A ilha do tesouro - Robert Louis Stevenson
>> quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
STEVENSON, Robert Louis. A ilha do tesouro. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2020. 271 p. Título original: Treasure Island.
Há muitos anos tenho curiosidade de conhecer esta história, sobretudo após ter parado para pensar um dia que eu não conhecia muito de histórias de piratas e tesouros perdidos. A ilha do tesouro não é um livro recente, mas, por incrível que pareça, não tinha surgido ainda a oportunidade de ler. Isso até o final de 2020, quando a Editora Zahar, que, para que não sabe, é hoje um selo da Editora Companhia das Letras, deu aos parceiros a oportunidade de solicitá-lo. A Ilha do tesouro foi minha primeira leitura de 2021, e conto agora para vocês se, graças a essa leitura, comecei meu ano literário com o pé direito, ou não.
O menino Jim Hawkins e seus pais vivem em uma pequenina cidade e possuem uma estalagem chamada Almirante Benbow. Um belo dia, um cara chamado Billy Bones, que se diz "capitão", decide se hospedar na estalagem, sobretudo por ser pouco frequentada. Ele é um cara velho, doente e com medo de que outras pessoas do mundo do mar o encontrem, principalmente antigos colegas de navio. Antes de falecer, ele revela a Jim que, no grande e misterioso baú que está em seu quarto, há coisas que outros piratas adorariam encontrar, e eles de fato aparecem à procura do baú. Contudo, o esperto Jim procura o médico da cidade, o Senhor Livesey, e pede-lhe ajuda para se livrar dos piratas, mostrando-lhe um documento que encontrou no baú do finado capitão. Para o espanto do médico, e do senhor Trelawney, o denominado squire da cidade, o documento encontrado por Jim nada mais é do que um mapa do tesouro!
O senhor Trelawney, um sujeito abastado, decide então "investir" em uma viagem para a tal ilha para que pudessem procurar o suposto tesouro. Para isso, ele reune uma equipe, contrata um capitão, leva o médico e, claro, o jovem Jim, que tinha sido responsável por encontrar o mapa.
E, assim, eles saem em uma longa jornada rumo à ilha do tesouro. O que vão encontrar no caminho, os perigos, as traições e situações que terão que enfrentar, vocês descobrirão lendo o livro!
Sim, caros leitores. Iniciei o ano de 2021 com o pé direito!
A forma como a história é narrada é muito instigante, de modo que eu não conseguia parar de ler. Quando dei por mim, havia lido o livro todo em dois dias! A maior parte da narrativa é em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Jim já na fase adulta, como se ele tivesse sido incentivado a contar sua aventura para o mundo.
Os personagens são muito divertidos e perigosos na medida certa, mas o meu destaque vai para o pirata Long John Silver. Ele sim é o verdadeiro retrato de um pirata, embora, com seu jeitão escorregadio, tenha conseguido enganar alguns personagens ao longo da história. Ele é muito esperto e, acima de tudo, tem um instinto de sobrevivência melhor que o de qualquer pessoa!
Em algumas cenas eu fiquei só um pouquinho incomodada, pois a situação se resolvia, por vezes, de um jeito que eu pensava: "Ah, mas assim tá muito fácil!". Porém, no geral eu fiquei muito agoniada e ansiosa para que tudo terminasse bem.
Outro detalhe que acho importante destacar é que o livro é uma verdadeira aula sobre como ser um marinheiro, rs. Saí da história sabendo tudo (ou quase tudo) sobre mastros, cúter, cambado, escaleres, leme, etc. Há tantos termos navais e marítimos que, não fossem as notas de rodapé existentes nesta edição da Zahar, eu teria perdido muito tempo pesquisando, o que pra mim atrapalha bastante a leitura. Logo, as notas de rodapé, sem dúvida, foram um auxílio e tanto!
Falando um pouco mais sobre a edição, ela é ilustrada e comentada, o que já é um show à parte para os olhos antes mesmo de o leitor iniciar a leitura, contribuindo muito para a imaginação! Sempre curti muito edições ilustradas, e as da Zahar são um espetáculo.
Há muitos anos tenho curiosidade de conhecer esta história, sobretudo após ter parado para pensar um dia que eu não conhecia muito de histórias de piratas e tesouros perdidos. A ilha do tesouro não é um livro recente, mas, por incrível que pareça, não tinha surgido ainda a oportunidade de ler. Isso até o final de 2020, quando a Editora Zahar, que, para que não sabe, é hoje um selo da Editora Companhia das Letras, deu aos parceiros a oportunidade de solicitá-lo. A Ilha do tesouro foi minha primeira leitura de 2021, e conto agora para vocês se, graças a essa leitura, comecei meu ano literário com o pé direito, ou não.
O menino Jim Hawkins e seus pais vivem em uma pequenina cidade e possuem uma estalagem chamada Almirante Benbow. Um belo dia, um cara chamado Billy Bones, que se diz "capitão", decide se hospedar na estalagem, sobretudo por ser pouco frequentada. Ele é um cara velho, doente e com medo de que outras pessoas do mundo do mar o encontrem, principalmente antigos colegas de navio. Antes de falecer, ele revela a Jim que, no grande e misterioso baú que está em seu quarto, há coisas que outros piratas adorariam encontrar, e eles de fato aparecem à procura do baú. Contudo, o esperto Jim procura o médico da cidade, o Senhor Livesey, e pede-lhe ajuda para se livrar dos piratas, mostrando-lhe um documento que encontrou no baú do finado capitão. Para o espanto do médico, e do senhor Trelawney, o denominado squire da cidade, o documento encontrado por Jim nada mais é do que um mapa do tesouro!
O senhor Trelawney, um sujeito abastado, decide então "investir" em uma viagem para a tal ilha para que pudessem procurar o suposto tesouro. Para isso, ele reune uma equipe, contrata um capitão, leva o médico e, claro, o jovem Jim, que tinha sido responsável por encontrar o mapa.
E, assim, eles saem em uma longa jornada rumo à ilha do tesouro. O que vão encontrar no caminho, os perigos, as traições e situações que terão que enfrentar, vocês descobrirão lendo o livro!
Sim, caros leitores. Iniciei o ano de 2021 com o pé direito!
A forma como a história é narrada é muito instigante, de modo que eu não conseguia parar de ler. Quando dei por mim, havia lido o livro todo em dois dias! A maior parte da narrativa é em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Jim já na fase adulta, como se ele tivesse sido incentivado a contar sua aventura para o mundo.
Os personagens são muito divertidos e perigosos na medida certa, mas o meu destaque vai para o pirata Long John Silver. Ele sim é o verdadeiro retrato de um pirata, embora, com seu jeitão escorregadio, tenha conseguido enganar alguns personagens ao longo da história. Ele é muito esperto e, acima de tudo, tem um instinto de sobrevivência melhor que o de qualquer pessoa!
Em algumas cenas eu fiquei só um pouquinho incomodada, pois a situação se resolvia, por vezes, de um jeito que eu pensava: "Ah, mas assim tá muito fácil!". Porém, no geral eu fiquei muito agoniada e ansiosa para que tudo terminasse bem.
Outro detalhe que acho importante destacar é que o livro é uma verdadeira aula sobre como ser um marinheiro, rs. Saí da história sabendo tudo (ou quase tudo) sobre mastros, cúter, cambado, escaleres, leme, etc. Há tantos termos navais e marítimos que, não fossem as notas de rodapé existentes nesta edição da Zahar, eu teria perdido muito tempo pesquisando, o que pra mim atrapalha bastante a leitura. Logo, as notas de rodapé, sem dúvida, foram um auxílio e tanto!
Falando um pouco mais sobre a edição, ela é ilustrada e comentada, o que já é um show à parte para os olhos antes mesmo de o leitor iniciar a leitura, contribuindo muito para a imaginação! Sempre curti muito edições ilustradas, e as da Zahar são um espetáculo.
Se você é assinante do Disney +, logo após concluir a leitura também assista à adaptação desta história, que está disponível no streaming. O filme é bem antigo, de 1950, e na minha opinião há muita precariedade na atuação dos atores e nas cenas. Contudo, a essência do livro está praticamente toda lá, exceto em relação ao final, cuja alteração é totalmente compreensível em se tratando de uma mídia completamente diferente de um livro. Mesmo assim, para quem leu o livro, é bem frustrante. Em todo caso, vale assistir a título de curiosidade!
Indico para todo mundo que curte histórias de aventura, uma leitura deliciosa e fluida, e para quem tem curiosidade de ler algo de Robert Louis Stevenson. Para quem não o conhece (ou tem a impressão de que já ouviu esse nome em algum lugar, mas não sabe onde), ele também é autor de O médico e o monstro, uma história com pegada totalmente adulta, mais psicológica, que não lembra em nada o que você vai encontrar em A ilha do tesouro.
Só não sei se indicaria para crianças, pois, apesar de ser classificado como infanto-juvenil e de ser indicado como leitura escolar, acredito que há uma certa violência na história que deva ser evitada para crianças. No mais, tá liberado e boa leitura! :)
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