A padaria dos finais felizes - Jenny Colgan

>>  segunda-feira, 16 de setembro de 2019

COLGAN, Jenny. A padaria dos finais felizes. São Paulo: Editora Arqueiro, 2019. 336 p. (A padaria dos finais felizes, v.1). Título original: Little beach street bakery.

“Daquele ângulo, não conseguia ver nada além de mar e céu. Sentiu que estava praticamente voando. Bebericou o café, respirando a brisa do mar e observando as ondas, tentando casar a respiração com o vaivém delas, inspira e expira. Em pouco temo, estava em um sono profundo, a noite mais calma que teve em meses. ” p.47

Eu estou adorando essa coleção Romances de hoje da Editora Arqueiro. Livros leves, fofos e divertidos. Trazendo novas autoras ou mais livros de autoras que foram pouco lançadas no Brasil. Quero ler todos que já saíram, e dessa vez foi o escolhido foi A padaria dos finais felizes da Jenny Colgan, confiram o que eu achei! 

Inglaterra, 2014
Polly Waterford, 32, estava passando pelo momento mais difícil de sua vida. O escritório de design que abriu com o namorado, Chris, estava fechando oficialmente as portas, tantos sonhos e sete anos depois, estavam falidos. Perderam o lindo e chique apartamento onde moravam e todos os bens. Estavam em recuperação financeira para pagar as dívidas, já o relacionamento, não tinha recuperação que consertasse. Chris voltou a morar com a mãe, já ela... não tinha nenhum dinheiro, nem emprego, nem ideia do que fazer da vida.

Sua melhor amiga, Kerenza, ofereceu um sofá e toda a ajuda que ela precisasse, mas Polly se sentia perdida, sozinha e sem rumo.  E é assim, depois de não achar nada para alugar com o pouco dinheiro que tinha, que ela resolve se mudar para Mount Polbearne, na Cornualha, um pequeno vilarejo marítimo esquecido pelo tempo.

Na cidade meio deserta, ela se muda para um pequeno apartamento em cima de uma padaria abandonada. Imundo, com móveis velhos e nenhuma proteção contra o frio. Polly passa os dias tentando conhecer alguém na cidade e limpando desesperadamente o apartamento. Mas por pior que possa parecer, a incrível vista para o mar, e o lugar tranquilo, garantem as primeiras noites de sono de Polly em anos.

E então duas coisas acontecem. Primeiro ela limpa um forno enorme e velho no apartamento, e descobre que ele está funcionando. Polly começa a fazer pães, uma de suas paixões; ama pão de todos os tipos, crocantes, quentinhos, perfeitos. Passa os dias fazendo pães e novos amigos. E em segundo, um papagaio-do-mar que caí depois de bater no vidro da janela e aparece ferido em sua casa. E ela começa a cuidar dele. Neil é um pássaro fofo e carinhoso, e se torna uma de suas grandes companhias.

Ela conhece Tarnie, um lindo pescador local, Jayden e toda a turma de pescadores. E conhece Huckle, o belo americano que largou tudo, mudou para lá e se tornou apicultor. Testando novas receitas, contrabandeando pão (para desespero da dona da única padaria local que odeia concorrência), Polly começa a se redescobrir. E descobre que pode sim recomeçar e ser feliz.

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Eu estou encantada com esse livro! É tão fofo, é tão gostoso de se ler. Entre sorrisos, lágrimas e muitos suspiros, terminei esse livro com o coração aquecido. Acho que peguei para ler em um ótimo momento, depois de alguns livros mais pesados, cada página foi um sopro de ar fresco. Uma história leve, divertida... eu realmente sinto saudade dos chick-lits.

Bom que a Editora Arqueiro teve a ótima ideia de preencher esse nicho do mercado, com a sua coleção Romances de hoje. Deles eu já li apenas Desencontros à beira-mar que adorei, e agora resolvi que quero ler todos! Já vou começar a meta rs, esperando o próximo chegar...

Voltando para o livro, não é uma história de amor, é a história de Polly... e é uma história repleta de amor! É um livro sobre recomeços, sobre a coragem de lutar quando tudo está contra você. Dá uma pena enorme de Polly no início: sem emprego, sem dinheiro e sem ter onde morar, com o ex-namorado egoísta que só pensa em si mesmo. Ela come o pão que o diabo amassou, mas segue em frente. E começa a fazer pães rs. É lindo acompanhar tudo isso! E todos os personagens são ótimos, a pequena comunidade unida, apesar da cidade estar praticamente abandonada. Todos lutando para sobreviver ali, e sem querer deixar um lugar que tanto amam.

É encantador acompanhar o prazer de Polly em criar algo, em fazer pães com as próprias mãos e compartilhá-los com as pessoas que acabou de conhecer. Ela faz amigos e se torna parte de algo. A mágica do alimento compartilhado feito por nós, quem cozinha e gosta disso, vai entender bem do que estou falando.

Mas, tem um personagem que rouba todas as cenas, e eu me apaixonei por ele! E não, não estou falando dos dois “mocinhos” do livro, Tarnie e Huckle, estou falando de Neil! Pois é, vocês já me viram apaixonada por gatos e cachorros nos livros, mais por um papagaio-do-mar... foi a primeira vez kkk. É tãooo fofo tudo!! Gente eu chorei tanto pelo papagaio hahaha, eu sei, muita vergonha alheia. É que ela encontra ele machucado, começa a cuidar dele, mas o veterinário da cidade já avisa que ele precisa ser solto quando se curar, para fazer parte do bando, e para ela não se apegar muito. Ela se apega, todos se apegam, o leitor se apega rs. E aí chega o dia de soltar o bichinho, meu coração ficou partido rsrsrs.

Então, voltando aos “mocinhos”. O romance não é o forte nem o foco do livro. O livro todo é sobre Polly encontrar seu lugar no mundo. Mas claro que tem uma pitada de romance. Tarnie é o pescador local, cheio de sorriso e simpatia, cuida de seu grupo de pescadores. Huckle também é um forasteiro, o americano calado e misterioso que vive isolado fora da cidade e longe de todos. Ele não demonstra se seu interesse por ela é amizade ou algo mais, mas está sempre ali, para ajudar. Eu gostei dos dois inicialmente, mas torcia por Huckle. O negócio é que o romance é meio fraco, meio sem sal. Não senti aquela química e só no finalzinho melhorou bastante. O bom é que o livro tem continuação, então espero que o relacionamento melhore.

Quem é muito fã dos casais literários, tenho certeza que não vai amar como eu amei. Para mim nessa história o casal se tornou algo secundário, então mesmo eu percebendo os defeitos aqui, não perdeu pontos comigo, amei.

Os personagens secundários são ótimos! Torci muito por todos. Alguns são exageradamente estereotipados, como Reuben e Kerenza, mas acho que isso que garante o toque do humor do livro, então mesmo sendo clichê, curti os dois. E claro, tem as várias piadas bobas sobre papagaio- do-mar rs.

Livro queridinho, que você já termina com vontade de reler. Eu amei de paixão, e indico para todos que estão precisando de um chick-lit leve, divertido e que aquece o coração. Leiam!

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Série A padaria dos finais felizes:
  1. A padaria dos finais felizes (Little beach street bakery)
  2. Summer at little beach street bakery (os demais ainda não lançados no Brasil)
  3. Christmas at little beach street bakery.
Avaliação (1 a 5):

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