler que é bom, ainda não tinha tido oportunidade. Mas é isso que me encanta nos grupos que participo, nas leituras coletivas, a oportunidade de conhecer personagens e autores que não conheço e também finalmente ter a oportunidade de ler aqueles que quero há tempos, mas ainda não pude.  Agora, vamos saber mais sobre Um estudo em vermelho? Então, bora lá!


John Watson é um médico, ex-combatente de guerra que, ferido em combate, é obrigado a retornar à Inglaterra para se recuperar. Ao chegar a Londres, é apresentado por um amigo a um homem excêntrico que gosta de estudar anatomia e entende um bocado de química. Este homem está procurando alguém com quem dividir os gastos de um apartamento e Watson parece o companheiro perfeito. Que homem é esse? Sherlock Holmes!

Watson descobre que Sherlock é ótimo na arte da dedução e expert em investigar casos que ninguém consegue desvendar e, logo nos primeiros dias morando juntos já tem o contato com um primeiro caso. Dois conhecidos de Sherlock estão investigando um crime, contudo, não conseguem desvendar o mistério que ronda a morte da pessoa e precisam que ele os ajude a desvendar o caso.

Sherlock, então, diz a Watson que se trata de um Estudo em vermelho, que seria: "O fio escarlate do assassinato confunde-se à meada incolor da vida; nosso dever é desemanhará-lo, isolá-lo e expô-lo de uma ponta à outra".

E assim nos é apresentado o primeiro caso de Sherlock Holmes. O primeiro de muitos ao lado de seu fiel ajudante, John Watson!

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Achei muito legal a experiência de começar logo pela primeira história, pela estreia de Sherlock Holmes.

A história foi originalmente publicada em 1887 e é narrada em primeira pessoa por Watson.

O livro é dividido em duas partes: A primeira envolve o assassinato, a investigação e a descoberta do assassino. Já a segunda, traz ao leitor a história do assassino e o que o teria motivado a cometer o crime e, em seguida a conclusão da história.

O que eu gostei do livro é que é de leitura muito rápida e empolgante (pelo menos na parte um). Tanto que em um dia já tinha chegado à parte dois.

Contudo, a parte dois dá uma quebrada no clima, justamente por mudar o rumo da narrativa ao contar a história do assassino. Confesso que demorei um pouco a entender o que aquela história estava fazendo ali no meio do livro, até entender o que estava acontecendo. Achei um pouco cansativa essa parte, mas bem de leve.

Outra coisa que sempre me incomoda é a parte da conclusão. Já li vários livros escritos mais ou menos na mesma época que esse e que trazem a conclusão no final. Não sei se é porque sempre me remete a trabalho escolar, mas sempre acho chatinha e frustrante a conclusão. Seria mais fácil fazer um último capitulo encerrando tudo e pronto!

Além disso, não curto muito que o investigador fique narrando o que fez para chegar à conclusão. Acho que já dá amostras suficientes ao longo da história de toda sua inteligência, conhecimento e domínio das técnicas de dedução (e que domínio! ele dá um show!), enquanto investiga, então acho desnecessário "matar a cobra e mostrar o pau", por assim dizer.

Apesar disso, como eu disse, é uma história na maior parte do tempo empolgante e rápida, vale a leitura!

Para quem não conhece as aventuras de Sherlock Holmes, começar por este é uma ótima pedida, sobretudo por ser a primeira aparição do personagem. Além disso é um dos precursores dos livros de literatura policial, então é simples e fácil de ler. Sem toda aquela mirabolância que estamos acostumados na literatura policial atual. (Basta pensar que o livro foi escrito no Século XIX! Não dá para pedir muito, né?)

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