Os sete maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid
>> quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
REID, Taylor Jenkins. Os sete maridos de Evelyn Hugo. São Paulo: Editora Paralela, 2019.
354 p. Título original: The seven husbands of Evelyn Hugo.
Meu
primeiro contato com a escrita de Taylor Jenkins Reid não foi a muito tempo.
Vocês ainda devem estar lembrados da resenha que fiz de Daisy Jones and The Six
(aquele da banda fictícia mais real do mundo!). Ainda está fresquinho na minha
memória o sentimento maravilhoso que o livro me causou, o impacto. A paixão
pela história veio de forma irreversível e eu fiquei com aquela sensação de
quero mais. Me apaixonei tanto que até hoje me pego me perguntando se não
existe mesmo alguma música da banda perdida pela internet (é, não tem mesmo).
Eu sabia, já naquela época, que havia um outro livro da autora que estava
causando burburinho. Um tal de Os sete maridos de Evelyn Hugo. Mas, por ter
sido lançado pela Tag inéditos, que não sou assinante infelizmente, imaginei
que jamais fosse conseguir conhecer a história de minha xará. Mas, graças à
Editora Paralela essa realidade mudou e, agora divido com vocês minhas
impressões sobre Evelyn Hugo e seus sete maridos. Divirtam-se!
Monique
Grant é uma repórter da grande revista Vivant
e trabalha escrevendo matérias não tão grandiosas ou marcantes como gostaria.
Além do trabalho não tão motivador, o casamento de Monique está indo por água
abaixo e ela não sabe de quem é a culpa, sua ou do marido, David, pelo que está
acontecendo com o relacionamento. Aos 35 anos, Monique está vivendo um momento
não muito favorável na vida pessoal e profissional. Até que uma oportunidade de
escrever uma grande matéria aparece e pode mudar para sempre a vida da
repórter.
O
contato para a reportagem foi feito pela assessoria de uma grande estrela de
Hollywood, Evelyn Hugo que, hoje em dia, já aposentada e reclusa, no auge de
seus quase 80 anos, decide, finalmente, conceder uma entrevista à revista. Mas
com uma condição: que a repórter a fazer a reportagem seja Monique Grant.
Monique,
então, vai à casa de Evelyn Hugo intrigada com a súbita proposta para a entrevista.
O que Monique não esperava é que a famosa atriz está disposta a conceder muito
mais do que uma simples entrevista, não à revista, mas a ela, Monique. Está
disposta a revelar sua história de vida e carreira de uma forma que finalmente
contará ao Mundo quem é Evelyn Hugo e a razão de seus sete casamentos, bem como poderá
alavancar de vez por todas a carreira de Monique. Os motivos que levam Evelyn a
fazer isso, bem, vocês terão que ler para descobrir.
~~~~~~~
Ai,
gente, que história!
A
narrativa é feita da seguinte forma: Monique narra partes da história, sendo
que, no inicio, Monique narra sobre sua vida, seu trabalho, até que ela conhece
Evelyn e esta também passa a narrar a história contando sobre sua vida, sua
carreira e seus sete casamentos, que são contados em partes, cada título com um
adjetivo para o marido da vez.
Há,
ainda, de tempos em tempos, capítulos que são, na verdade, reportagens
publicadas por revistas de fofoca na época do auge (e depois declínio) da
carreira de Evelyn, sempre especulando sobre a vida amorosa e pessoal da atriz.
Ao
contar a razão dos sete casamentos, tanto os fãs, pessoal da mídia quanto o
leitor é levado a compreender por que a atriz tomou tantas vezes a atitude de
se casar. Nem todas foram por um motivo louvável, mas também somos levados a
entender ainda mais (do que sempre vimos na mídia que tenta, do seu jeito,
esconder como as coisas funcionam) sobre o mecanismo complexo e arrebatador (e
porque não selvagem) de Hollywood.
Depois
de ler a história não consigo assistir a um filme ou série sem ficar pensando
nos bastidores, no que os atores e atrizes foram capazes de fazer para chegar
onde estão, o que tiveram que passar. Ao mesmo tempo em que a pessoa está sendo
idolatrada ela pode ser jogada no fundo do poço para comer lama pelo resto da
vida.
Há
que se levar em conta, ainda, que no período em que Evelyn Hugo se tornou atriz
havia muito machismo, preconceito descarado em relação às mulheres, aos negros.
E ela foi capaz de aprender a lidar e a superar isso tudo para se tornar uma
grande estrela.
Quanto
aos personagens, Evelyn Hugo é uma pessoa complexa e apaixonante. Não foi só em
Monique que ela provocou um sentimento de amor e ao mesmo tempo de ódio. Por
vezes não concordei com as atitudes dela, até me dar conta de que ela não
estava vivendo em 2019 e tudo na época em que ela era jovem era ainda mais
difícil do que hoje em dia.
Monique
me lembrou alguém que eu conheço (eu mesma) em relação às suas inseguranças,
dúvidas. Torci por ela a cada capítulo para que ela conseguisse conquistar tudo
aquilo que queria.
David,
o marido de Monique é um grande bobão, por falta de adjetivo melhor, rs. No
lugar de Monique não teria sofrido tanto pelo relacionamento fracassado.
Os
maridos de Evelyn Hugo tiveram suas participações, cada um ao seu tempo. Não
gostei da maioria deles e tentei compreender quando Evelyn escolheu se casar
com cada um, por motivos diversos. Mas,
o mais importante e digno de nota foi Harry Cameron, na minha opinião, o
melhor, mais atencioso e inesquecível marido.
O
desfecho da história me deixou arrepiada, arrebatada, com lágrimas nos olhos e
completamente apaixonada por mais uma história da autora. Foi inevitável, tanto
ao longo da leitura quanto no final, a vontade de pesquisar na internet para
ter certeza de que Evelyn Hugo não esteve nos filmes que ela participou e
protagonizou no livro. Sobretudo porque alguns deles realmente existem, como a
adaptação de Mulherzinhas (a versão dos anos 60), Anna Karenina, de modo que
não tinha como não procurar para ter certeza! Rs.
Então,
o que posso dizer é que tudo mundo precisa ler Os sete maridos de Evelyn Hugo!
Vocês precisam conhecer a história desta atriz fictícia mais real do mundo!
No
mais, um feliz natal a todos!
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