Amor(es) verdadeiro(s) - Taylor Jenkins Reid

>>  quarta-feira, 13 de maio de 2020

REID, Taylor Jenkins. Amor(es) verdadeiro(s). São Paulo: Editora Paralela, 2020. 353 p. Título original: One true loves. 


Desde o primeiro livro que li de Taylor Jenkins Reid, Daisy Jones & The Six, me encantei por sua escrita e ansiei pelo lançamento de novos livros. Depois que li Os sete maridos de Evelyn Hugo essa ânsia só se fez aumentar. Assim, quando vi que a Editora Paralela havia disponibilizado o e-book de Amor(es) verdadeiro(s), fiquei mordida de curiosidade e muito feliz de poder conhecer mais uma história escrita pela autora. Agora só me restava saber se o livro entraria para a lista de 100% de livros da autora lidos e amados, ou se seria uma exceção à regra. Bora descobrir?

Emma Blair, Sam Temper e Jesse Lerner tiveram seus caminhos cruzados ainda na adolescência, quando o que Emma mais queria na vida era ficar adulta para deixar a cidade de Acton, onde vivia, e se livrar de ter que trabalhar na livraria dos pais e da irmã mais velha, Marie, a certinha que só namorava caras perfeitinhos.

Emma conheceu Sam na livraria, quando ele se candidatou a funcionário e foi imediatamente admitido, ainda que os pais de Emma não estivessem precisando de funcionários. O típico adolescente bonzinho, estudioso e que ainda tocava pelo menos seis instrumentos. Emma, contudo, não queria se interessar por Sam, sobretudo porque sua irmã Marie o achava um fofo, e tudo que ela menos queria era achar fofo aquilo que a irmã também achava. Sam e Emma eram apenas amigos.

Já Jesse, apesar de estudar na mesma escola que Emma, não tinha sido notado por ela até um belo dia em que ela acompanhou a irmã até um treino da equipe de natação da escola e, ao final, de repente percebeu a existência daquele garoto lindo à beira da piscina. Logo eles se apaixonaram.

Com o passar do tempo, Sam seguiu seu rumo fora da cidade, ao passo que Emma e Jesse seguiram juntos uma vida totalmente diferente do que os pais de ambos queriam, indo viver na Califórnia.

Tudo ia maravilhosamente bem para o casal até que, durante uma viagem sem Emma, o helicóptero em que Jesse estava sobrevoando o Oceano Pacífico cai e ele é dado como morto após alguns dias de busca.

Emma então vê sua vida de repente desmoronar e virar do avesso. Ela precisa seguir em frente, mas não quer, precisa voltar a amar, mas não consegue esquecer Jesse e sente que nunca mais poderá ser a mesma pessoa de novo.

Mas, após voltar para a casa dos pais em Acton, ela começa a perceber que, talvez, apesar de toda a dor que sente, possa sim seguir em frente, ainda que seja um caminho completamente diferente do que tinha planejado junto de Jesse. Numa tarde, após reencontrar Sam em uma loja de instrumentos, ela começa a acreditar haver a possibilidade de que haja uma mudança também em relação ao amor. Jesse, sem dúvida, ia querer que ela fosse feliz, não é?

O que ela não esperava era que uma pessoa dada como morta não necessariamente está morta, e que a pessoa pode “ressurgir das cinzas” para mudar todo o eixo da vida novamente.

  
                           É difícil amar depois de ter o coração partido. É doloroso e nos força a sermos totalmente sinceros sobre quem somos. Precisamos nos esforçar mais do que nunca para encontrar as palavras para expressar nossos sentimentos, porque eles não cabem mais em nenhuma medida pré-fabricada.
Mas vale a pena.
Porque existe um prêmio por isso:
Grandes amores.
Amores com significado.
                  Amores verdadeiros”. p.346 


Apesar de os livros da autora não seguirem um padrão de escrita como vemos, por exemplo, em outros autores do estilo, uma coisa é certa, você vai ser engolido pela história de uma forma que não vai querer sair enquanto não terminar a leitura.

O contexto de escrita do livro é bem interessante. Ao voltar a Acton (sim, a cidade existe!), sua cidade natal, para o enterro da avó,  a autora percebeu o quanto ama o lugar de onde veio,  e então decidiu torná-lo cenário da história. E o cenário é muito bem construído! Fiquei encantada com a cidade de Acton e com a Livraria Blair – que eu com certeza frequentaria se tivesse a oportunidade (fiquei me perguntando se ela também existe de verdade, rs).

As referências a músicas e artistas conhecidos, como Charlie Mingus,  artista de Jazz, assim como referências literárias, como o livro Mulherzinhas, são de aquecer o coração de amantes tanto da literatura quanto de música. Só o fato de ter uma livraria como um dos cenários da história já é um fator a mais para se apaixonar pelo livro.

Adorei os pais de Emma, que são tão sabidos e legais que acho que são pais que todos gostariam de ter. Não necessariamente cheguei a odiar Marie. Eu tenho uma irmã mais nova e era acostumada a achar que não tínhamos muita ligação uma com a outra até eu sair de casa e ter a minha própria. Logo, não posso julgá-las pelos arranca-rabos, tampouco por descobrirem apenas depois de adultas que tudo o que as separava na juventude não passava de bobagem.

Até mesmo aos gatos de Emma e Sam eu me apeguei. Tem como não amar dois gatos (um cinza e outro tipo Garfield) com os nomes de Mozart e Homero? Impossível!

Já em relação a Jesse e Sam, a história foi outra. Desde a primeira vez que Sam apareceu na história, eu tive a certeza absoluta de que torceria por ele. Não sei explicar o motivo, tampouco se alguém que leu teve a mesma sensação que eu, mas o fato é que do início ao fim do livro eu fui #teamSam.

Não quero dizer com isso que eu não gostei de Jesse. De forma alguma. Não é o caso de um marido que foi ruim para a esposa, ou que não tivesse caráter, ou alguma característica que me fizesse desprezar o personagem. Pelo contrário! Jesse é visivelmente apaixonado por Emma, os dois se dão muito bem, aparentemente feitos um para o outro. E, além disso, ele não teve a menor culpa do que aconteceu e que os separou. É só que, sei lá, Sam me conquistou um tantinho mais.

E assim fiquei aflita a história toda, tanto por Emma, quanto por Sam, e, claro, um pouquinho por Jesse também. Só queria devorar cada vez mais rápido as páginas para saber logo como resolveriam uma situação em que, tenho certeza, nenhum de nós gostaria de estar.

E o final, caro amigo leitor, me trouxe a certeza do motivo pelo qual gosto tanto dos livros de Taylor Jenkins Reid. Sou capaz de afirmar, agora com mais certeza do que nunca, que ela é sim minha autora favorita atualmente. Mas peço que me perdoem por não entrar em maiores detalhes sobre o final, é que pode ser que eu cometa algum deslize e é melhor não estragar a leitura de vocês! Apenas posso dizer que deixa uma mensagem bem reflexiva sobre o que consideramos amor verdadeiro, se só podemos amar uma pessoa, uma vez na vida. E de que forma amamos as pessoas.
  
Indico para todos os tipos de leitores! Leiam também os outros livros da autora resenhados aqui no blog!

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