Viagem Literária: Stranger things: Cidade nas trevas

CHRISTOPHER, Adam. Stranger Things: Cidade nas trevas. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2020. 384p. Título original: Stranger things: Darkness on the Edge of Town.

Acredito que ninguém tenha me perguntado, até o momento, qual meu personagem favorito da série Stranger Things. Se tivesse perguntado, teria se surpreendido ao me ouvir dizer que, apesar de gostar muito das crianças (agora não tão crianças assim), meu favorito é sem dúvida Jimmy Hopper. Assim, quando a segunda história oficial Stranger Things foi lançada e percebi que seria sobre Hopper, fiquei louca para conferir logo como seria. Agora conto para vocês o que achei!

Dezembro de 1984. É natal em Hawkings, e Hopper e sua filha adotiva, Eleven, estão presos em casa em razão de uma nevasca que está atrapalhando o ir e vir dos moradores. Os outros garotos estão visitando parentes fora da cidade e não estão respondendo no Walkie Talkie que deram a ela de presente de natal. Eleven não está interessada no presente que ganhou de Hopper. Assim, o tédio está tomando conta dela. Então, ela decide revirar a casa em busca de distração, até que encontra uma caixa que chama muito sua atenção, e decide mostrar a Hopper.

Hopper, por sua vez, está pensando em seu passado distante, que nem parece mais real. Até que dá de cara com a caixa “desenterrada” por sua filha adotiva e esse passado tão distante volta com força total e fica ali, bem em sua frente.

Eleven quer saber do que se trata, Hopper que fugir de contar. Mas a neve não deixa e Eleven pode ser bastante insistente. E é assim que Hopper desenterra seu passado e passa a contar sobre a época em que deixou Hawkings para ser um policial em Nova York.

Julho de 1977. Jimmy Hopper sabia que seu trabalho como detetive na divisão de homicídios não seria fácil. Só não esperava ter que lidar com uma série de assassinatos misteriosos que ele e sua parceira Rosario Delgado tentariam desvendar, ainda que sem autorização das autoridades. De repente, Hopper se veria envolvido com uma perigosa gangue da cidade para investigar as intenções de seu chefe e descobrir se haveria ou não relação com os misteriosos assassinatos. Prestes a desvendar o mistério, Nova York sofre um blecaute e Hopper se vê totalmente em uma escuridão que afetaria sua vida de forma irreversível.

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Você deve estar se perguntando se este livro está ligado ao primeiro, Raízes do mal. A resposta é não. São totalmente independentes. A começar pela autoria, que é diferente, assim como a história, que é relativa a um personagem diferente, em uma época diferente.

No início, fiquei com receio de não curtir tanto, já que não tinha curtido tanto assim o primeiro livro.

Contudo, esse receio durou poucas páginas. A história não demorou a ficar envolvente, intrigante, e eu devorei em busca de mais e mais.

Minha imaginação voou longe e fiquei ansiosa para ver se o que eu estava cogitando/especulando aconteceria. É claro que, de certa forma, a primeira coisa que o leitor sabe é que tudo termina bem, na medida do possível,pelo menos para Hopper, já que ele está, anos depois do ocorrido, contando a história para Eleven. O que nos resta saber é o que aconteceu de fato e em que medida isso afetou o policial mais querido de Hawkings.

Adorei a parceira de Hopper, Rosario, super durona e botando os machões/machistas em seus devidos lugares.

Hopper ganhou ainda mais meu coração, e foi inevitável ler o livro ouvindo, lá no fundo do meu cérebro, a voz do ator/dublador falando por ele.

Eleven é um personagem secundário desta vez, mais ouvindo e apoiando do que agindo. De qualquer modo, segue um amor de menina.

O desfecho é bem legal, apesar de eu ter achado menos UAU do que esperava, o que não torna a história menos maravilhosa do que veio sendo ao longo da leitura.

Agora, só nos resta aguardar pelo próximo volume da série!

Enquanto isso, tendo em vista a pandemia de Coronavírus que vem nos confinando, não se esqueçam: fiquem em casa e, enquanto esperam, leiam este livro!

Série Stranger Things: