Ruína e ascensão - Leigh Bardugo

>>  sexta-feira, 17 de abril de 2020

BARDUGO, Leigh. Ruína e ascensão. São Paulo: Editora Gutenberg, 2015. 344p. (Trilogia Grisha, v.3). Título original: Ruin and rising.

“Eles queriam uma rainha Grisha. Maly queria uma rainha plebeia. E o que eu queria? Paz para Ravka. Uma chance de dormir tranquila na minha cama sem medo. E o fim da culpa e do pavor com o qual acordava a cada manhã. Havia vontades antigas também, ser amada pelo que eu era, não pelo que eu poderia ser, repousar em um prado com os braços de um garoto ao meu redor e assistir ao vento mover as nuvens. Mas aqueles sonhos pertenciam a uma garota, não à Conjuradora do Sol, não a uma Santa. ”

Depois de Sombra e ossos e Sol e tormenta a trilogia Grisha chega ao fim com Ruína e ascensão da Leigh Bardugo.

Breve resumo dos livros anteriores:

Em um mundo assolado pelas guerras, o rei tenta combater o mau com seus dois exércitos. O primeiro formado por soldados, o segundo por Grishas. Os Grishas eram poderosos e temidos, assustadores para as pessoas normais, considerados magos perigosos pela maioria da população. Os Grishas eram divididos em Corporalki (Sangradores e Curandeiros), Etherealki (os conjuradores) e Materialki (os fabricadores). Eles lutam para vencer os Volcras (um dementador que come gente rs)  e a escuridão crescente da dobra das sombras.

Alina Starkov e Malyen Oretsev cresceram juntos em um orfanato e eram inseparáveis. Ele se tornou um grande rastreador, ela era apenas uma garota comum, até que seu dom foi revelado, Alina era uma Conjuradora do Sol, a única existente. E por isso, era a Grisha mais importante. Ela começa a fazer parte da elite mágica liderada pelo temível Darking.

Contém spoilers se você não leu os livros anteriores!

Depois da terrível batalha contra o Darking e a morte de tanta gente, Alina, Maly e os poucos Grishas que restaram do lado deles, estão foragidos e escondidos no subterrâneo. Eles estão sob a proteção fanática do Apparat e os seguidores da Santa Alina. Eles a veneram como uma Santa, tatuam a marca do sol, rezam pela sua saúde. Alina está fraca, seu poder se foi, ela passa os dias confinada sem conseguir se recuperar.

Ela precisa de um plano para sair dali o mais rápido possível e ir para a superfície, ela acredita que só o sol poderá recuperar suas forças. Nikolai está desaparecido, ninguém sabe se ele sobreviveu e se a rebelião persiste, o príncipe é a única chance de um reino unido, caso consigam vencer o Darking e seu exército.

A única chance de Alina é encontrar o pássaro de fogo, o último dos três amplificadores de Morozova. Ela precisa dele para ficar mais forte, e ter alguma chance na batalha.

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Eu adorei os dois primeiros livros! É um mundo fantástico interessante e uma aventura que prende do início ao fim. A autora não poupa seus personagens, e depois do livro 2, eu li ansiosa me perguntando se sobraria alguém vivo no final. E, apesar de ter gostado de ter terminado a trilogia e do final de alguns personagens, o final irritou demais!!

Eu esperava tão mais! Leigh Bardugo já tem fama de estragar seus personagens no final, mas esse aqui provou o argumento, foi muito mal pensado!! E foi um livro curto demais para tanta coisa que faltava acontecer, eu esperava mais umas 100 páginas tranquilamente.

Os personagens são tão bons!! Nikolai com todo seu carisma encantador, o Darking com sua alma negra sofrida e solitária. David, Zoya, Genya, Baghra, Tamar, Tolya e tantos outros coadjuvantes ótimos. Maly, que irritou demais no início, mas mesmo assim não consegui deixar de gostar dele, nem de torcer por um final feliz  entre ele e Alina. E Alina, a protagonista. Alina tinha carisma, tinha minha simpatia. Mas eu esperava tão mais dela. Esperava uma evolução, um amadurecimento e isso não veio. Ela passou os três livros indo para onde o vento a levasse, e terminou da mesma forma. Me irritei muito por ela nunca se decidir por nada! Odiava o Darking, mas era atraída e seduzida por ele, não amava Nikolai, mas aceitava ter que se casar com ele. Amava Maly, mas acreditava que eles não poderiam ficar juntos. Ela era poderosa por causa da sua luz, e só.  

Quando cheguei na página 300 eu sabia que o final deixaria a desejar. Faltava muito para acontecer, a batalha final nem tinha começado ainda e só tínhamos 44 páginas pela frente. E foi sofrido, foi pior do que eu imaginei.  Nem preciso dizer que ficou corrido, que os personagens foram largados ao vento, não é?

Nem vou reclamar do final dos dois, eu gostava deles, torci por eles, eu sempre prefiro um final feliz do que uma tragédia nesses livros. Mas o que não me conformo, foi com o final do Darking. O cara era foda!! Era tipo um Voldemort em sua melhor forma com um exército de bruxos inteiro. E aí em minutos, aquela faquinha de araque e fim? Faça-me o favor! Não dá para comprar essa ideia! O final da batalha foi um balde de água fria. Merecia também um epílogo, pelo menos para Nikolai ter algum destaque e falar sobre os outros coadjuvantes que sobreviveram.

Enfim, eu gostei da trilogia como um todo, não é uma leitura que eu dispensaria, apesar dos pesares. Mas o final realmente, da vontade de sentar e reescrever rs. Quem leu me conte o que achou!

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Trilogia Grisha da Leigh Bardugo
  1. Sombra e ossos (Shadow and bone)
  2. Sol e tormenta (Siege and storm)
  3. Ruína e ascensão (Ruin and rising).
Avaliação (1 a 5):

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